fifteen

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Ayala on

Um mês depois

Faz exatamente um mês que o Pietro está de coma, durante esse mês inteiro eu não dormi fora do hospital, estou muito preocupada com ele, um mês em coma, um mês...

Estou sentada na cadeira, observando-o enquanto seguro sua mão, sinto algo bater contra minha mão quando olho vejo o dedo indicador dele subindo e descendo, arregalou os olhos e eles enchem de água, não falo nada só deixo ele fazer o que quisesse, não vou chamar o médico não agora

Vejo ele abrir os olhos lentamente e me encarar, eu estou congelada, não consigo mover um dedo

Pietro: onde eu tô, Ayala? — pergunta com a voz fraca e lágrimas começam escorrer pelas minhas bochechas — o que foi, princesa? — eu puxo e solto a respiração

Ayala: v- você tá no hospital — soluço e ele olha ao redor e vê que está com agulhas, tubps, gesso e outras coisas nele

Pietro: o que aconteceu? — ele tenta se sentar e eu corro para te ajudar

Ayala: a gente — meus olhos se enchem de lágrimas novamente — a gente tava discutindo e eu sai correndo da sua casa, só que — fungo — só que quando eu atravessei e você veio atrás de mim, um carro — solto a respiração que nem percebi que estava prendendo — veio um carro e te atropelou — choro silenciosamente — desculpa Pietro eu não queria, eu, eu só - — me corta

Pietro: a culpa não foi sua, ouviu? — fala

Ayala: eu sei é que, eu me sinto culpada porque se eu não tivesse saído correndo você não estaria aqui — respondo

Pietro: Linda, eu não te culpo — tenta me acalmar

Ayala: Pietro, olha como você está, olha onde você está, a quanto tempo você tá aqui. Surta me xinga me culpa, sei lá — falo

Pietro: como assim "a quanto tempo você está aqui" — faz aspas com a mão — você falando desse jeito até parece que fiquei dias aqui — ri e eu o olho com tristeza — que foi? — me olha preocupado

Ayala: faz um mês Pietro — falo e ele arregala os olhos

Pietro: COMO? — fala um pouco mais alto

Ayala: desculpa — falo baixinho

Pietro: não peça desculpas não foi culpa sua, já disse — tenta me acalmar

Ayala: mas você — tento falar mas não consigo

Pietro: eu nada, só fiquei surpreso, só isso — passa a mão no meu rosto e eu rio fraco

Ayala: eu preciso chamar o médico, e avisar a família que você acordou — passo os dedos entre os fios de seus cabelos

Pietro: tudo bem —  sorri e deposito um beijo em sua testa

Chamo o médico e as enfermeiras que ficam muito felizes por ele ter acordado, enquanto o médico tá lá eu ligo para o grupo que fizemos para falar sobre o Pietro, todos atendem e eu falo sobre o Pietro ter acordado do coma e todo mundo, todos chegam no hospital em questão de segundos, vamos todos pro quarto do Pietro que está encarando a parede

Pietro: oi — acena com a mão para todos e todos vão o abraçar e eu sorrio

Maiara: nós estávamos tão preocupados — fala com brilho de lágrimas nos olhos

Vitor: preocupou todo mundo em irmão, aí — reclama quando Molly lhe dá um tapa na nuca

Molly: idiota, como você tá Pietro? — pergunta

O melhor amigo do meu irmãoOnde histórias criam vida. Descubra agora