• Kiss •

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                    🥀 Catherine Kropf 🥀

Retoco o batom na frente do espelho, verifico se meu vestido está bom e desço pro primeiro andar. Tô animada pra ir na pizzaria com o Dean.

— vamos JL? - já nem tento mais discutir com ele. Não sou tão ridícula, minha filha em primeiro lugar. É óbvio que eu acredito no risco que ela está correndo.

— temos um problema no portão.

— que problema? - pergunto arrumando a bolsa no meu ombro.

— quebrou, não dá de abrir.- encaro o meu segurança.

— não abre? -ele concorda- logo agora que eu vou sair ele não abre?

— é...

— eu posso pular.

— você está grávida e o portão tem mais de 2 metros de altura.

— Curtis está em casa?

— sim.

— ah, e ele chegou antes do portão estragar? Que sorte né?

— é...

— aquele cara de pau. - respiro fundo e volto para o segundo andar.

Nem bato na porta já vou logo entrando no quarto dele.

— o que é isso? - ele tá em pé perto da sacada - educação? - logo ele vai me cobrar educação?

— o portão quebrou Jackson?

— é uma pena né? - me aproximo dele.

— eu sei que é mentira. Não acredito que o portão tenha quebrado bem na noite que eu ia sair com o Dean. Você fez isso- aponto meu dedo no peito dele - você é um possessivo de merda.

— o portão quebrou, só isso.

— acha que se eu quisesse transar com o Dean você conseguiria me impedir? - ele arruma a postura- sabe quantas salas tem naquela faculdade? Tem os banheiros, nossos carros, o que não falta é lugar.

— cala a boca.

— não me manda calar a boca seu doido. Abre o portão Curtis.

— quebrou Catherine. Já chamaram alguém pra consertar, não posso fazer mais nada.

— pode parar de fazer essas merdas- digo frustrada- para de tentar me controlar.

— o portão quebrou. Eu não tenho nada haver com isso.

— claro. Você não tem nada haver com isso.

— vai puxar briga comigo por causa daquele imbecil?

— Dean nunca fez nada pra você, esse seu ódio gratuito é ridículo.

— ele quer você.

— e o que tem demais nisso? Talvez eu queira ele também, temos uma história.

— nós temos um bebê.

— eu já amo a minha bebê, mas tem uma diferença entre você ter uma história de anos com alguém e engravidar de um possessivo.

— você não me testa Catherine.

— ou você vai fazer o que?

— prefiro você bêbada, é mais divertida- reviro os olhos.

— prefiro quando você não usa sua boca pra falar merda.

Nós ficamos nos encarando e eu sinto ele por meu cabelo atrás da minha orelha. O dedo dele desliza pelo meu pescoço indo na direção do decote do meu vestido. Eu queria ser golpista mas sempre sou a que leva o golpe. Ele se inclina e beija o meu maxilar.

— esse tipo de coisa minha boca pode fazer? - a voz dele sai extremamente rouca.

Outro beijo é depositado em mim, dessa vez perto da minha orelha. A mão do Curtis segura a lateral do meu pescoço e ele volta a me encarar. Meus lábios ficaram super secos, passo a língua umedecendo e o Curtis acompanha o movimento com o olhar.

— passou esse batom vermelho pra comer pizza? - o polegar dele desliza pelo meu lábio inferior- que desperdício.

Meu corpo entra em pânico quando ele desliza a língua pelo meu lábio. O que pode acontecer demais? Eu já tô grávida mesmo. Curtis me beija. É selvagem, é bruto e intenso. Ele mantém a mão no meu pescoço e me enforca de leve. A outra mão para na minha cintura e aproxima mais os nossos corpos.

A mão que está na minha cintura desce pela lateral do meu corpo e encontra a barra do meu vestido. Minha pele entra em chamas quando eu põe a mão embaixo do tecido e aperta a minha coxa. A falta de ar chega e o beijo tem que ser interrompido, encaro os olhos do Curtis, o mesmo olhar de maldade do nosso primeiro encontro.

Eu gosto desse olhar. Ele chupa a pele do meu maxilar me tirando um gemido. Ele se afasta sentando na ponta da cama.

— vem - ele me chama. Meu corpo simplesmente obedece, o tesão pode de humilhar de uma forma assustadora.

Me sento no colo dele e ele volta a me beijar. Meus dedos vão direto pra blusa social dele abrindo os botões. Abro um por um e retiro a camiseta do corpo dele. Meus dedos deslizam pelas tatuagens dele, Curtis é tão atraente e grande. A mão dele vai para as minhas costas e abre o zíper do meu vestido.

Beijo o pescoço dele enquanto ele desliza as alças do meu vestido pelo meu ombro.

— senhor Jackson - batidas na porta ecoam pelo quarto - o jantar já está na mesa. Não encontrei a grávida.

"a grávida" ? Eu não tenho direito a um nome?

Me levanto do colo do Curtis e arrumo o meu vestido.

— já estou indo Elizabeth- ele começa a fechar os botões da camisa - e deixa que eu encontro a Catherine. Pode voltar pra cozinha.

— sim senhor.

— você pode fechar? - viro de costas pra ele - o zíper.

Curtis fica de pé e fecha pra mim. Assim que ele fecha o zíper saio do quarto e desço indo direto pra sala de jantar.

Que merda em Catherine. Você já foi melhor.

Assim que sento Elizabeth me olha de cara feia.

— o seu batom está um pouquinho borrado- olho meu reflexo na colher, não é muita coisa mas realmente está borrado. Limpo com o guardanapo.

— obrigada Elizabeth.

— Aham... - acho que essa mulher não gosta muito de mim.

Curtis entra logo em seguida na sala de jantar e se senta, ele não olha pra mim nenhuma vez durante o jantar.

Amanhã eu saio pra faculdade e só volto de noite. Quero ver o portão estragar, vou sair com o Dean e ponto final.

Gangster • 50 Cent •Onde histórias criam vida. Descubra agora