IX. Tulipas

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Príncipe Louis
Inglaterra
👑

Louis passou a maior parte dos dias que se sucederam dentro de sua própria sala, ou mesmo na sala principal, ao lado de Mark, discutindo novos rumos que poderiam dar ao sistema de governo atual. Ele estava parcialmente satisfeito. Não era a pior coisa no final das contas.


No entanto o príncipe quase não vira Harry. Essa era a parte não satisfeita. Cruzou com o garoto a caminho da biblioteca, no entanto. Sempre de manhã. Após o dejejum, quando Louis seguia para os papéis e projetos, esbarrava com Harry espreitando pelos corredores. As conversas eram fáceis entre eles, Harry outro dia até se esquecera de se alimentar, imerso em livros e mais livros, Louis mandara levarem um prato de frutas para o garoto na biblioteca.

Mark ainda odiava a presença de Harry no Palácio, todos estranhavam, mas ninguém ousava questionar o Príncipe. Sem exceção, todos os funcionários reais já estavam mais do que avisados que Harry era intocável dentro dos muros daquele lugar. Nem mesmo fofocas e cochichos Louis permitia.

Genevive, a garota que auxiliava Louis e era responsável pela arrumação de seu espaço pessoal, provou da fúria de Louis por apenas questionar se deveria instruir que Harry usasse o uniforme que os funcionários usavam, apenas para não ser confundido. Louis quase perdeu a cabeça por Genevive insinuar algo assim, mas a garota explicou por fim, que seria melhor que Harry usasse o uniforme ao invés dos trapos que repetia dia após dia. E, bem, fora esse desentendimento que os levaram até aquele momento.


Harry estava no quarto de Louis.


Se os serviçais estavam conseguindo conter os cochichos pelas alas dos funcionários, dali para frente seria impossível não comentarem. Era um absurdo desmedido. Um escândalo quase. Só não era pior devido ao fato de não ser uma dama nobre. Mas era um antigo condenado pelo rei. Alguém que deveria ter sido enforcado.


Louis estava arriscando toda a reputação da família real e ele não poderia estar se importando menos.


Além do mais, eles não estavam sozinhos. O alfaiate, aquele velho asqueroso, estava com eles. Harry estava receoso quando a ideia no início, quando Louis o encontrou na biblioteca para contar-lhe a ideia, mas acabou cedendo. E naquele momento, Harry estava radiante.


O príncipe permanecia jogado em sua cama enquanto o alfaiate e seu auxiliar - Que Louis estava achando irritantemente risonho demais, com Harry, claro - mostravam uma vasta variedade de tecidos e cores para Harry. Louis inspecionara de perto - bem perto - quando o velho fora tirar as medidas de Harry. Mesmo que por cima da roupa (ordens do príncipe) Louis queria garantir que o alfaiate não apalparia demais o garoto assim como fizera consigo na última vez.


Harry rodopiava com as amostras de tecido. As rendas azuis bebê chamaram sua atenção em excesso.


- Eu não sei qual escolher Loueee. - Harry estava empolgado. E indeciso.


Harry empolgado e indeciso era algo que divertia Louis. O príncipe descobrira o lado manhoso de Harry, parecido com um gatinho filhote, Louis pensou. Louis observava e sorria. O alfaiate estava entediado, era notório, além de sempre franzir os lábios quando Harry chamava o príncipe pelo nome ou pior, por apelidos que Harry inventava a cada cinco minutos. O ajudante, um rapazote que não deveria ter mais que a idade do próprio Harry, ria divertido com a manha de Harry, as vezes, pegava na mão de Harry para rodá-lo coberto por algum tecido que Harry estava em dúvida se gostara pouco, muito ou infinitamente (palavras de Harry Styles).

O sorriso deixava o rosto de Louis quando aquele moleque (Jake? James? Jeremy? Foda-se) girava Harry pelo quarto.


- Apenas pegue todos que quiser, Harry. Amanhã veremos o sapateiro. - Louis respondeu em meio a um sorriso.

Maldição [Larry Stylinsom]Onde histórias criam vida. Descubra agora