Décimo Sexto Capítulo

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𝕺 𝕵𝖚𝖑𝖌𝖆𝖒𝖊𝖓𝖙𝖔.

⚠ Este capítulo possui 1 dum limite de 5 de agressividade ou temas considerados inadequados para um público menor de idade ou sensível. O tema apresentado retrata luto, ansiedade. ⚠

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É apenas uma admiração não merecida
Você está cansada de todos os olhares
Você não precisa se esconder
Você só precisa pintar seu cabelo
❜ ⌗ The Blonde - TV Girl

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𝕯𝖊𝖟𝖊𝖓𝖆𝖘 𝖉𝖊 𝖕𝖆𝖘𝖘𝖔𝖘 𝖉𝖊𝖈𝖎𝖉𝖎𝖉𝖔𝖘 𝖙𝖗𝖔𝖙𝖆𝖛𝖆𝖒, passando por uma grandiosa porta de madeira, revestida de metal resistente, um caminhado lento, desencadeado por uma enxurrada de emoções das quais ansiavam por uma justiça há muito não conquistada, uma gota de esperança estampada na cara do público, variado entre amigos e parentes, sentando-se atrás de uma barreira, separando eles dos advogados de defesa e acusação.

O juiz, acompanhado do oficial de justiça, chegaram primeiro, bem como os advogados, a réu, Zara Watson, sentada na sessão de defesa, considerada inocente até que se provasse ao contrário. Se encontrava-se no Tribunal de Justiça por conta do caso Ella Scott, da qual foi solicitada pela família da pobre garotinha falecida. Para chamar a atenção do público, o juiz bateu com o seu martelo exatas três vezes, um som firme estabelecendo-se, encerrando os murmúrios entre os jurados e o público.

Inicia-se o julgamento com a chamada do caso pelo oficial de justiça, anunciando os nomes das partes envolvidas e o número do caso, o juiz complementando. A tensão e o silêncio continuaram palpáveis e os pensamentos individuais de cada ser envolvido naquela sala, desejavam que tudo aquilo tivesse um fim e, acima de tudo, pensamentos de quem iria vencer. O advogado de defesa, sr. Read, aproximou mais sua cabeça, em voz baixa para Zara:

── Relaxa, Zara. Estamos preparados. ── ela assentiu, seus olhos demonstrando medo.

── Senhores e senhoras do júri, vocês juram dizer a verdade, toda a verdade e nada mais que a verdade, que Deus os ajude? ── o juiz pronunciou, olhando para o júri; em coro, eles juraram. ── Muito bem. O senhor Shanks, pode apresentar seu caso.

Levantando-se do seu assento, Bodhi Shanks andou a passos lentos, porém com um olhar resoluto, as mãos por trás das costas, dando uma meia volta, refletindo como se pensasse por onde começar. Olhando para o juiz, este o encarando severamente, desviando para a plateia apreensiva e ansiosa, como se tudo aquilo não passasse de uma apresentação de teatro, o advogado de acusação saudou para todos presentes:

── Senhores e senhoras do júri, estamos aqui hoje para buscar justiça para a jovem Ella Scott, que morreu tragicamente sob os cuidados da acusada, a dra. Zara Watson. ── ele, então, mostra uma foto, anteriormente na mesa; era uma foto da criança. ── Ella era uma menina saudável, cheia de vida, com um futuro brilhante pela frente. Mas, em um dia fatídico, ela foi levada à sala de emergência do hospital, onde a dra. Watson a atendeu.

Bodhi Shanks puxou uns gráficos e relatórios médicos, fazendo o seu trabalho de tentar convencer ao juiz seus futuros argumentos e ações, tendo planejado minuciosamente, estudado detalhadamente o caso, como um aluno esforçado, determinado a tirar a nota máxima na prova. O advogado mostrou um gráfico com a dosagem do medicamento administrado por Zara, comparando-o com a dosagem recomendada para a idade de Ella, argumentando que foi dada uma dosagem muito alto, colocando a vida da paciente em risco.

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