Para o Oeste

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 Na noite de Lua minguante, Nero e seu aprendiz chegam no portão oeste da Cidade Natal; carregam roupas adequadas para o frio e comida em sacolas. Na borda dos muros está Alicia Mantora, Monachiko, Zane Arthoria e Aika Luna. O ser mais conhecido no mundo percebe a falta de alguém:

 -Pelo visto, Gudo não se juntará a nós daqui em diante.

 -Eu tentei falar com ele, mas não o convenci. Disse Zane.

 -Tenho certeza que você tentou o máximo que pôde. Porém, não podemos julga-lo, e que fique de aviso para vocês também, a tendência é sempre ficar mais perigoso.

 -Esperem por mim!  O Andarilho da Floresta surge com sua carroça.

 -Por que você voltou? Parecia que iria evitar as Terras da Lua a todo custo... Zane questiona a repentina mudança.

 -Bom...alguém tem que levar vocês até o inimigo descansados. Gudo fala sorrindo.

 -Finalmente alguém que pensa em mim! Aika diz subindo na carroça.

 -O fato de continuarem ao meu lado...me faz confiar mais em vocês. Espero que o sentimento seja recíproco. Nero confessa seus sentimentos enquanto descarrega o que trouxe.

 Com isso feito, partem para o oeste. Novamente, ele usa sua habilidade natural para fazer a carroça mais leve, portanto, mais agradável de ser puxada. A uma certa distância fora da cidade, Nero do Eclipse pede que Aika toque a "Serenata da Lua", uma canção tradicional das Terras da Lua, obviamente. Ele diz que "Está se sentindo nostálgico" e por isso fez o pedido, fica encarando o céu escuro enquanto canta junto de Gudo e Alicia.

 Enquanto a cantoria ocorria, Monachiko pergunta para Fernan se ele descobriu algo novo sobre a Verdade e o Esquecimento. O Sombra da Morte responde que não, e que talvez seja melhor assim, pois viu que essa busca requer um preço para ser concluída.

 Após subirem um morro íngreme próximo da borda, são capazes de ver as bandas que os aguardam. O chão e a flora mudam de cor, para aquelas de tons frios, como azul, roxo e verde bem mais escuro daquele presente nas Terras do Eclipse. Grandes sequências de montanhas com neve no topo, uma delas até possui muros que impedem qualquer um ver o que há lá dentro. Na cordilheira oposta a essa é visível ver estruturas, mas que são pequenas demais nesse ponto para deduzir o que é. Logo adiante, o Pântano Lunar e mais adiante ainda, as abrangentes Florestas Lunares. Vilarejos apresentam casas e vilarejos mais complexos daquelas à leste.

 Porém, o que rouba a atenção está situado no extremo de onde a terra alcança, o Topo do Mundo, a mais alta montanha nas Três Terras, no meio dela, o Templo da Lua com toda sua glória. Toda água que abastecem os rios e lagos tem origem de lá.

 -É melhor parar de cantarmos. Vai atrair muita atenção. Adverte Nero para todos.

 -Por favor né! Até parece que aqui é pior do que nas Terras do Sol! Alicia comenta.

 -Os seres conscientes, de fato, não são, de certo ponto. O que vai te matar sem que você possa reagir são os Presas do Pântano e os Asas da Morte.

 -Ah é...tinha esquecido deles. Certo pessoal, é hora de ficarmos atentos ás copas das árvores e o caminho que seguimos, pois são nesses lugares que essas feras se escondem.

 Alicia Mantora agiu como uma boa líder, na visão de Nero. Por pouco tempo, seus olhos brilharam. Era hora de seguirem em frente. Rapidamente as poças de lama se tornam um problema, mas basta a carroça ser erguida por cima que ninguém se suja. Já totalmente cercados pelo Pântano Lunar, se deparam com algo estranho, corpos de ambos Presas do Pântano e Asas da Morte que evidentemente são resultado de uma  batalha.

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