Oitavo Capítulo

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𝕱𝖑𝖔𝖗𝖊𝖘𝖙𝖆 𝕸𝖆𝖓𝖈𝖍𝖆𝖉𝖆.

⚠ Este capítulo possui 2 dum limite de 5 de agressividade ou temas considerados inadequados para um público menor de idade ou sensível. O tema apresentado retrata palavras de baixo calão, alucinação( ? ). ⚠

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Talvez eu seja tolo, talvez eu esteja cego
Pensando que posso ver através disso e ver o que está por trás
Não tenho como provar isso, então talvez eu esteja mentindo

Dê uma olhada no espelho e o que você vê?
Você vê claramente ou está enganado
Pelo que você acredita?

❜ ⌗ Human - Rag'n'Bone Man

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𝕹𝖆 𝖘𝖚𝖆 𝖊𝖘𝖈𝖗𝖎𝖛𝖆𝖓𝖎𝖓𝖍𝖆 𝖆𝖒𝖔𝖓𝖙𝖔𝖆𝖛𝖆-𝖘𝖊 𝖕𝖎𝖑𝖍𝖆𝖘 𝖉𝖊 papéis sobre casos contendo informações detalhadas de até onde se conseguiu avançar, algumas escondidas em pastas amareladas, outras guardadas nos porta-arquivos, sentado em sua cadeira giratória, a qual remexia-se nela de um lado para o outro, segurando uma caneta em mãos. Foi chamado algumas vezes pelo seu colega ao lado, mas como estava distraído, não o notou. Somente depois de algum tempo, quando o bloco branco foi abaixado, que se deu conta dos olhos arregalou do detetive Slavens.

Com um suspiro, Smith pôs de lado o que fazia, observando com o olhar a aproximação do colega ao retornar para o seu assento e vir, com as rodinhas da cadeira giratória, deslizando até o seu lado. A delegacia aquela noite contava com a presença de vários policiais, alguns pretendendo fazer hora extra. Slavens olhou ao redor, parecendo falar sobre algo em particular, mostrando, como se fossem drogas, a carteira de Zara Watson, ainda firme na sua teoria.

Smith esfregou os olhos impacientemente, sem olhar para o material em questão, voltando a pegar o seu bloco de anotações e ignorando o detetive ao seu lado. Indignado, ele exibiu a carteira no plástico zip lock afrente do bloco de anotações de Smith, demonstrando a sua urgência ao pedir opinião sobre. Continuando sem olhar, o detetive colocou a mão no queixo, desviando o olhar para os dele, deixando de lado, mais uma vez, o bloco de anotações.

── Se você acha que eu vou perder o meu tempo com isso... ── tentou Smith, mas foi interrompido.

── Nós temos uma suspeita bem aqui e você quer simplesmente ignorar?! ── Slavens parecia incrédulo. ── Pelo menos dê uma olhada!

Revirando os olhos, Smith obedeceu, mesmo não querendo.

Ao olhar, no entanto, parecia surpreso; não por concordar com o colega ao seu lado, mas por duvidar ainda mais dele. Não havia, como leu e releu, qualquer indício daquela carteira pertencer a Zara. Os olhos do detetive arregalaram, quase faltando saltar. Aquela era a carteira de Soren Stevens, cujo corpo não foi encontrado até agora. A parte da frente da carteira de identidade possuía uma janela de plástico transparente com a foto do titular, além de estar impressos os dados pessoais do portador, como nome, data de nascimento, número de identificação, entre outros.

Quando o caso foi registrado, Smith mandou policiais para investigarem a cena, não encontrando nada. Por que, então, Slavens achou algo? E por que insistia em dizer que a carteira encontrada pertencia a garota, sendo que, na verdade, pertencia ao desaparecido? Havia tantas perguntas formulando-se em sua mente, não sabendo qual delas deveria perguntar primeiro. Ao invés de falar, deu uma olhada e franziu a testa para Slavens, inquieto.

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