Capítulo 14

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Ricardo

Acabei me descontrolando e quando vi, estava chamando a Valentina de filha e acalentando ela em meus braços, sei que a Letícia só estava educando, mas vê-la chorando e dizendo  eu te amo pela primeira vez me desmontou inteiro, a euforia deu lugar a raiva, muita raiva quando a ladra disse que queria que eu fosse o pai da Valentina, ela com certeza não sabe que sou o pai, mas é claro que não ou já teria pedido o dinheiro para o resgate, pois sabe que sou cheio da grana e não pouparia um centavo para ter a minha filha de volta, acredito que o que aconteceu foi que ela acabou de apegando a  minha fadinha, ainda revoltado, vejo da janela do escritório ela sair puxando a criança pela mão e minha filha chorando, como se não quisesse ir, vou até a mesa e jogo tudo no chão.
–Porra.
–Chega de palhaçada Ricardo, senta aí e me conta o porquê e como a nossa Gabriela está aqui e não sabe que é a sua filha.
Era só o que me faltava, ter o meu irmão no meu pé, viro novamente para a janela, porque não terei coragem de mentir olhando em seus olhos.
– Não sei do que está falando.
–Sabe, sabe muito bem, ela é a cara da Vitória quando tinha a mesma idade e ela tem a nossa manchinha de família na perna, como eu, você, papai e Vitória temos, então acho melhor você parar de se fazer de louco e me explicar direito o que está acontecendo.
Bufo, tudo que eu menos precisava era dele no meu pé, não quero nem pensar quando minha mãe souber.
–Ok senta aí, que eu vou explicar.
Ele senta na cadeira e me sento também, vou explicando detalhe por detalhe, até chegar aqui, ele não esboça reação, essa é uma das únicas vezes que eu vi meu irmão completamente calado, com o rosto livre de humor ou sacarmos, ele fica quieto me olhando e de repente, se levante e abre uma garrafa de whisky e toma na boca.
–Então, deixa eu ver se eu entendi essa merda direito, você contratou um investigador que achou a nossa Gabriela, e agora está usando a Letícia para tomar a Gabi de volta?
Confirmo com a cabeça.
–Que porra, você vai destruir as duas, isso eu não vou deixar, a Letícia é doce, como não vejo a muito tempo, não consigo acreditar nisso.
–Você não tem que se meter nessa história, eu vou resolver do meu jeito.
–Uma porra que vai, eu vou convencer ela a ficar comigo, te entrego a Gabi e você fica feliz e eu cuido da Letícia, pronto resolvido.
Meu sangue ferve, quem ele pensa que é para querer ficar com a minha mulher e ainda por cima falar isso assim na minha cara?
– Já disse Marcelo, não se mete com a minha mulher.
– Sua mulher é o caralho, ela será minha.
Dou lhe um soco e ele revida, somos separados pelos meus seguranças.
–Está avisado, se encostar nela, esqueço que você é meu irmão e acabo com você.
– posso até não tocar nela agora, mas quando essa merda toda for para os ares Letícia será minha, minha mulher e você vai perdê-la porque uma coisa é certa ela vai te odiar quando tirar a menina dela.
Ele sai e sinto um frio na espinha, pois sei que ele tem razão, Letícia vai me odiar e seu tirar Valentina dela, mas fazer o que, ela tem que arcar com as consequências de tudo que fez e eu não perderei mais nenhum momento com a minha filha só por conta do coração dela, foda-se tudo minha filha é a única coisa que importa, e mais uma vez estou enchendo a cara para tentar suportar essa situação.
Só acordo no outro dia e faço minha rotina no hospital normalmente, resolvo almoçar fora para não ter que esbarrar com a Letícia no corredor.
Por volta de 17 horas, vou até o  quarto do sheik e o que me surpreende é a cena que se desdobra, o quarto tem vários balões, e mu arranjo de flores amarelas, e Letícia está sentada em uma cadeira, contando história para ele, só pode ser um pesadelo mesmo, além do meu irmão, tenho um concorrente adormecido.
–E então, viveram felizes para sempre, sabe Nassif eu acredito em contos de fadas e ainda vou ter o meu, você é tão bonito, deve ter um harém a sua disposição, quando acordar quero saber direitinho o que o senhor aprontou mocinho, me contaram que foi um acidente de moto e que o senhor estava em alta velocidade, sua mãe deveria lhe dar umas boas palmadas, assim você cria juízo – Ela acaricia seu rosto – Você aparenta ser muito bom, além de lindo, quem me dera eu me apaixonasse por você.
Resolvo entrar e interromper o momento romântico.
–Com licença.
A safadinha se assusta como se houve sido descoberta.
–Tchau Nassif dorminhoco, até amanhã, fique com Deus. – Da um beijinho em seu rosto e acaricia sua barba, fico louco de ciúmes e solto um rosnado, sheik filho da puta, não vou deixar você roubar a minha mulher. 
–Com licença Doutor.– Ela está puta da vida comigo, como eu sei? Ela sempre utiliza meu título com deboche quando está com raiva. Sigo ela e quando alcanço empurro para dentro de um quarto, aqui estão vazios pois esse andar só está o sheik por ordem do seu pai, que está pagando uma pequena fortuna na ala inteira.
–Me solta.
–Me escuta.
–Nao, acho bom você me soltar, eu vou fazer um escândalo.
–Vai é? Então faz, porra.
A Pego no colo e sento no sofá e beijo sua boca com fome e gana, faz menos de 24 horas que não nos vemos, mas juntando a situação e o ciúmes que estou, parece uma eternidade. Ela não se faz de rogada, me beija de volta com a mesma fome, tiro a sua blusa e sutiã e aperto seus mamilos gostosos, seus olhos transmitem luxúria, quando ela goza, desce do meu colo correndo e vai colocando a roupa.
–Valeu pelo orgasmo, mas eu não sou sua puta, onde quando você quer transar trata bem, depois me manda embora feito um lixo, até que se decida, e dessa vez de verdade, pois não aceitarei mas esses seus chiliques, não me procure mais Doutor Ricardo.
Ela simplesmente sai e denovo estou eu de pau duro.

Prazer, Sr.R.Vingança Onde histórias criam vida. Descubra agora