√ twenty eight.

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Uma batida na porta distraiu Wonwoo do algoritmo que estava formulando. Quando virou, a porta se abriu e um enorme buquê de copos-de-leite foi levado para dentro de sua sala.

O recepcionista da portaria, Jeonghan, um homem curvilíneo de trinta e poucos anos, pôs o vaso sobre a mesa e soltou o ar com força pela boca. "Nossa, estava pesado. Parece que você tem um admirador."

Wonwoo pegou o cartão no meio das flores. Reconheceu imediatamente a caligrafia de Mingyu.

Para meu Wonwoo. Estou pensando em você. Com amor, Mingyu.

"Não entendi nada." Ele ficou olhando para o bilhete na palma da mão. Jeonghan inclinou a cabeça para ler o cartão e sorriu. "Mingyu é o cara com quem você está saindo, né? Ele é bem bonitão."

"A gente terminou."

O sorriso de Jeonghan se tornou mais malicioso. "Parece que ele quer reatar. Vai dar mais uma chance a ele?"

Antes que ele pudesse responder, Seungcheol passou na frente da porta. Uma fração de segundo depois, estava de volta, olhando feio para o buquê sobre a mesa. Um hematoma bem escuro decorava o lado direito de seu rosto.

"Aquele filho da puta." Ele entrou na sala sem pedir licença e se dirigiu às flores.

Wonwoo se jogou na frente dele. "O que está fazendo?"

"Vou jogar essa porcaria no lixo, onde é o lugar dela."

"Ah, não vai, não. As flores são minhas." Era a primeira vez na vida que ganhava um buquê.

"Eu compro outras melhores", ele disse com os dentes cerrados. "Essas daí precisam sumir."

"Não quero ganhar flores de você."

"Estamos saindo juntos, lembra?"

"Não estamos, não. Saímos uma vez, e não quero repetir a experiência. Não somos compatíveis."

Jeonghan contorceu os lábios e ficou observando Seungcheol com as sobrancelhas erguidas, obviamente apreciando o drama.

Ele se aproximou de Wonwoo com os ombros carregados de tensão e os punhos cerrados. "E você e ele são compatíveis?"

Wonwoo segurou o cartão entre os dedos. Era possível uma compatibilidade unilateral?

"Fui muito feliz enquanto estávamos juntos. Ele me ouvia. Queria saber mais sobre mim, sobre meu dia, sobre o que eu estava fazendo e..."

"Para mim só interessa se ele é bom de cama ou não", interrompeu Jeonghan.

Wonwoo mordeu o lábio, ficou vermelha e olhou para o chão. O "bom" não fazia justiça a Michael. "Fenomenal" parecia mais apropriado.

"Seu sortudo." Jeonghan se virou para Seungcheol e o pegou pelo braço. "Vem, Cheollie, vamos lá para a cozinha. É melhor pôr um gelo nesse olho."

Cheollie?

Seungcheol resmungou baixinho e ainda olhou feio mais algumas vezes para as flores antes de permitir que Jeonghan o levasse do escritório de Wonwoo. Enquanto os dois andavam pelo corredor, ele pôs a mão na base da coluna do recepcionista, então a desceu um pouco e apalpou o homem. Em vez de dar um tapa nele, como Wonwoo imaginava que faria, Jeonghan afastou os cabelos claros do rosto dele e examinou o hematoma.

Aquilo era... interessante.

Parecia que Jeonghan não se importava que Seungcheol fosse um verdadeiro cachorro. O que para Wonwoo era até bom, porque talvez ele saísse do seu pé.

the kiss quotient | meanie.Onde histórias criam vida. Descubra agora