Capítulo 6

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Letícia Moranguinho

Depois do belo amasso que recebi do Ricardo na despensa, sai correndo e me escondi, pode me chamar de covarde, mas foi melhor assim, depois desse homem dizer que quer me namorar fiquei confusa, afinal ele é mais velho e lindo, pode ter a mulher que quiser. O resto do dia passa tranquilo, hoje fechei a lanchonete e quando estava indo embora sou arrastada, quando vou gritar, uma mão enorme tampa a minha boca.
– Quieta Letícia, sou eu Ricardo, vamos, vou levar você para buscar a Valentina.– Ele tira a mão da minha boca.
–Quer me matar de susto porra?
– Olha os modos, você é bem nova para ter esse linguajar feio.
Já me estressei, ele chega quieto, me assusta e ainda quer que eu seja educada?
–Me perdoe vossa senhoria, será que pode me deixar em paz?
– Não, nós vamos buscar a Valentina e jantar em minha casa!
Levantei a cabeça e ri sem humor.
– Você é muito engraçado, doutor, não queira mandar em mim ou no que eu vou fazer, pois não sou nada sua.
Viro e consigo dar dois passos o homem me levanta.
–Ah Letícia eu odeio meninas malcriadas.
–Foda-se o que tu acha ou quer, me coloca no chão porra! Vou acabar chegando atrasada para buscar a minha filha.
Sinto ele dar um tapa na minha bunda e continuar andando até o estacionamento
– Você me bateu? Que filho da puta, me põe no chão, caralho.
Ele finge que não me escuta e só para em frente ao seu carro, abre a porta e me joga dentro, bufo de raiva, ele entra tranca a porta e dirige em silêncio até a porta da escola da Valen, quando vou sair ele fala.
–Olha, me deixe cuidar de vocês, quero ser seu namorado e um pai para a Valentina – Seus dedos fazem um traço em meu rosto e me permito sentir o carinho, será que deixo ele cuidar de nós? Confesso que ele tem um ímã que me atrai
–Acho melhor não!
–Por causa do Vinícius? – Diz olhando friamente
– E se for?
–Leticia, Letícia, pare de brincar comigo, estou por um tris, não suporto a idéia de outro homem te tocando, então me responde direito porra.
–Não é por ele, é por mim, você não se olha na porra do espelho?
–Não, o que tenho? Sou feio?
–Não é isso, você é lindo e muito rico, o que vai querer com uma favelada como eu? – Ele ri e vai beijando meu rosto e me dá um selinho.
–Então você me acha bonito?
Não me deixa responder e ataca a minha boca, nossas línguas duelam de uma forma quente e gostosa ele é bem experiente e faz a minha calcinha ficar molhada, encerra  o beijo com vários selinhos.
–Muito melhor do que eu imaginei, vai buscar a nossa pequena, amor.
Olho para ele tentando gravar essa cena, seu sorriso é lindo, charmoso  e faz qualquer calcinha ficar alagada, tomo coragem e saio do carro, chego até o portão pego Valentina e me escondi na multidão, até parece que serei usada dessa forma, não posso me deixar levar, afinal tenho uma criança pequena que precisa de mim, pego Valentina no colo e saio apressada
–Porque estamos correndo, mamãe?

É que estamos atrasadas, daqui a pouco vai escurecer.
–Ah entendi, então corre mamãezinha! – Diz gargalhando.
A multidão me ajudou a me camuflar, volto a respirar quando chego na porta de casa, sigo a nossa rotina normal e deitamos em nossa cama para dormir, ela logo pega no sono, já eu fico pensando como vou fazer para esse homem me esquecer, me assusto com alguém que parece querer derrubar a porta, fico quieta, talvez seja alguém que bateu na casa errada, mas a pessoa continua insistindo e bate sem parar, abro a porta e vejo o doutor gostoso me olhando.
–Achou que ia conseguir fugir de mim, amor?
Ele simplesmente entra em casa, pega minha filha no colo, coloca ela dentro do carro e quando saio do estado de choque.
–Mas oque você pensa que está fazendo?
–Coloque algumas peças de roupa sua e da Valentina na mochila, vamos para a minha casa, quero passar o final de semana com vocês duas.
–Você só pode ser louco mesmo.
Ele vem até  mim, me joga na cama e fica com a boca a centímetros da minha.
–Sou louco sim, louco por uma menina levada e da boca suja, louco de amor, porra.
–Ricardo
–Chega Letícia, preparei um dia incrível para nós, você decide se vai ou fica– Ele levanta e me olha.
– Ok, nós vamos com você.
Eu não sei da onde tirei essa idéia maluca, mas vou aproveitar a oportunidade de ser feliz.

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