🔫 Curtis James Jackson 50 Cent 🔫
Pensei que não seria tão difícil escolher o nome de uma criança. Mas estamos aqui a um bom tempo e não entramos em consenso
— que tal Angel? - a morena pergunta devorando o terceiro pedaço de torta- é um nome bonito.
— não, nome de puta.
— não é não.
— é sim, já conheci umas três com esse nome- Catherine respira fundo e me encara.
— desnecessário Curtis, extremamente desnecessário.
– Que tal Safira?
— não gosto, muito feio.
— você não gosta de nenhuma sugestão que eu dou.
— todas são ridículas.- me defendo.
— então vai lá o bonzão, qual é sua sugestão?
— Ellie.
— Ellie? É isso? Su criatividade é tão baixa.
— falou a garota que quer chamar a filha de Angel- tomo um gole do meu whisky.- ninguém vai chamar minha filha assim. Nome de garota de programa e ponto final.
— se formos escolher um nome feminino com o qual você se não se envolveu, vamos ter que deixar a menina sem nome.
— nossa, que senso de humor incrível- ela da um sorriso irônico.
— vamos lá, por favor Curtis.
— Kiara?
— Kiara? - dou de ombros.
— sei lá Catherine, já dei minhas ideias. Que tal Hanna?
— não, é o nome de uma amiga minha. A que foi pro chá de bebê.
Ah, aquela amiga... Lembro muito bem... Só não sei se diria que ela é amiga da Catherine, vai muito do que ela considera "amiga".
— que tal Emma? - ela murmura.
— Emma Jackson... eu não odeio.
— já é um começo - ela da de ombros- nós temos até semana que vem pra decidir. Já estou de 14 semanas quero começar a montar tudo, gosto de ser antecipada.
— tudo bem, mas alguma opção além de Emma que você queira que eu considere.
— eu gosto de Tiffany.
– Tiffany Jackson, eu gosto.
— vou pensar sobre isso. Até o fim da semana que vem definirmos os nomes.
— ótimo.
— como foi com o seu ex?
— Porque quer saber amor? Dean é legal.
Dean pra lá, Dean pra cá. Ele tá se tornando uma pedra no meu sapato, uma que eu vou adorar retirar e jogar no rio.
— você sabe que ele gosta de você né? Não como amigo, estou falando de uma forma romântica.
— sei. Ele nunca escondeu o que sente, está super motivado pra ser padrasto da pequena Tiffany- ela ri mas eu não sei onde está a graça.
— ele que tente. É pai e mãe e só, não tem essa de padrasto.
— e madrasta também não vai ter? Ou isso só se aplica a mim?
— pai e mãe. Não se apresenta fodas aos seus filhos, isso é ridículo.
— e se não for só uma foda? E se você se apaixonar um dia? Como vai ser? Vai apresentear para a bebê?
— Isso não vai acontecer- digo o óbvio- então não tem com o que se preocupar.
— e se eu me apaixonar? Você não poder me privar disso.
Será que em algum momento ela vai entender que eu estou no controle aqui? Será que ela vai entender que eu posso fazer o que eu quiser? Se eu quiser privá-la eu vou fazer e deu.
— você quer realmente ter essa discussão agora amor?
— para com esse seu deboche- ela perde a paciência e aumenta um pouco a voz-você não me testa Curtis Jackson. Ou eu juro que eu faço você se arrepender.
— o que você pode fazer que vai me causar arrependimento? Não acho que seja capaz de algo do gênero.
— continua agindo assim que você vai ver. Não vou deixar minha filha crescer em um ambiente tóxico onde vai ser criada como uma prisioneira.
— está ameaçando tirar a minha filha de mim?- ela não é louca.
— estou apenas dizendo que do jeito que tá não dá pra ficar.
— amor, - me inclino sobre a mesa aproximando meu rosto dela - você não tem para onde fugir, eu vou até o inferno atrás de você - ela engole em seco - acho que você não está me levando a sério.
— acho que você também não está me levando a sério- ela se põe de pé- acredito que já ouviu aquela expressão "uma mãe faz de tudo pelo filho".- ela respira fundo e põe a mão na barriga fazendo uma careta.
— tudo bem? - me ponho de pé- o bebê - estico a mão para toca-lá mas Catherine me impede.
— tá, sai de perto de mim.
— você está pálida Catherine.
— só preciso descansar - ela vira as costas pra mim e sai da sala de jantar.
– Espera! - Falo indo em sua direção.
– Fica longe de mim... - Ela fala subindo as escadas.
Meu Deus, era pra se um jantar calmo pra escolher um nome. Nossa, será que um dia vamos conseguir conversar sem nos ofender?
[...]
Encaro o relógio mais uma vez.
— Elizabeth? - ela se aproxima - onde está a Catherine? Está atrasada para o café.
— não vai tomar café senhor, não está se sentindo bem.
— como assim? É algo grave?
— acredito que seja enjoo matinal. É muito comum senhor, nada que valha a sua preocupação- ela me serve uma outra xícara de café.
— certo. Quero ser informado sobre a situação dela durante o dia.
— sim senhor. — e cuide pra ela se alimentar direito.
— claro, posso ser útil em mais alguma coisa? - ela me encara com seus olhos verdes intensos e com um sorriso doce nos lábios.
— não- me levanto- já estou de saída.
Eu vim direto para o estúdio. O que não me falta são problemas pra resolver.
— tô atolado em trabalho- Arthur murmura - tô sem tempo pra fazer nada.
— engraçado pra se enfiar embaixo dos lençóis com alguém você tem tempo.
— como vai a mãe da sua filha, aquela morena que te odeia?
— ótimo jeito de mudar de assunto. Brigamos de novo.
— nem me surpreende, só espero que se resolvam logo. Não vai ser bom para o bebê ter os pais brigando o tempo todo.
— eu sei. Esqueceu de quem eu tenho um filho? Não quero que minha filha tenha que escutar o que o meu filho escutou.
— então vocês vão ter que começar a achar um jeito de conversar como adultos.
— ela me estressa demais Arthur.
— porque ela não baixa a cabeça pra você. Isso é o que mais te irrita, ela não demostra ter medo de você. Eu realmente espero que você não queira que ela sinta medo de você, porque seria bem escroto.
— não quero que ela tenha medo e sim respeito.
— o respeito não pode ser unilateral Cent...