Maldição [Larry Stylinsom]

XXIX History (You and Me)

This is not the end...

Rei Louis
Inglaterra
👑

Eliot. Esse fora o nome sussurrado por Eleanor, o nome pelo qual todos chamavam aquela criança.

Eliot havia nascido após a meia noite, exatamente no dia em que Louis completara seus vinte e um anos. A maldição seguia.

Louis havia atravessado a madrugada sentindo o vento frio cortar sua pele enquanto Hela cavalgava veloz. Harry não tentara o impedir de sair no meio da noite porque sabia que Louis precisava daqueles momentos e principalmente,  porque, Harry estava com Eliot.

O dia seguinte havia sido de lamentações. Nada do que ele e Harry planejaram para comemorar seu aniversário fora sequer lembrado. Louis sentia como se estivesse sendo arrastado para escuridão o tempo todo, e sua única luz, era Harry.

Ele havia se enfiado no quarto e se sentia sem forças até mesmo para banhar-se, mas Harry aparecia e fazia o que era necessário.  Harry havia esfregando Louis, vestido Louis e Louis apenas se mantinha vivo.

Ele estava vivo enquanto Eleanor estava morta. E só não era mais injusto porque Harry também estava ali.

Harry valia a pena. Era o que Louis repetia incessantemente para si mesmo.

Harry havia passado todo aquele dia ao lado do rei. Louis sabia que ele queria ficar com Eliot e ainda assim, abdicou disso para estar com ele.

Louis havia pego a carta de Johannah para ler, quando a noite chegou, precisava encontrar forças nas letras de sua mãe. Precisava se lembrar que tudo havia sido para que a morte dela não tivesse sido em vão e para que Harry não fosse um alvo do homem de olhos vermelhos. Louis precisava lembrar.

Ele havia beijado Harry em meio a sua tristeza após colocar a carta embaixo do colchão porque ele precisava lembrar.
Não fora em vão. Nem a morte de Johannah e nem a morte de Eleanor.  Não podia ser. Ele não podia carregar a morte delas nas costas ou ele sucumbiria de vez. Então ele beijou Harry porque Harry era a sua luz.

O enterro da rainha fora um borrão para Louis, ele mal estava consciente do acontecia. A família de Eleanor havia chegado da França, mas nem mesmo com Zayn,  Louis fora capaz de falar.

Como ele poderia encarar aquelas pessoas, como poderia falar com elas quando fora ele quem colocara Eleanor naquela posição? Como encarar os pais, os tios, o primo dela, após Eleanor dar a própria vida para colocar o herdeiro de Louis no mundo?

Louis entendia agora o porquê ele e Mark viviam tão sozinhos, não havia espaço para companhia quando a culpa ocupava todo o espaço.

Zayn havia conversado com Harry, Louis vira de longe, mas não foi capaz de ouvir quando Malik tentou falar consigo. O Rei também vira quando a  família de Eleanor conheceu Eliot,  ele estava passando pela sala de estar rumo aos estábulos quando Harry apresentava o bebê aos avós maternos e a família real francesa.

Havia um sorriso genuíno no rosto de seu garoto enquanto carregava aquele pacote de tecidos nos braços.

Louis sentira um arrepio, mas tudo ficou um pouco melhor depois de cavalgar.
Só que não havia parado por aí. Harry passava a maior parte do tempo com Louis,  em silêncio, ou tentando fazê-lo falar como estava se sentindo. Harry havia falado “não foi culpa sua Lou, isso acontece com um frequência maior do que gostaríamos”, mas Louis não acreditara em Harry.

E quando Harry não estava com ele, Louis sabia que seu garoto estava com o bebê. Tudo bem, Louis estava um pouco contente que aquela criança teria alguém que se importasse com ela. Harry seria uma boa companhia, e talvez, ele nem ficasse alí por muito tempo.