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— QUANDO O PASSADO BATE À PORTA... LITERALMENTE —



Era uma noite tranquila e confortável, o tipo de noite que Thomas esperava ter mais frequentemente agora que o suspeito de seu stalker estava atrás das grades e sua vida havia aparentemente voltado ao normal

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Era uma noite tranquila e confortável, o tipo de noite que Thomas esperava ter mais frequentemente agora que o suspeito de seu stalker estava atrás das grades e sua vida havia aparentemente voltado ao normal. Ele e Newt decidiram passar a noite juntos na casa de Thomas, uma prática que havia se tornado cada vez mais comum desde que começaram a namorar.

A sala estava iluminada apenas pela luz suave do televisor, onde um filme de suspense passava silenciosamente. Thomas estava sentado no sofá, com Newt aninhado ao seu lado, os braços dele enlaçados em torno de sua cintura. O contraste entre os dois era fascinante: Thomas, absorto na trama do filme, e Newt, focado apenas no garoto ao seu lado.

— Esse filme é ótimo — murmurou Thomas, sem desviar os olhos da tela.

Newt sorriu, inclinando-se para depositar uma série de beijos no pescoço de Thomas. Os lábios de Newt eram quentes e suaves, e Thomas sentiu um arrepio percorrer sua espinha com cada beijo. Era um gesto carinhoso que ele adorava, embora muitas vezes o distraísse do que estava fazendo.

— Está prestando atenção? — perguntou Newt, sua voz baixa e cheia de ternura.

Thomas riu, assentindo levemente. — Sim, claro que estou. É só que... você é um pouco distraído também.

Newt riu, um som suave e quase melódico. — Desculpe, é que não consigo resistir quando estou com você.

Enquanto continuava a beijar o pescoço de Thomas, Newt finalmente sussurrou algo que fez Thomas congelar.

Eu te amo, Tommy.

Thomas piscou, sentindo seu corpo ficar tenso instantaneamente. O apelido era carregado de memórias desconfortáveis, memórias que ele pensou ter deixado para trás. Ele se afastou levemente para olhar Newt nos olhos.

— O que você disse? — perguntou, tentando manter a voz estável.

Newt piscou, parecendo confuso por um momento. — Disse que te amo.

O coração de Thomas acelerou, e ele sentiu uma onda de pânico. "Tommy" era o apelido que o stalker usava nas cartas. Thomas nunca havia mencionado isso a Newt. Como ele sabia? O que isso significava?

— Por que... por que você me chamou... — perguntou Thomas, tentando esconder o tremor em sua voz.

Newt sorriu, um sorriso que normalmente seria reconfortante, mas agora parecia perturbador.

— O que há com você? — perguntou Newt, com uma calma desconcertante.

Thomas se afastou um pouco mais, a mente correndo com perguntas. Será que Newt era realmente a pessoa carinhosa que ele acreditava ser, ou havia algo mais sombrio por trás de seu comportamento? As dúvidas começaram a surgir, e ele percebeu que talvez sua sensação de segurança fosse apenas uma ilusão.

O filme continuava a passar no fundo, mas agora parecia distante, uma distração insignificante diante da tempestade de emoções e incertezas que assolava a mente de Thomas.

— Sério, por que você me chamou assim? — insistiu Thomas, tentando manter a voz firme. — Tommy. Só aquele lunático me chamava assim.

A expressão de Newt mudou ligeiramente, algo escuro passando por seus olhos antes de ser substituído por um sorriso tranquilizador.

— Eu... devo ter lido em algum lugar — disse ele, a voz vacilando por um momento antes de recuperar a compostura. — Talvez nos jornais, quando a história saiu. Sinto muito se te assustei.

Thomas queria acreditar desesperadamente que essa fosse a verdade. Mas havia algo na maneira como Newt o olhava, algo que o fazia se sentir desconfortável agora. Ele se levantou do sofá, afastando-se um pouco.

— Eu preciso de um minuto — murmurou Thomas, dirigindo-se para a cozinha.

Newt ficou sentado, observando Thomas se afastar, seu rosto inexpressivo. Thomas sentiu um calafrio percorrer sua espinha enquanto se apoiava na pia da cozinha, tentando controlar a respiração. Ele precisava de provas. E rápido.

Mas quando ele se virou para voltar à sala, encontrou Newt de pé na porta, observando-o com uma intensidade que fazia seu sangue gelar.

Está tudo bem, Thomas? — perguntou Newt, soando ainda mais sinistro agora.

Thomas engoliu em seco, tentando encontrar as palavras. — Sim... tudo bem. Só preciso... pensar.

Newt deu um passo à frente, um sorriso suave em seus lábios. — Não há nada para se preocupar, meu amor. Estou aqui para cuidar de você.

E naquele momento, Thomas soube que nada estava bem.


E naquele momento, Thomas soube que nada estava bem

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