Sexto Capítulo | Flashback

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𝕺 𝕻𝖗𝖊𝖈̧𝖔 𝖉𝖆 𝖁𝖊𝖗𝖉𝖆𝖉𝖊: 𝕲𝖔𝖙𝖆 𝖉𝖊 𝕾𝖆𝖓𝖌𝖚𝖊.

⚠ Este flashback possui 5 dum limite de 5 de agressividade ou temas considerados inadequados para um público menor de idade ou sensível. O tema apresentado retrata um alto grau de estresse pós-traumático, depressão, ansiedade, mortes, dupla personalidade. ⚠

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Teria sangrado para te fazer feliz
Você não precisava me tratar daquele jeito
E agora você me venceu no meu próprio jogo
E agora eu te encontro dormindo profundamente
E seu amante está gritando bem alto
Eu ouço um barulho e batidas no chão
❜ ⌗ Wake Up Call - Maroon 5

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Luke Wallace narrando:

𝖀𝖒 𝖗𝖆𝖎𝖔 𝖉𝖊 𝖑𝖚𝖟 𝖕𝖆́𝖑𝖎𝖉𝖔 𝖕𝖊𝖓𝖊𝖙𝖗𝖔𝖚 𝖕𝖊𝖑𝖆 𝖏𝖆𝖓𝖊𝖑𝖆 𝖉𝖊 vidro, dançando sobre os meus olhos fechados. Eu pisquei lentamente, a mente ainda embaçada pelo sono profundo. Por um momento, não conseguia me lembrar onde estava. Aos poucos, eu fui reconhecendo os contornos familiares do quarto: as pesadas cortinas de veludo, os móveis de madeira escura, o espelho emoldurado pendurado na parede. Sim, este era meu próprio quarto, na ala leste da imponente propriedade de minha família.

Ergui-me lentamente sobre os cotovelos, sentindo o peso dos lençóis de linho contra meu corpo. Como eu havia chegado aqui? As memórias da noite anterior pareciam distantes e embaralhadas. Eu me lembrava vagamente de ter jantado com meus pais, mas depois disso, tudo ficava nebuloso.

Esfregando os olhos, eu olhei em volta, tentando me situar. Meu traje de dormir estava amassado e sentia a cabeça latejar levemente. Quanto tempo teria dormido? O sol já estava alto no céu, então provavelmente bem mais do que o usual. Relativamente preocupei-me, levantando-me da cama, ajeitando os cabelos escuros bagunçados caídos delicadamente sob minha testa.

Ainda desorientado, fui me encarar no espelho para ver o quão trágico eu estava; nada fora do comum, a não ser tremendas olheiras em meus olhos. De repente, minha cabeça doía lentamente e senti a secura em meus lábios.

Depois disso, fui até o guarda-roupa de madeira escura para trocar as minhas vestes amassadas. Examinei cuidadosamente com o olhar as grandes quantidades de roupas chiques possuídas, mas os meus olhos finalmente recaíram para uma camisa de linho branco, um colete de veludo marrom e calças de lã cinza. Me olhei no espelho, ajustando os punhos e o colarinho, até ficar satisfeito com a minha aparência, já que é coisa típica da família Wallace aqui.

Ouço batidas na porta de meu quarto, logo ordenando que o sujeito entrasse, embora soubesse que era o meu mordomo pela voz. No momento em que abrira a porta, entrara com o seu jeito formal de sempre, informando:

── Sr. Wallace, vossa família o aguarda para o café da manhã. ── pediu licença e logo saiu.

Patético, nem somos da realeza., pensei, mentalmente indignado, já imaginando como seria a refeição, visto que os meus pais bancavam frequentemente de esnobe. Sim, confesso que minha família empregara grandes quantias de dinheiro, mas não precisam agir feito os " donos do mundo ". Esse é mais um dos meus motivos pelos quais não me dou bem com minha família, pelo menos não com os meus pais.

A Herança dos Sete DiasOnde histórias criam vida. Descubra agora