fourteen

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Ayala on

Ayala: obrigada, mãe - agradeço pegando a bolsa com minhas coisas da sua mão

Maiara: tem certeza que você vai ficar bem meu amor? - pergunta, alisando meu cabelo e eu confirmo com a cabeça

Ayala: vou sim mãe, eu vou ficar bem - a acalmou com um sorriso fraco e ela beija minha testa

Maiara: então eu já vou, porque os outros quatros ficaram em casa sozinhos, e ninguém tá em estado de ficar sozinho, nem você - fala

Ayala: mãe, foi praticamente eu que causei tudo isso - suspirou

Maiara: filha... - fala em tom de aviso

Ayala: vai mãe. - mando

Maiara: qualquer coisa me liga, viu? - eu concordo com a cabeça

Ayala: te amo - sorrio fraco

Maiara: também te amo - a gente se abraça e ela vai embora, uma enfermeira vem em minha direção

Enfermeira: a senhorita que vai passar a noite com Pietro - me pergunta e eu concordo com a cabeça

Ayala: sim sou eu - reafirmo

Enfermeira: vem - ne chama e eu a sigo

Chegamos no quarto onde ele estava e meus olhos enchem de água

O Pietro estava numa cama de hospital, com vários tubos e agulhas enfiados ligados a ele, tinha um soro do seu lado e gesso no seu braço direito com uma tipóia que está presa em um ferro, ele está desacordado.

Enfermeira: pode se acomodar naquele sofá ali - aponta para um sofá que tinha no canto da parede, seco as lágrimas e respondo:

Ayala: obrigada - sorrio fraco, ela devolve o sorriso e sai do quarto, eu vou até uma cadeira que tem no quarto a pego, levo para o lado da cama que ele estava e me sento ao seu lado

Ayala: desculpa - sai num fio de voz - desculpa Pietro, me desculpa - peço e beijo sua mão várias vezes - eu não queria que isso acontecesse, eu não queria... - minha voz falha e eu começo a chorar silenciosamente

Algumas horas depois

Acordo com uma dor no pescoço e vejo que dormi sentada com a cabeça do lado do colo do Pietro, olho para ele que tem uma expressão serena e calma, o que me deixa mais aliviada porque significa que ele não está sentindo dor, dou um sorriso fraco, levando e deposito um beijo em sua testa

Saio devagar e procuro o meu celular quando o acho, olho o horário

4:34 am

Estava de madrugada, mas eu sabia que não conseguiria dormir mais, vou ao banheiro que tem no quarto onde ele está hospedado e lavo o meu rosto, pego meu celular novamente e vejo que minha mãe está online, aproveito e mando a seguinte mensagem:

Mamãe 🤍

Ayala: mãe, tem como a senhora ir na casa do Pietro e pegar algumas roupas para ele?

Maiara: claro que sim meu amor, só que antes eu teria que passar aí para pegar a chave, certo?

Ayala: não precisa não, tem uma chave reserva no vaso de Planta do lado da porta, ela tá debaixo das pedras brancas.

Maiara: ata, depois põe no mesmo lugar?

Ayala: não, pode trazer pra mim, porque eu não sou a única que sei, tem uns amigos dele que também sabe, mas não quero ele lá para meche nas coisas dele.

Maiara: pode deixar meu amor.

Ayala: obrigada mãe 🤍

Maiara: de nada meu amor ❤️

Mensagens encerrada.

Bloqueio a tela do celular e olho para o Pietro, ele continua com a respiração calma então eu me pergunto

Será que quando ele acordar ele vai me perdoar? Mas se não perdoar, vai ser compreensível mesmo que doa terei que me conformar?!

Suspiro e uma enorme vontade de chorar me invade, mas eu não choro, dou um sorriso que não chega nos olhos dou passos leves e calmos até ele

Ayala: eu sei que não estou merecendo, e vou entender se não quiser mas será que teria como você me perdoar? Por favor? - lágrimas invadem meus olhos novamente, e dessa vez não me importo em chorar

Enfermeira: licença, desculpa atrapalhar, é que está na hora do medicamento dele - fala calmo, eu levanto e com a cabeça nego de vagar secando as lágrimas

Ayala: não atrapalhou, vou aproveitar que está aqui e vou na lanchonete, licença - ela acena com a cabeça e eu saio do quarto, e vou para o lado de fora do hospital tem um banco do lado da porta, me senti lá e as lágrimas voltam

Maiara: filha... - me abraça - ele piorou? - nego - então o que aconteceu meu amor? - a olho com os olhos vermelhos

Ayala: e se quando ele acordar, não me perdoar, e se ele me culpar, até porque a culpa é minha, e se - paro mas continuo - e se ele me odiar, mãe eu não quero isso - a abraço pelo pescoço e soluço

Maiara: ele não vai fazer nada disso Ayala, a culpa não foi sua, presta atenção - segura meu rosto - você é uma mulher forte, é linda, é amorosa e você gosta dele, e ele sabe disso, filha me escuta ele Não vai te odiar, acredita em mim meu amor - me abraça e eu digo abafado em seu pescoço:

Ayala: eu queria acreditar mãe, eu juro que queria, mas nada tira da minha cabeça que a culpa é minha - soluço

Maiara: o meu amor, não fica assim, vamos fazer assim a gente entra, eu trouxe comida para você tomar café, você come e depois a gente conversa, até você entender que a culpa não é sua - afirmo com a cabeça e suspiro

Ayala: obrigada por sempre está comigo mãe, eu te amo tanto - sorrio fraco

Maiara: eu também te amo muito, muito, muito, muito e muito - rio e nós entramos para o hospital

Minha mãe não pode entrar no quarto pois não está em horário de visita, então eu entro guardo as roupas dele em um pequeno armário que tem ali e volto para a sala de espera onde a minha mãe estava, sento com ela e como o que ela trouxe para mim tomar café, a gente conversou um pouco mas ela teve que ir trabalhar então voltei pro quarto, entrei no banheiro tomei um banho vesti uma calça moletom e uma regata, peguei um lençol e sentei na cadeira do lado da cama do Pietro

Depois de alguns minutos assim deu o horário de visita, quem veio foi o meu irmão, a Molly, o Felipo, a Clare e minha mãe

Eu sabia que os pais dele não viria mas mesmo assim fiquei surpresa, porra por mais que eles não se dêem bem, ele não deixa de ser filhos deles, se eu já não gostava deles agora que eu não gosto mesmo.

O horário de visita acaba, me despeço deles e volto para o quarto onde lá estava ele, agora tomado banho e com outra roupa, as enfermeiras aproveitaram meu irmão e o Felipo e pediu ajuda para levar ele ao banheiro já que o Pietro além de muito alto é pesado.

Admito que fiquei com ciúmes das enfermeiras terem visto o pau dele e eu não, mas enfim deixa quieto.

Já estáva na hora de dormir, dessa vez deito no sofá e fico encarando ele até eu dormir.

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Quanto tempo vocês acham que ele vai ficar desacordado?

Eu chuto uns três a quatro capítulos mas, tem que ver com a autora né, eu acho que é uns quatro capítulos.

O melhor amigo do meu irmãoOnde histórias criam vida. Descubra agora