🥀 Catherine Kropf 🥀
Coitada da Tainá, já tinha que ficar me ouvindo desabafar o tempo todo, agora então...
— ele só falava em abortar. Ele não chegou e perguntou se eu queria tirar, ele só determinou que eu tinha que tirar e só.
— bem escroto da parte dele. Só você e o pai do bebê podem opinar sobre isso.
— o pai do bebê - reviro os olhos com força- aquele projeto de capeta- a morena ri - não ri, não. Aquele infeliz me chamou de promíscua e ainda meio que ordenou que eu não me envolvesse com ninguém durante a gestação porque não vai ser decente com o filho dele.
— bom, pensa positivo. Agora ele não vê problemas em dizer que é o pai do bebê.
— ainda estou esperando você me dar um bom motivo pra pensar positivo. Ele não faz mas que a obrigação em dizer que é o pai do bebê, afinal ele é o pai.
— relaxa Cat. Não é como se ele fosse conseguir atrapalhar todas as suas fodas durante os próximos seis meses.
— hmm...
— você tava na boate dele, ele viu. Mas ele não pode ficar de olho em você 24 horas por dia, 7 dias por semana.
— tem razão. Mas eu só queria deixar claro que odeio ele.
— já percebi isso. A cada 10 palavras sobre ele, 9 são xingamentos.
— tenho motivos de sobra pra xingar aquele energúmeno.
[...]
Eu já odiava vir pra faculdade, agora que tenho que lidar com enjoos eu odeio mais ainda. Essa criança não me deixa comer nada e mesmo assim quer que eu vomite. Já tô vendo que vai me dar trabalho.
— quais as novidades? - encaro o Dean. - o que você fez de bom enquanto eu estive fora? Foi quase dois anos. A gente perdeu contato nos últimos 5 meses. O que rolou nesses meses?
— ah, deixa eu pensar. O que aconteceu nesses últimos 5 meses? Eu fiz modelagem, fiz o meu último show, engravidei do 50 Cent...
— peraí, engravidou do 50 Cent? Você...? O que?
— ah, eu tô grávida de 11 semanas...
— puta que pariu. O seu pai...
— é surtou.
Acho que se o bebê fosse do Dean meu pai não teria surtado. Ele sempre apoio nosso namoro, acho que ele nunca vai superar que o Dean não é mais o genro dele.
— meu Deus Cat, um bebê. Do 50 Cent?
— Pois é... não é um cara tão aleatório assim. Mas, foi uma coisa de uma única noite.
— Ele é um cara legal? Sou fã daquele cara.
— vai muito da sua definição de legal- dou um sorriso nervoso.
— Cat...
— Ele é totalmente diferente da mídia, arrogante e irônico. Me acusou de ser golpista e tudo mais...
— irônico eu já imaginava, mas arrogante... até porque ele tem um filho já né... Mas aposto que você tem o apoio das meninas.
— bom, da Maria Tainá eu tenho apoio completo, já a Hanna...
— Hanna é uma doída até vive no limite, e adora levar você junto. É normal ela não ser muito a favor dessa sua nova fase.
— muito a favor? Ela sugeriu que eu devia abortar.
— ah... e você? não é meu direito opinar sobre isso. Mas você tem que ter noção do quão grande vai ser a mudança na sua vida quando essa criança nascer.
— eu sei. Eu vou ter essa criança, estou disposta a passar por essas mudanças. Eu só não gosto que tentem me forçar a algo que não quero.
— o pai do bebê quer?
— não falamos isso. - mas depois do surto de ontem, mas eu acredito que queira.
— você sabe que eu tô aqui pra te apoiar e super disponível para o papel de padrasto. E nós dois sabemos que eu ia mandar muito bem.
— espero que minha paciência como mãe seja tão grande quanto a sua persistência - ele ri - bom, ainda sobre o bebê. Você sabe o Eminem? - ele me olha confuso. O Eminem... o Rapper.
— ah, sim! Ele é um rapaz bacana e amigo do 50 Cent né. O que tem ele?
— Ele está super apoiando, estou considerando ele como tio já.
— eita porra...
— bom o Eminem é dahora. - abro um sorriso.
— eu sei - ele sorri
[...]
Ok. O que exatamente está acontecendo aqui?
— eu vim de carro Ander, não preciso de carona.
— desculpe senhorita, mas eu não vim para lhe dar carona. Eu tenho ordens para seguir o seu carro.
— seguir o meu carro? Que merda é essa?
— é para a sua segurança.
— minha segurança? Que merda é essa? - repito a pergunta.
Esse Gângster só pode estar maluco se acha que vou aceitar isso. Um carro me seguindo.
— eu engravidei, não virei a primeira dama do país- digo indignada- você não precisa me seguir.
— olha, sei que isso não lhe agrada. Mas são ordens e eu só estou fazendo o meu trabalho.
Ele tem razão, a culpa não é dele e sim daquele imbecil.
— que porra - viro as costas e vou até o meu carro. Coloco minha bolsa no banco do carona e dou partida rumo a maldita boate, pelo retrovisor vejo o carro do Ander me seguindo.
— filho?- respiro fundo- você vai me odiar se eu te deixar órfão de pai? Porque a mamãe tá louquinha para bater nele, bater com muita força.
Quem esse cara acha que é? Tanta gente legal e a camisinha fura logo com esse traste? Por quê o universo me odeia?
— não posso transar, não posso sair sem ser seguida... Ele não pode me controlar, nossa ligação é somente a respeito do bebê. E eu vou cuidar muito bem do nosso filho, isso eu garanto. Mas ele que não venha querer dar ordens, porque isso não vai rolar.
Paro o carro na frente da boate e entro. Um dos funcionários da boate tenta me impedir de subir para o escritório mas eu simplesmente ignoro. Ele tem que me escutar e se por no lugar dele.