Sétimo Capítulo

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𝕾𝖔𝖇 𝖆𝖘 𝕾𝖔𝖒𝖇𝖗𝖆𝖘 𝖉𝖊 𝖚𝖒 𝕻𝖊𝖉𝖎𝖉𝖔.

⚠ Este capítulo possui 2 dum limite de 5 de agressividade ou temas considerados inadequados para um público menor de idade ou sensível. O tema apresentado retrata psicopatia, narcisismo, violência física, sequestro. ⚠

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Quando eu acordo
Nem consigo ficar de pé
Dormi o dia inteiro, porra
Não estou ficando mais jovem

Mas quando eu envelhecer

Serei muito mais forte
Ficarei acordada por mais tempo
Me encontre no nosso lugar
❜ ⌗ Meet Me At Our Sport - Willow Smith

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𝕬 𝖙𝖔𝖗𝖗𝖊 𝖉𝖊 𝖈𝖔𝖓𝖙𝖗𝖔𝖑𝖊, 𝖆𝖘 𝖊𝖖𝖚𝖎𝖕𝖊𝖘 𝖉𝖊 𝖒𝖆𝖓𝖚𝖙𝖊𝖓𝖈̧𝖆̃𝖔 da pista de pouso e decolagem eram alguns dos serviços que funcionavam à meia-noite. No entanto, ela precisaria ser cuidadosa com um ou outro segurança que deveriam estar rondando pelo aeroporto agora mesmo, com a maioria das luzes dos terminais apagadas, exceto por algumas lâmpadas de emergência que projetavam uma luz da qual não se propagava, de brilho translúcido pelos corredores vazios. O local estava completamente desértico, mas tinha de se manter cuidadosa por conta das câmeras, dos vigias que tinham olhos atentos.

Semelhante a pedra ônix, seus cabelos e olhos escuros destacavam-se na penumbra da noite, sua pele translúcida como a de um fantasma, seus lábios pequenos e carnudos, como as de uma boneca, usando um vestido plus size preto, tênis, com a presença de um colar em formato de coração, contendo um líquido vermelho dentro, além de uma mochila. A vampira, Elsie, analisou cuidadosamente as portas de vidro automáticas do aeroporto, vendo como elas estavam tão paradas e silenciosas.

Não havia guardas patrulhando pelo local, pensando na seguinte ideia: as portas eram feitas de vidro, um material fraco, podendo ser facilmente quebrado. Com esse pensamento em mente, observou o local ao seu redor, procurando um material pesado para quebrar a porta giratória, achando, momentos depois, uma pedra. Pegou a rocha, Elsie exibindo um sorriso de satisfação no seu rosto, logo tacando-a contra a entrada principal do aeroporto internacional, durante a madrugada.

Imediatamente, o barulho estrondoso do vidro se quebrando ecoou pelo saguão inteiro. Os sensores de segurança e os alarmes foram ativados, iniciando um alerta de intrusão em todo o aeroporto. Luzes avermelhadas deram cor ao local sombrio, com o barulho da sirene soando de forma tensa e urgente. Elsie, contudo, não parecia nada alarmada com a confusão que ela própria causou, se distanciando do local até ficar camuflada.

Dois guardas, correndo de lados opostos, que rondavam por um local próximo, dentro do aeroporto, chegaram, com as lanternas em mãos saltitando a cada passo que davam, pela correria, a luz também se movimentando com o chacoalhar. Confusos, um deles examinou o material espalhado pelo chão, as minúsculas peças quebradas, com pontas pontiagudas na porta, impossibilitando atravessar dela sem se machucar, enquanto o outro olhava para trás, com a lanterna apontada também para a mesma direção.

Das sombras Elsie se protegia, vendo um dos vigias sair pela outra porta e o outro retornar para o local que esteve. Com um único movimento poderia " paralisar o tempo " e ir até os dois afim de sugar o precioso sangue, mas optou por não o fazer, desagradando-a um pouco, visto que sua sede já estava saciada por completo. Então, calmamente ergueu-se do emaranhado de folhas verdes, caminhando até a entrada principal destruída, as sirenes e luzes desligadas, atravessando pela porta com a menor dificuldade; a outra estando fechada.

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