Capítulo 8

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Ricardo

Depois da nossa discussão, deitamos na cama e a ladra deitou em cima de mim, com a cabeça em meu peito os cabelos loiros e longos espalhados pelo meu peito e cama, exalando um cheiro gostoso e marcante que só ela tem, porra porque essa ninfeta tinha que ser tão linda e meiga? Até parece que tem carácter, maldita ladra de bebês, mas meu pau não consegue distinguir isso, ele ama esse contato corporal, como agora que estou duro de novo, ela se remexer e beija meu peito, seu toque é como brasa em minha pele olho para o porta retrato e sinto que estou traindo minha esposa, empurrou Letícia que acorda meio desnorteada, quando me vê abre um lindo sorriso e me dá um selinho.
–Bom dia, amor!
–Bom dia – Respondo bem seco, levanto da cama e vou direto para o chuveiro, me acalmar e também dar um jeito no amigão aqui em baixo, vai ser a velha punheta mesmo, quando acabou o serviço, saio e Letícia não está mais no quarto, melhor assim, sento na cama e pego o retrato.
– Eu vou fazer justiça com as minhas próprias mãos, meu amor, nossa Gabriela é tão linda e esperta.
Depois de um tempo desço as escadas ouvindo as gargalhadas da minha filha, após descer tudo, como a cozinha é aberta, consigo ver Letícia preparando o café e a minha menina sentada na cadeira, o cheiro está divino, quando elas me vêem, Gabriela desce da cadeira correndo e vem ao meu encontro, pego ela no ar e jogo para cima, arrancando gargalhadas da pequena arteira.
–Bom dia, titio Ricardo!
–Bom dia, pequenina, dormiu bem?
Ela balança a cabeça confirmando e sigo até a cozinha com ela no colo, vou dar um beijo na ladra, mas ela se esquiva e me lança um olhar de reprovação, acho que entendi, ela não quer que a minha filha saiba de nós, melhor assim, pois quando jogar ela na sarjeta minha filha não lembrará dela, vadia.Sento na cadeira e começo a fazer casquinhas em Gabriela.
–Parou já os dois, está na hora da refeição e não de brincadeira.
Como se fosse minha mãe em minha frente, paramos e abaixamos a cabeça, calados começamos a comer, volta e outra olhava para ela, que se alimentava parecendo uma dama da alta sociedade, minha filha não ficava atrás, pelo menos educação ela teve a decência de ensinar, após o café, fomos todos para o jardim, essa semana mandei montarem um balanço e  escorregador assim a pequenina terá onde se distrair, fico observando a minha filha brincar e Letícia sentada no balanço, vou até ela e começo a impulsiona-la.
–Para Ricardo, eu tenho medo de cair, para esse balanço – Mas eu não paro, faço ir mais rápido e alto.
–Onde está a sua boca suja agora?
–Por favor. – Diz tremendo e chorando só aí que eu percebo que ela tem medo, para o balanço e ela sai trêmula e com o rosto vermelho, corre para dentro para que minha filha não a veja nesse estado, vou atrás, ela está sentada no sofá com as mãos no rosto, sento no sofá e pego ela no colo que se aninha em meu peito e chora com o rosto colado em meu pescoço, acabou me sentindo mal com isso.
–Não chora amor, perdão, não sabia que tinha medo.
–Seu...seu idiota eu quase caí, se eu tivesse me machucado, quem ia cuidar da minha filha? Não posso faltar no trabalho, se não vai faltar as coisas para ela.
Aquilo me atingiu como uma bala, não sei o que levou ela a roubar um bebê, mas agora tive certeza que ama a minha filha acima dela mesmo, faço carinho e beijo sua cabeça, ficamos assim até ela se acalmar.
Depois voltamos e brincamos o dia inteiro, feito uma família, Gabriela ficou cansada após o almoço e a ladra deu banho e colocou ela para dormir, estávamos almoçando tranquilamente, quando meu irmão chega entrando na cozinha.
–Sentiu minha falta, libélula do campo?
–Nao, seu idiota, o que está fazendo aqui?
É então que ele nota Letícia e da um sorriso sacana, eu vou matar esse filho da mãe, já lanço meu pior e mais sombrio olhar, mas o idiota não faz questão.
–Quem é essa princesa? – Da um beijo e um abraço em Letícia.
–Sou Letícia a...– Interrompo ela, se meu irmão ficar sabendo de qualquer coisa, ele vai arruinar meus planos.
– Uma amiga. – Letícia abaixa a cabeça magoada, pede licença e sai praticamente correndo em direção aos quartos.
– O que porra você está fazendo aqui, caralho?
–Ui temos alguém nervoso, vim te avisar que amanhã teremos o baile beneficente do hospital e mamãe espera que o senhor carrancudo apareça.
–Vaza logo daqui, porra! – Ele da risada e vai caminhando até a porta e antes de sair, da uma piscada.
–Acho melhor, tu ir ver a princesinha, amiga só se for de foda, né? Mas se tu não quiser, me passa o número dessa belezinha.
Jogo o copo em sua direção furioso, só de imaginar ele perto da Letícia, porra de situação fodida, agora que eu tinha amansado a fera, voltei a ter problemas novamente, moleque do caralho.

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Prazer, Sr.R.Vingança Onde histórias criam vida. Descubra agora