Capítulo 13

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Ricardo

Tem sido casa vez mais difícil me manter imune a Letícia, ela é doce, gentil, amorosa e solidária com todos ao seu redor, balanço a cabeça, não Ricardo, seu idiota, isso é só uma máscara para esconder o verdadeiro eu dela, uma sequestradora sem escrúpulo, que roubou sua filha e cinco anos de convivência de vocês, não vi os dentinhos nascendo, a primeira palavra, os primeiros passinhos, nada e essa vagabunda vai pagar por tudo isso.Sou tirado dos meus devaneios com a Valentina me chamando, ela puxa a barra da minha calça e como sou maior, me agacho para ficar do seu tamanho.
- O que foi minha fadinha?
- Titio Ricardo o senhor tem namorada?
De onde está Letícia cospe o suco, arregalando os olhos, ainda não contamos para ela e nem ficamos demonstrando nada, afinal ela é uma criança, dou um sorriso sínico para Letícia.
-Porque você quer saber, minha fadinha? Pego ela no colo fazendo carinho em sua bochecha, minha filha é muito linda e esperta.
-Sabe o que é, você poderia namorar a minha mamãe e depois casava e nós duas iamos te fazer companhia para você não morar sozinho.
-Valentina minha filha, o que o Ricardo vai achar de nós? não foi essa educação que eu te dei.
-Deixa ela, Letícia.
- Não, ela tem que aprender a controlar essa boca de sacola dela.
-O titio já volta. - Coloco ela no chão que volta a brincar esquecendo do assunto, mas sua mãe me arrasta para a cozinha.
-Ricardo, me desculpa, a Valentina tem dessas coisas, não fique pensando que fui eu que mandei ela falar.
-Calma amor, eu sei, fica calma, mas acho que ela tem razão, deveríamos assumir esse namoro para ela e para as pessoas, poxa já estou velho, sou quase um quarentão, e quero aproveitar meu tempo com vocês duas, oque acha de contarmos para ela e assim vocês vem morar comigo.
-Podemos contar, mas morar aqui não, temos a nossa vida e ela não encaixa nessa vida de luxo que você tem, não quero que ela pense que somos ricas.
-Então vamos contar e quando casarmos terei as minhas duas preciosidades finalmente comigo.
Ela da um soluço e abraço ela, que continua chorando, o que porra foi agora?
-Amor o que eu fiz?
-Vo... Você pensa mesmo em casar comigo, mesmo com a minha filha, eu sendo mãe solteira?
- Sim, que besteira é essa?
- E... Eu achei que nunca fosse casar depois da Valentina, que homem nenhum ia assumir essa responsabilidade.
Letícia é uma caixinha de surpresa, porque será que roubou a minha filha do hospital, decido perguntar.
-Como ficou grávida dela? - Ela da um pulo, assustada e fugindo do assunto, vai para a área onde a minha filha está, ladra maldita, essa era a confirmação que eu precisava.

Letícia

Fiquei emocionada com a possibilidade do Ricardo querer casar, mas depois dei um pulo com sua pergunta "ah Ricardo se você soubesse que ela é um presente que Deus me deu" como te explicaria que ela foi deixada na minha casa em um dia de chuva e que nunca vi ninguém procurando ela, mas eu a amo como se fosse... aliás como se fosse não, ela é minha filha eu amo desde que peguei aquela bebê em meus braços.
E agora me sinto contente com esse homão todo só para mim, não é porque sou virgem que sou burra, sei bem o que acontece e chega me dá calafrio só de lembrar o tamanho da peça dele, aquela cabeça rosada, com o pré gozo saindo na ponta, fico toda desejosa.
Quando menos espero sinto alguém me jogar para cima.
–Oi lelê, tudo bem?
– Me põe no chão Marcelo. – Digo com as mãos no rosto, já que tenho medo de altura, mas ele não obedece, só para quando escutamos um xingamento.
– Põe a minha mulher no chão, agora caralho.
Sou colocada no chão com cuidado e posso ver a expressão assassina no rosto do Ricardo, isso é ciúmes? Ele chega tão rápido e enlaça a minha cintura.
–Olha só, estamos evoluindo, da primeira vez era amiga, agora é sua mulher, prazer cunhadinha, estou lisonjeado de ser o cunhado de uma mulher tão linda!
– Nem pense nisso – Ricardo diz entre dentes quando seu irmão vai me beijar o rosto.
–Lelê...
–Lelê é o meu ovo.
– Você gosta de ovo, titio Ricardo? Sabia que eu gosto de ovo frito?
– Aí – Dou um beliscão nele e Marcelo gargalha de por as mãos na barriga.
– Valentina você está de castigo, para deixar de ser intrometida,  recolhe essa bagunça agora e vai sentar.
Ela se emburra, recolhe os brinquedos e vai sentar, 5 segundos depois está chorando e vejo o Ricardo correr até ela, pegá-la no colo e afagar seus cabelos.
–Não chora filha, papai está aqui.
Congelo e Marcelo analisa a cena, enquanto  Ricardo nem se dá conta do que falou, só continua tentando fazer ela parar de chorar a malandrinha sabe que já ganhou o coração desse bobo e faz mais manhã e ele está desesperado.
–Valentina, pare de show agora.
Então ela para  e desce do colo dele.
–Obrigada titio Ricardo eu te amo.
Então é a vez dele desabar chora feito uma criança de dois anos, talvez a sua reação exagerada seja pela sua família e que pelo que sei não tem contato tão próximo com criança.
Vou até ele e sento ao seu lado, ele continua soluçando, olho para seu irmão e ele entende que quero ficar sozinha com Ricardo.
–Vou brincar com a minha sobrinha -  Sai rápido e me concentro no homem a minha frente, desolado, passo a mão em suas costas e dou alguns beijinhos em seu rosto.
–Vo... Você ou.... Ouviu ela dizendo que me... Me ama? – Diz entre soluços.
–Eu ouvi amor, Valentina é assim mesmo amorosa, você é tão carinhoso, que ela te ama, pode acreditar que é verdadeiro e puro.
– Eu sei – Diz um pouco mais calmo.
–Fiz um papel muito feio?
Peguei seu rosto entre as mãos.
– Não, claro que não, foi lindo ouvir você falando que era o pai dela, como eu queria que fosse verdade.
De repente o encanto se quebra e ele se levanta de forma abrupta, tirando minhas mãos do seu corpo, mais uma vez ele muda da água para vinho.
–Meu motorista vai deixá-las em casa.
E assim sai e me deixa sozinha, que cara louco.

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