VI. Primeiro Beijo

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👑
Príncipe Louis
Londres

A cada dia que Louis não encontrava Harry no campo, ele voltava para casa entediado, era como se o dia não pudesse ser tão agradável sem os pequenos diálogos matinais com aquele garoto caótico. 

O príncipe se perguntava se seria errado exigir que Harry mantivesse uma constância em sua leitura embaixo da árvore. A constância no caso seria: todos os dias. Louis poderia exigir, afinal ele é o príncipe.  Mas isso seria egoísmo e bem, Louis era egoísta na maioria das vezes, com algumas exceções, no caso Zayn, Oliver o cavalariço que cuidava especialmente de Hela e agora... Harry. Ele não conseguia ser egoísta com Harry.

Mas isso nem era importante.
O que mais o garoto poderia fazer tão cedo além de ir até o campo? Enfim, Louis teria que lidar com o fato de que Harry não estaria lá todos os dias.

Aquela manhã no entanto seria diferente, seria o Príncipe quem não iria. Ele queria, mas precisava resolver o que seus funcionários não foram capaz.

Isso o deixava extremamente irritado.
Por isso, logo cedo seguiu até o centro da cidade  com Hela e acompanhado de dois guardas da cavalaria real.

Certamente o Príncipe deveria usar a carruagem Real em seus passeios, mas desde que conquistara Hela, Louis não a trocava por nada. Naquele dia precisava ir até a Escola de Medicina já que o funcionário que Jeffrey mandou não foi capaz de conseguir o que o príncipe desejava.

Louis já estava próximo ao seu destino quando avistou a mulher carregando um cesto apoiado na cintura. Ele não se engaria com aqueles olhos, a reconheceu imediatamente, e por isso, desceu de sua égua e se aproximou.

- Senhora?

- Vossa Alteza! – A mulher se assustou com a aproximação repentina mas logo se curvou em reverência.

- Como está passando? – Louis questionou sem nem mesmo saber o rumo que daria a conversa. Ele não pensou quando a viu, apenas a abordou por impulso. Esses impulsos estavam ficando frequentes e desconfortáveis.

- Bem, obrigada.  Vossa Alteza,  devo agradecer pelo que fizeste por meu menino.

- Não é necessário. Gostaria de esclarecer que Harry não mentiu sobre o dinheiro. De fato o encontrei outro dia e ele me contou o que aconteceu. Creio que não estou muito ciente de como as coisas estão fora do Palácio.

- Oh! Agradeço mais uma vez então. Já estava pensando que ele não havia aprendido nada com o ocorrido.

- Qual seu nome senhora?

- Anne, Vossa Alteza.

- Anne, estamos precisando contratar alguém para auxiliar na organização das tarefas do Palácio.  A senhora não estaria interessada por um acaso?

Era mentira. Claro que era. Mas Louis lidaria com isso depois. Primeiro ele teria de enteder porque propusera tal coisa.

- Meu Deus.  Com certeza Vossa Alteza.  Eu ficaria honrada em servi-los.

Anne se alegrou em demasia com a oferta do Príncipe.  Eles não estavam com planos e nem necessidade de contratar ninguém, mas ele daria um jeito, falaria com Mark e arrumaria uma nova qfunção se necessário, mas estava certo de que precisava oferecer um serviço para aquela mulher. Não era justo que uma viúva passe necessidades para criar sozinha dois filhos. Era isso enfim.

Combinou com Anne um horário ainda naquele dia para que ela fosse ao castelo, e seguiu seu caminho até a Escola. Conseguiu alguns bons livros sem nenhuma dificuldade. Louis buscou pelo diretor da Escola para tirar algumas dúvidas sobre o processo de seleção, nada relevante, mas o homem em questão não se encontrava. Tudo bem, ele não pretendia nada com aquilo, apenas queria os livros. E com eles em mãos  Louis  voltou para o Palácio. Ainda precisaria encarar o Rei para convencê-lo (na verdade Louis iria apenas comunica-lo) sobre a nova contratação.

Maldição [Larry Stylinsom]Onde histórias criam vida. Descubra agora