O Inicio do Fim -

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Tendo perdido Dominie nas mãos de uma Clotilde transformada em algo não humano, Bryel chorava horrorizado e enfurecido a poucos metros de Dominie e a monstruosidade que um dia fora sua vizinha. Preocupado que seu destino se torna-se o mesmo de Dominie, Bryel pegou um vaso e seguiu sorrateiramente até Clotilde, ao mesmo tempo que um estrondo na porta ecoou. Levando um susto, Bryel se virou para trás e em frações de segundos quatro militares com fuzis invadiram o local atirando em Clotilde, a matando. Após a chuva de tiros terminar, Bryel largou o vaso no chão e seguiu correndo até Dominie em meio ao sangue e cápsulas de fuzil, vendo-a toda machucada, rasgada e ainda por um milagre ou maldição divina respirando conscientemente em toda aquela aflição.

- Dominie, não!!! - Gritava Bryel, se aproximando da mulher dele e vendo os ossos do pescoço dela expostos.

- Bry... Bryel, eu... me desculpa... eu... - Agonizava Dominie, com o pouco de consciência que ainda restava a ela.

- Amor, se acalme, você apenas queria ajudá-la! Agora apenas... apenas feche os olhos, ok? Se acalme... que você... você vai ficar bem! - Dizia Bryel, começando a chorar, vendo que dificilmente sua esposa poderia continuar viva.

- Bryel... não mor... morra! Viva por... mim e... você! Não... mor... - Dizia Dominie com dificuldade, fechando os olhos e falecendo lentamente nos braços de Bryel. - Eu... te amo! - Dizia Dominie a suas últimas palavras, apagando de vez.

- Ela se foi senhor, recomendo se afastar! - Ordenava um dos militares, indo até Bryel e posicionando a mão dele sobre o ombro de Bryel.

- Minha linda Dominie, aquela que eu tanto amava! O que faço agora? - Indagava Bryel, chorando com a esposa morta nos braços.

- Eu preciso que se afaste dela e venha conosco para o acampamento militar! - Dizia o militar, apontando o fuzil para o rosto de Dominie.

- O que está acontecendo? Isso não são zumbis, são? - Perguntava Bryel, soltando Dominie, se levantando do chão. - Não é como nos filmes, séries e jogos? - Mencionava Bryel, limpando as lágrimas e olhando para o militar mascarado.

- Infectados ou mortos-vivos são como chamamos, mas se prefere zumbi, é o que eles são! - Respondia o militar. - Em resumo, essas pessoas estão sendo reanimadas pela exposição a algum patogênico modificado geneticamente que escapou dos laboratórios da Relife!

- Entendo, entendo! E agora, o que eu faço? E Dominie, não quero que vire um zumbi nojento como a Clotilde! - Dizia Bryel, ainda lacrimejando.

- Vou te dar cinco minutos para arrumar suas coisas e eu cuidarei de seu pedido! - Dizia o militar, se comovendo um pouco com Bryel.

- Obrigado senhor! - Agradecia Bryel, vendo que a única coisa que podia fazer era sair sala e arrumar alguns mantimentos na mochila.

- Miller fique aqui enquanto vou com o resto da tropa nos outros apartamentos! Cuide da jovem mulher desfalecida também! - Dizia o militar, apontando para um dos outros soldados.

- Sim comandante! - Concordava o soldado, indo até o corpo de Dominie e mirando para a cabeça dela, com Bryel olhando a cena pela porta do quarto.

O comandante saiu com os outros soldados e o soldado denominado Miller disparou cinco tiros na testa de Dominie. Bryel olhou aquilo de relance, porém decidiu ignorar, engolindo o choro e pegando uma mochila xadrez branca de cima do guarda-roupas, arrumando algumas coisas nela como roupas, perfume, desodorante e aproveitando também para pegar a escova de dentes e alguns produtos de higiene no banheiro. Após isso Bryel foi para a cozinha e recolheu enlatados e remédios, além do seu celular que estava no chão e o aparelho telefônico de sua esposa, guardando tudo na mochila e se posicionando próximo ao soldado, perto dos dois corpos.

Carnaged Almas ContaminadasOnde histórias criam vida. Descubra agora