🥀 Catherine Kropf 🥀
O 50 Cent está extremamente confiante na ideia da nossa filha ser criada aqui. Óbvio que ela vai passar um tempo aqui, afinal é a casa do pai, mas eu não vou morar aqui.
— esse quarto é bom, você não acha? - encaro o Curtis e depois o quarto- é grande o suficiente, mas por que isso agora?
— você mencionou que queria começar a arrumar o quarto dela.
— exato, na minha casa.
— aqui é sua casa agora, ponha isso na sua cabeça.
— eu não concordei com isso.
— Catherine - ele põe uma mecha do meu cabelo atrás da minha orelha - acho que você ainda não entendeu a situação. Vocês duas não vão morar em outro lugar, não adianta você fazer birra. - Ele e esse sorriso arrogante.
— eu ficaria extremamente feliz se você parasse de me dar ordens.
— e eu ficaria muito feliz se você me obedecesse, amor.
— odeio esse seu deboche - ele sorri - e esse seu sorriso arrogante.
— lembro de você elogiar meu sorriso naquela noite.
— ué? Tá se perdendo no personagem, você nem se lembrava de mim.
— a convivência me fez lembrar.
— sei...
— acha que eu tô mentindo?
— acho que tá falando isso pra limpar a sua barra.
— você estava com um vestido preto, aquela porra soltava muito brilho, ficou no meu sofá por semanas. Aquele salto de tiras fica perfeito em você, deixa suas pernas incríveis, e você manchou a minha blusa de batom vermelho.
Ok, ele lembra.
- foi rápido e bruto, mas foi bom e intenso, a pequena Jackson é a prova disso.
— ok. Você já provou o seu ponto. Você lembra daquilo.
— não fale com tanto desprezo. Naquela noite fizemos nossa filha.
— naquela noite eu engravidei de um maluco obsessivo.
— não sou obsessivo. Cuidado, uma hora vou ficar ofendido.
— ainda não ficou? Vou tentar me esforçar mais. Prometo.
[...]
Acordei muito cedo com um uma ânsia horrível. Acabei tomando um longo banho de banheira pra tentar relaxar. Peguei umas uvas e sai para a área de trás da casa.
Meus olhos foram direto pra piscina. Quem em sã consciência entra na piscina as 7 da manhã.
Ah, é o Curtis. Ele não é certo das ideias.
— gosta da vista? - ele pergunta pondo os braços na borda de piscina e apoiando a cabeça.
— não.- ele sai da piscina e as gotículas de água correram pelo abdômen sarado. Tão gostoso, mas tão sem noção.
— tá olhado demais pra quem não está gostando da vista - ele para na minha frente.
— distância - aviso - já tô pronta pra faculdade.
— você é muito tensa, eu posso te ajudar a relaxar - ele coloca o indicador dele no meu queixo.
— ah, sai fora seu retardado- ele ri.
— vou tomar um banho e já te levo pra faculdade.
— você? E o JL? - Curtis me ignora e entra na casa.
Me sento em uma das espreguiçadeiras e começo a comer minhas uvas. 30 minutos depois Curtis aparece todo arrumado e cheiroso.
— vamos? - concordo e sigo ele até o carro.
— JL não vai conosco? - Curtis abre a porta do carro pra mim.
— ele vai nos seguir com o seu carro - concordo- você vai atuar na área da política?- ele liga o carro.
— não sei.
— não sabe? Então por quê tá cursando?
— meu pai não acha um boa ideia não ter um diploma.
— ele não acha uma boa ideia ter um neto. Ele fala demais.
— não vai me fazer mal ter um diploma.
— vai te fazer mal ir pra uma faculdade se por em risco por um curso que nem quer.
— não tenho culpa de você ser um bandido e um rapper super famoso. Não vou deixar nada de lado por sua causa.
— não sou um bandido, e sim sou um rapper super famoso, mas seria sensato você ir da faculdade direto pra casa.
– Olha só, além de traficante é piadista, seria sensato você tomar cu.
— sua sorte é que está grávida.
— por que? Além de traficante bate em mulheres?
— não. Não te bateria, atiraria direto na sua cara.
— vou contar isso pra sua filha quando ela nascer. Contar que o papai ameaçou matar a mamãe.
— fica quieta Catherine. João Lucas vai te levar pra casa depois da faculdade.
— não, eu vou sair com o Dean. Gosto da companhia dele.
— por que você sai com o seu ex?
— Porque você se mete tanto na minha vida?
— você não precisa disso, e você está carregando uma filha minha. - dou risada.
— A filha é sua mas a vida é minha ainda. Não quero depender de você, não vou te dar munição pra me chamar de interesseira.
– Posso te dar um cartão para comprar as coisas da minha filha, eu sei que você já passou por coisas difíceis. - ele olha para mim.
– Não mesmo.
— Catherine, não complica. Você quer comprar coisas pra minha filha, eu sou o pai e quero pagar.
— eu sou a mãe e não quero ter que escutar coisas desnecessárias mais uma vez.
— acho que devemos começar de novo. Passar uma borracha no passado.
— não dá. Você um idiota, e ainda por cima é um criminoso. Nem a maior borracha do mundo vai poder apagar isso.
— Não sou um criminoso, temos que ter uma boa convivência por causa da nossa filha.
— vamos trabalhar nisso, mas sem apagar o passado. E nós precisamos sentar e discutir sobre o nome do bebê.
— precisa ter meu sobrenome, disso eu não abro mão.
— tudo bem- isso pra mim não é um problema. É costume a criança ter o sobrenome do pai, e eu prefiro "Jackson" ao invés de "Sgarzini", acho mais bonito.
— podemos falar sobre isso no jantar?
— claro.
— ótimo. Se precisa de companhia eu saio com você.
— valeu, mas eu prefiro o Dean, sem ressentimentos.
— o ex obcecado por você parece muito confiável.
— ele nunca matou alguém...
— eu já, ele que se cuide.
— se liga Curtis. Existem limites que se você cruzar vou fazer com que se arrependa.
[...]