Décimo Capítulo

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𝕻𝖗𝖔𝖇𝖑𝖊𝖒𝖆𝖘, 𝕻𝖗𝖔𝖇𝖑𝖊𝖒𝖆𝖘 𝖊 𝖒𝖆𝖎𝖘 𝕻𝖗𝖔𝖇𝖑𝖊𝖒𝖆𝖘.

⚠ Este capítulo possui 2 dum limite de 5 de agressividade ou temas considerados inadequados para um público menor de idade ou sensível. O tema apresentado retrata palavras de baixo calão, ansiedade. ⚠

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Oh, você poderia descontar em mim
Diga-me o que vai ser
Realmente sinto que está fadado a ser
Não posso contar a ninguém, mas todos sabem

Você sabe, eu tenho muito a dizer
Eu tento esconder na minha cara
E não funciona, você vê
Que eu só quero ficar com você

❜ ⌗ You Right - Doja Cat, The Weekend

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𝖀𝖒𝖆 𝖈𝖑𝖆𝖗𝖎𝖉𝖆𝖉𝖊 𝖈𝖗𝖊𝖘𝖈𝖊𝖓𝖙𝖊 𝖓𝖔 𝖈𝖊́𝖚, 𝖈𝖔𝖒 𝖙𝖔𝖓𝖘 azulados, alaranjados e avermelhados à medida que a luz solar ia aumentando gradualmente, com a intensidade relativamente baixa às cinco e meia da manhã, já que o amanhecer apenas começava, no verão, causando uma bela intenção dos amantes de fotografia tiraram fotos paisagistas e postar nas redes sociais, até mesmo saudando para o um novo dia, com os madrugadores sem dormir, presenciando o sol.

O clima típico adequava-se perfeitamente para quem já despertou por completo e precisava de um bom café da manhã. Podia mexer o seu braço, antes machucado pela própria mutilação, jorrando gotas de sangue como fonte alimentícia para o seu amigo, muito bem, sem precisar de mais curativos, porém o corte proporcionou uma longa cicatriz permanente. Pegou o pão no armário, a geleia de morango na geladeira, além de um ovo, preparando também um café como bebida.

Enquanto os ovos eram fritos, aquele barulho de estalos repetitivos e incômodos para os que não possuem o costume, Lachlan Varner observou a porta do quarto de Luke Wallace por um tempo, imaginando como ele estaria, trancafiado na escuridão profunda. Se virou e tirou o único ovo grudento da frigideira, guardando a manteiga utilizada para dar um enriquecimento nutricional e levou ao prato, junto do pão com geleia, adicionando o café feito num copo, carregando as coisas até a mesa. Porém, antes de comer, foi fazer uma visita ao Luke.

── Luke? ── bateu à porta.

── Pode entrar.

── Vim ver se você precisa de alguma coisa. ── quis saber, abrir a porta e a trancando rapidamente.

── Não, tá tudo bem. Não quero te atrapalhar.

Completamente escuro. Os olhos cinzentos de Lachlan deveriam ter se acostumado àquelas visitas há muito tempo, mas não era o caso. Todo o dia parecia mais escuro. Usando a mão como olhos, apurando o sentido tato, foi tentando captar uma textura macia, a cama, para poder se sentar.

── Você precisa de alguma coisa? ── ele repetiu.

A escuridão era a rainha e o rei, o silêncio.

── Você vai ficar bem só. E isso não foi uma pergunta.

Lachlan não soube o que responder.

── Bom, eu... ── mas ele tentou dizer algo. ── só queria que você soubesse que... vou sentir sua falta.

── É só por uma semana. ── Luke tentou não se transformar em um ser sentimental àquela manhã, mas estava muito fraco e se deixou levar. ── Quer saber? Esquece. ── e aproximou-se de Lachlan, o puxando para um abraço. ── Se lembra de quando eu pedi para você não se acostumar a minha presença? Esqueça também. Eu já me acostumei à você.

A Herança dos Sete DiasOnde histórias criam vida. Descubra agora