• Security •

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🥀 Catherine Kropf 🥀
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Tem algum animal tocando a campainha faz uns dois minutos, até desisti de fingir que não tem ninguém em casa. Mas a raiva permanece, se a pessoa não atendeu depois do segundo toque desista. Ou ela não tá, ou só não quer te atender.

Me levantei e me arrastei até a porta. Tainá nem saiu do quarto, a garota tem um sono pesado, é bizarro. Assim que abro a porta dou de cara com o Curtis Jackson e outro cara que eu nunca vi na vida. Ver esse imbecil logo cedo é mau presságio.

— ótimo, o pai psicopata do meu bebê tá na minha casa, e trouxe visita.

— você recebe todos os seus convidados assim?

Analiso meu corpo de pijama e a blusa que não é muito comprida. Ele já me viu pelada mesmo.

— não Jackson. Eu recebo os meus visitantes completamente nua, afinal sou uma promíscua.

— que madura - ele entra no meu apartamento sem minha autorização.

— licença- o outro rapaz passa por mim.

Olha só, alguém com educação.

— você se incomoda em por uma roupa? - o maldito analisa a sala do meu apartamento.

— se tá tão incomodado não olhe pro meu corpo e sim pro meu rosto. O que você quer aqui? - vou pra cozinha e ele me segue.

— vim te apresentar o João Lucas- o rapaz acena em cumprimento.

— o que é isso? Delivery de homem?- me sirvo de um copo de suco - eu não posso pegar qualquer um, então você traz os qualificados? - encaro o tal João Lucas - você tem um bom gosto, ele é gatinho.

O rapaz me olha espantado e sai de fininho da cozinha.

— você só pensa em sexo garota?

— não, também penso em mil e uma formas de te matar sem terminar na prisão.

— corajosa. Eu vim te apresentar o João Lucas porque ele vai ser seu segurança a partir de hoje.

— não preciso de um segurança.

— precisa sim.

— meu pai...

— ninguém liga pro seu pai. Você vai conviver com o João Lucas e isso não é negociável. E o Ander ainda vai seguir vocês.

— então me explica. Por quê mesmo eu preciso de um segurança? Você vai concorrer a presidência e não quer me contar?

— eu quero que esse bebê fique bem. E preciso que você coopere pra isso. Tudo bem? Você pode fazer isso?

— você vai me deixar no escuro? Você não pode deixar um homem estranho na minha casa e achar que eu vou ficar de boa com isso. Ele é um estranho qualquer pra mim, você é um estranho qualquer pra mim.

— João Lucas é de confiança. Não vai te fazer mal. E eu não sou um estranho qualquer, sou o pai do seu filho.

— ser o pai do meu filho não te torna menos estranho pra mim.

Ele vai até a minha geladeira e pega a foto do meu último ultrassom. Tainá ficou toda boba e pendurou na geladeira.

— eu não estava fodendo alguém. Eu tive um imprevisto no meu trabalho.

— claro. -ele me encara - o que? Não espera que eu confie cegamente em você né? Seria muita burrice da minha parte.

— você é muito rancorosa para uma latina, todas são assim? - reviro os olhos.

— e você se é um filho da puta.

— bom, só vim te apresentar o João Lucas. Quando é a próxima ultrassom? Ou exame...

— próxima semana. Vou descobrir o sexo pro chá revelação.

— vai fazer um chá revelação?

— sim. Mas não se preocupe, não conto com a sua ilustre presença. Com certeza você tem coisas melhores pra fazer.

— não vou faltar.

— claro. Mas não me culpe por não depositar minhas esperanças nisso. Você não me passa a vibe de quem cumpre promessas.

— seu desprezo por mim não vai dar em nada. Você está ligada a mim pelo resto da sua vida - ele se aproxima e o polegar dele roça por cima da minha barriga - somos pais desse bebê, isso é maior laço que poderíamos ter.

Ele levanta a blusa na maior cara de pau e encara minha barriga.

— cadê a educação? - abaixo minha blusa- nunca te ensinaram os bons modos?

— é meu filho. Tenho o direito de tocar nele, não posso fazer nada se ele tá dentro de você.

Fico encarando ele. Nunca xinguei tanto alguém em tão poucos segundos como acabei de xingar esse abutre da minha mente.

— você tem direito tocar no seu filho então espere ele nascer. Você não tem direito de tocar em mim- ele sorri.

— nem eu nem ninguém. Aproveite o seu celibato.

— vamos ver...

— vamos sim - ele tira o cabelo do meu rosto e põe atrás da minha orelha.

— hmm...- ok, isso me deu um arrepio nada bom.

— e mantenha suas mãos longe do segurança. Seria trágico se ele fosse assediado no trabalho.

— não será assédio se ele quiser - abro um sorriso - que foi? A mamãe aqui tá com tudo em cima.

— toma vergonha na cara garota. Você é mãe agora.

— você acha que mães não transam?

Gangster • 50 Cent •Onde histórias criam vida. Descubra agora