Maldição [Larry Stylinsom]

XVIII. Descendência

Príncipe Louis
Inglaterra
👑

Louis sentia como se sua cabeça desse voltas e mais voltas em cima do pescoço.

Miranda havia os conduzido a um dos cômodos atrás das cortinas, e deveria ser (para outras pessoas e não para o principe) mais assustador do que a sala principal. Harry, pelo menos expressou horror ao entrar na sala, que era ainda menor que outra, com uma única mesa redonda no centro, com alguns banquinhos de madeira que Louis torcia para aguentar o peso de um humano, e mais prateleiras.

Haviam alguns livros de capa de couro escuro, mais potes, mais crânios de animais ( talvez até um de algum humano, um bebê talvez mas esse Louis preferiu ignorar), e potes transparentes com coisas parecidas com órgãos.  Louis já havia visto as vísceras de alguns animais, mas não podia afirmar com toda certeza de que era mesmo isso.

De qualquer forma, aquilo nem era o pior. Nada daquilo se comparava a história que Miranda estava contando.

Segundo a mulher, a mãe de Louis tentava por muitos anos engravidar e nunca conseguia,  apesar de Mark ter procurado os melhores médicos para ajudar, e até mesmo promessas na paróquia (Miranda zombou ao contar essa parte), nada surtia resultados positivos. Até que Johannah chegou até Miranda, porque ouviu falar por aí...

- Você está me dizendo que minha mãe veio até aqui sozinha, no meio da noite porque ouviu dizer que você poderia conseguir um acordo com... com... – Louis não conseguia dizer a palavra. Mal ele estava conseguindo formar sílabas.

- Com o diabo. – Miranda sorria ao contar a história toda, como se fosse a melhor história da vida dela. – E sim. Quer dizer, ela veio com um dos guardas, mas sim, sozinha, ao menos sem o Rei castrado saber.

Okay. Louis iria embora. Era uma perca de tempo. Só que... por algum motivo estúpido,  ele acreditava nela.

Fazia sentido e ele sentia.

Ele não se atreveu a olhar para Harry em nenhum momento. Não queria nem imaginar o que ele estaria pensando.

- Você meu príncipe,  é o filho legítimo do meu Senhor. Um dos, ao menos. Claro, há muitos como você pela terra. Mas como com todos os outros, sempre há um preço, não é por nada sabe, é só a parte divertida para Ele.

- A maldição. – Louis concluiu.

Divertido? Era divertido não poder tocar ninguém que ame? Era divertido não poder amar ninguém? Louis deu uma pequena espiada em Harry porque... caralho não era divertido não poder tocar ele.

- Ele tem um humor diferente. Devem imaginar né? – Aquela louca estava mesmo achando tudo hilário.

- Beleza. E o Zayn? – Harry falou pela primeira vez em tempos.

- Bem, Louis, querido – Ela ignorava mesmo a presença de Harry – Você tocou seu amigo, e a boa notícia é que, já que ele está morrendo, significa que o que você sente por ele é mesmo real. Talvez ele seja seu verdadeiro amor. – a mulher olhou com superioridade para Harry.

- Você disse que eu poderia ajudá-lo. – Harry ignorou a alfinetada da mulher. Assim como Louis.

- A é.  Bom. Sua vez. – A maluca se ajeitou no banco, com nojo estampado no rosto e olhou para Harry. – Resumindo, alguém do outro lado achou que precisava intervir nos planos do meu Senhor, e mandou você para, supostamente, atrapalhar o príncipe Louis de cumprir a missão. Fim. Chato né? Eca.

Louis engoliu em seco, e Harry se encolheu em seu lugar.

- Então Harry pode curar as pessoas que eu machucar?