🥀 Catherine Kropf 🥀
Eu sofri muito para chegar onde eu cheguei... Caramba, perdi a minha mãe em meus braços do Brasil, me mudei para Los Angeles para ter um futuro melhor, estudei inglês e agora relações internacionais, trabalhei como babá e faxineira.
Conheci uma balada top em Los Angeles... Porque eu fui beber? Porque eu fui na onda do 50 Cent? Mas agora eu tô aqui, encarando o monitor que mostra o bebê na minha barriga.
— bom. O bebê tem nove semanas. Está muito pequeno e abaixo do peso ideal. Você tem feito muito esforço? Alguma dieta?
— bom, eu luto no tempo vago, danço. E eu como quando lembro que tô com fome.
— você precisa melhorar a alimentação e diminuir o esforço. Temos que organizar pra começar o pré natal.
Meus Deus, eu tô realmente grávida. Ficamos mais um tempo no consultório até eu ser liberada.
— vai falar com o pai do bebê quando?
— preciso mesmo falar? Acho tão desnecessário- resmungo.
— precisa amiga, eu sei que ele foi um escroto com você, mas creio que seja por conta da experiência dele com as mulheres que ele já pegou. Ele ainda é o pai do baby e você também estaria sendo escrota se não contasse.
— certo- entro no carro- dirige até a Lux vou tentar contato com ele.
— ótimo- ela sorri. - e pro seu pai? Vai contar quando?
— quando ele vier para Los Angeles.
— amiga, já tá feito. Tem um bebê aí, ele vai ter que aceitar.
— você sabe como são as coisas com o meu pai. Ele não aceita essas coisas, ele dita como as coisas vão ser.
Meu pai é muito rígido, uma gravidez tão precoce e ainda sem estar em um relacionamento estável. Nossa isso vai ser um caos.
Maria Tainá dirige até a boate mais famosa de Los Angeles. Foi aberta a pouco tempo, pelo 50 Cent, e é sucesso total. Local perfeito se você quer beber e usar algumas coisas, e aparentemente é o local perfeito também se você quiser engravidar de uma famoso que eu era fã, e agora acho ele uma merda.
— vou ficar te esperando aqui no carro. É um assunto só para dois.
— ok. Me deseja boa sorte.
— não vai ser tão ruim assim. Boa sorte gata.
Saio do carro e entro na boate, não é o horário de estar aberta, então só tem funcionários.
— moça, desculpa mas não estamos atendendo ainda.
Um jovem negro extremamente gato para na minha frente.
— eu sei- encaro o rapaz- estou procurando por uma pessoa. Acredito que ele é o dono daqui.
— É mesmo é? — Fala com deboche.
– O 50 Cent. - forço um sorriso- gostaria de falar com ele se possível.
– Ele não está atendendo fãs no momento senhorita. - Ele fala com cuidado.
– Não sou uma fã - Suspiro - Olha é urgente... por favor.
— Vou avisar da sua presença. Como você se chama?
— Catherine. Por favor diga pra ele que é um assunto de extrema urgência.
— pode deixar- ele se afasta. Me sento em uma das banquetas do bar e fico esperando.
— vamos- o rapaz volta- vou te levar até o escritório- concordo e sigo ele até o segundo andar.
Isso que dá agir por puro tesão, agora tô aqui grávida e sem maturidade pra criar um bebê.
— obrigada - agradeço quanto ele abre a porta do escritório para mim. Lá está o 50 Cent, sentado atrás da sua mesa me encarando confuso.
— o que você quer comigo?
A educação tá em dia, graças a Deus.
— bom - puxo uma cadeira para me sentar - não estou supresa com o fato de você não se lembrar de mim - ele dá um sorrisinho arrogante - Eu estive aqui na noite de inauguração.
— muitas pessoas estiveram.
— a gente transou na noite da inauguração - digo já me irritando.
— ah, no banheiro? - olha só o pai que eu arrumei para o meu bebê.
— no seu escritório.
— ata. A Fresca do "sem sexo oral". O que você quer?
Tiro o exame de gravidez e a foto da ultrassom e ponho na mesa. Ele pega e me encara desconfiado.
— 9 semanas- aviso- descobri ontem.
— grávida? E o que eu tenho haver com isso? A gente usou camisinha, eu sempre uso camisinha.
— bom, não deu muito certo.
— tá tentando me aplicar o golpe do baú garota?
- pelo amor de Deus...
— golpe?
— é. Tá interessada na minha grana- era só o que me faltava.
— meu anjo? Eu te disse aquele dia, mas vou repetir novamente, eu não preciso do seu dinheiro. Meu sonho é aplicar um golpe da barriga em um cara escroto e sem educação.
— sei...
— quer um exame de DNA? Vai em frente - dou de ombros - se eu fosse dar um golpe escolheria uma pessoa melhor, uma bem mais descente.
— esse filho pode ser de qualquer um.
— pra minha o infelicidade e a dele- ponho a mão na barriga - é seu. Acho que ele nunca vai me perdoar por não dar um pai descente pra ele.
— quero um teste de DNA, pois como você deve saber, eu já tenho um filho, que tive o desprazer de ter com uma mulher que não presta- concordo - e eu escolho a clínica.
— fique a vontade. Não vou subornar ninguém para adulterarem o teste.
— não sei...
Nossa, detesto ele.
— Deixa seu contato - ele me entrega um pedaço de papel e uma caneta- ligo assim que achar uma boa clínica.
— ok- anoto meu número - não enrola, não sou muito paciente.
— tô muito preocupado- ele revira os olhos.
Só trinta minutos pode foder com a sua vida de um jeito absurdo. O maior problema nem é o bebê e sim esse estrupício que está na minha frente.
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