2° Capítulo

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Os raios de sol invadiram a janela do quarto escuro e gelado da garota, ele iluminaria sua face de acordo com o quanto ele subiria no céu limpo de nuvens de chuva. Ela apertou seus olhos imediatamente, sentindo a luz forte da claridade do dia alegre que seria e abriu seus olhos já se espreguiçando enquanto seu cérebro começava a trabalhar para o longo dia que teria.

Levantou-se da cama sem se deixar ser dominada pela preguiça, calçou suas chinelas de pelúcia em frente a sua cama e puxou um kimono de seda que havia ganhado de um cara da vizinhança que era apaixonado pela mesma. Saiu de seu quarto já descendo as escadas em formato de caracol e após passar pela sala, se sentou na banqueta da mesa posta da cozinha que sua cunhada havia preparado.

Ainda estava sonolenta mas ainda sim prestava atenção nas coisas á sua volta como o casal feliz que iam preparando o café da manhã juntos na beira da bancada da pia. Seu pai estava sentado ao seu lado lendo um jornal semanal que recebiam toda segunda-feira, estava concentrado apesar de terem muitos assuntos para colocar em dia.

O casal animado do outro lado da mesa trariam o café da manhã aos poucos por estarem organizando cada coisa em seu devido lugar e ela sorriu observando o novo arranjo de flores centralizado na mesa. Após terminarem de ajeitar as frutas e os pães sob a madeira branca, se sentaram para poderem comer juntos como sempre faziam. Era uma tradição. A tradição de uma mulher que deu a vida pelos seus filhos.

A falecida mãe dos irmãos adorava preparar mesas fartas como demonstração de gratidão ao seu marido e do amor incondicional aos seus filhos. Ela cuidava da casa com excelência assim como de cada um dos seus familiares, sendo uma mãe totalmente atenciosa para os filhos, também para a sua nora e uma esposa submissa para seu marido.

Infelizmente, ela foi infectada por um vírus desconhecido que a levou em menos de uma semana após ter contraído a doença. Sua morte foi um choque para a sua família já que eles eram afastados do restante de seus parentes que moravam em outro continente e os consideravam aberrações, por morarem em um reino onde as pessoas do fogo eram demonizadas pelo restante dos reinos por serem conhecidos como pessoas explosivas e traiçoeiras.

— Como dormiram? — indagou o homem mais velho da mesa e levou seu olhar para os pães quentinhos já abraçando um deles para comer junto ao café misturado com o leite.

— Feito pedra — respondeu sua filha enquanto colocou o suco de limão em seu copo, bebendo do mesmo.

— Passamos pouco tempo acordados conversando mas logo dormimos, a noite passou tão devagar que eu me levantei junto do sol

— Ele estava ansioso para o tão esperado primeiro dia de trabalho — sua esposa sorriu pegando a jarra de suco de cima da mesa perto de sua cunhada e iria despejando no copo dele até a metade.

— Estou cheia de coisas pra fazer também... meu amigo pediu uma mãozinha no armazém. — revelou a morena em baixo tom enquanto retirava as cascas do pão de forma que havia pego do outro lado.

Após passar geleia de morango em seu pão descascado, levou até sua boca já comendo o mesmo enquanto esperava alguma ironia de seu irmão.

— Desde quando entende de armas? — seu irmão estava curioso quanto aos seus afazeres no armazém já que era a primeira vez em que ela falaria sobre ir até lá e ajudar seu velho amigo de infância.

— Bom, desde o momento em que ele me mostrou como trabalha em cada espada que lhe é solicitada, as vezes ele precisa de ideias para montar uma adaga exclusiva. Agora se me derem licença, preciso me aprontar para ir — ela se levanta da mesa mordendo uma maçã esverdeada que havia pego da fruteira, se afastou de sua família já subindo as escadas para o segundo andar até o seu quarto.

Saga: Os ElementaresOnde histórias criam vida. Descubra agora