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Eu estava feliz. Não somente pelo ocorrido hoje mais cedo, e sim pela conversa de ontem a noite.

Era definitivamente muito mais fácil ficar tranquila, sabendo que Charles agora sabia dos porquês.

Não era nem metade de tudo, mas isso já era bom o suficiente, e com o tempo ele saberia.

Eu lavo o cabelo, que estava um ninho por causa de Charles. Não conseguia conter os sorrisos ao lembrar.

Estava quase no horário do almoço e, pra minha surpresa, Jenna não mencionou nada sobre o barulho ou me deu olhares furtivos. Então acho que tudo correu bem, e ninguém foi acordado.

Me arrumo, colocando um vestido fofinho para o dia. Fazia calor, o que deduzi ser algo não muito usual por aqui. Coloquei um converse branco e estava pronta para o resto do dia.

Era quinta-feira, o que significava que era o nosso último dia de "folga", pois os treinos livres começam amanhã. Charles e Carlos não paravam de comentar sobre as estratégias para a semana durante o caminho até o restaurante.

Eu prestei atenção, entendendo parte da conversa. Eles falavam com termos tão técnicos que me questionei se realmente sabia alguma coisa sobre fórmula um.

Quando enfim chegamos no restaurante, era totalmente diferente do que eu esperava. Tinham mesas no gramado, com vista para um lago.

Era um grande piquenique: os panos das mesas eram quadriculados, as cadeiras tinham detalhes de cestas e eram colocadas próximas de jardins.

— Você escolheu a roupa certa para hoje. — Charles comenta enquanto caminhávamos até a nossa mesa.

Eu dou uma risada, me sentando na cadeira e observando o lago, onde algumas pessoas passeavam em botes decorados.

— Nós vamos depois, não se preocupe. — Charles sussurra do meu lado.

Eu assenti, e deitei minha cabeça em seu ombro. Eu sabia que isso já estava fora do meu controle, e que nada iria mudar os meus sentimentos por ele.

Charles era o amor irrevogável, era o carinho, o conforto, a calmaria. Era tudo o que eu poderia desejar.

Ele conversa comigo durante toda a espera do almoço. A voz suave reverbera nos meus ouvidos, enquanto ele brinca com as minhas pulseiras.

— Pascale está morrendo de felicidades por saber que estamos viajando juntos. — Ele comenta.

— Se ela está feliz, imagine a Celine.

Ele ri, beijando o topo da minha cabeça. É como se fogos de artifício estivessem explodindo.

— Você não tem mais opção agora a não ser essas viagens, ouviu? — Ele fala.

Tenho certeza que ele está com um sorriso enorme no rosto.

— Como se eu fosse louca em recusar uma proposta dessas.

— Ah, eu não sei, você é meio louca mesmo.

Eu dou uma risada.

— Só um pouquinho. — Eu falo e ele ri.

Jenna me olha do outro lado da mesa, com o rosto emocionado e um sorriso. É louco como ela me acompanhou em todos esses anos, nos momentos bons e ruins, e ainda estava aqui.

Eu sorrio para ela, feliz.

— Aliás, obrigada pelas peônias. — Eu menciono à ele. — Não agradeci por isso.

— Não precisa, acho que a maneira de te entregar aquelas flores não foi muito apropriada. Eu poderia ter te esperado na porta.

Eu dou uma risada.

✦ 𝐏𝐑𝐄𝐃𝐄𝐒𝐓𝐈𝐍𝐀𝐃𝐎𝐒. - Charles Leclerc. Onde histórias criam vida. Descubra agora