Décimo Primeiro Capítulo

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𝖀𝖒 𝕮𝖆𝖘𝖔 𝖕𝖆𝖗𝖆 𝖆 𝕻𝖔𝖑𝖎́𝖈𝖎𝖆.

⚠ Este capítulo possui 3 dum limite de 5 de agressividade ou temas considerados inadequados para um público menor de idade ou sensível. O tema apresentado retrata palavras de baixo calão, morte, violência psicológica. ⚠

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Ele disse: Um dia você deixará este mundo para trás
Então viva uma vida da qual você irá se lembrar
Meu pai me disse, quando eu era apenas uma criança
Estas são as noites que nunca morrerão
Meu pai me disse

❜ ⌗ The Nights - Avicii

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𝕵𝖔𝖍𝖓 𝕳. 𝖂𝖆𝖙𝖘𝖔𝖓, 𝖈𝖔𝖒𝖕𝖆𝖓𝖍𝖊𝖎𝖗𝖔 𝖉𝖊 𝕾𝖍𝖊𝖗𝖑𝖔𝖈𝖐 Holmes em suas complexas e extravagantes aventuras, fora um médico nas obras de Arthur Conan Doyle, bem como Zara Watson adquiriu, novamente, o seu cargo de médica, lendo as informações dadas pelo gerente dos recursos humanos da Bayshore Hospital no seu laptop, enviado pelo e-mail tudo o que ela precisava saber, embora tenha sido médica na Oceania, seus olhos passando por cada palavra cuidadosamente digitadas, segurando um café em mãos.

Margaret e Maya dormiam tranquilamente em seus quartos, as grossas camadas de cobertores protegendo-as e a todos os cidadãos contra o frio que assolava o tempo naquela manhã. Zara passou muitas vezes por aquelas situações de acordar cedo e ir trabalhar, ouvindo diariamente as queixas de dores dos seus pacientes, tal qual um psiquiatra ouve os problemas dos seus clientes, com o objetivo de ajudá-los a enfrentar os seus medos. Flopsi, sua cachorra, finalmente conseguiu dormir na sua caminha designada, confortável.

A garota fechou o laptop e colocou na sua escrivaninha, logo pegando o celular e guardando-o consigo, carregando a pasta com os equipamentos médicos básicos, um avião passando pela região, o barulho dos motores produzindo um som alto e potente, com um zumbido grave e contínuo. Zara então, recordou-se da noite anterior, da aparição de Luke em seu apartamento e como ele poderia ter descoberto o seu andar, parando de pensar sobre isso e revisando as últimas mensagens dela com Elsie, tendo também o contato de Luke salvo no seu celular. Prontamente mandou uma mensagem para a sequestradora:

Zara: [ Quero uma prova de vida dos meus pais, antes de nos encontrarmos. ]

Porém, sem respostas, a mensagem sendo apenas enviada, tendo depositado todas as suas esperanças nas palavras de Luke, embora não concordasse totalmente com essa negociação. Queria mandar uma mensagem para ele, mas caso ele estivesse dormindo, não queria interrompê-lo, desligando a tela do seu celular e guardando, pegando a chave e abrindo a porta, tentando não fazer barulho ao trancá-la, caminhando silenciosamente para o elevador.

Fora do edifício ela respirou o ar puro do local, os pássaros cantando sua adorável melodia matinal, chamando por um táxi, alguns minutos depois logo aparecendo na sua rua, entrando no carro, ela ainda um pouco sonolenta, contudo disposta, o motorista dirigindo e os carros passando lentamente pelas ruas. Enquanto o táxi seguia em direção ao hospital, Zara aproveitou os últimos minutos de tranquilidade para se preparar mentalmente para o dia agitado que a aguardava.

Ela repassou em sua mente os principais sintomas de cada paciente que poderiam aparecer, tentando adiantar diagnósticos e a melhor abordagem para cada caso. Ao mesmo tempo, já fazia uma lista mental de exames e procedimentos que seriam necessários realizar ao longo do turno. Perdida em seus devaneios médicos, Zara só percebeu que já estavam próximos ao hospital quando o trânsito começou a ficar mais lento. Olhou distraídamente pela janela e avistou a grande estrutura branca se destacando ao fundo, mesmo distante.

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