🥀 Catherine Kropf 🥀As últimas semanas foram tão corridas. O estresse com a faculdade tem me deixado louca. Cursar Relações Internacionais nunca foi o meu sonho, mas nem sempre podemos fazer o que queremos. A vida não é mil maravilhas.
— ele apareceu de novo Cat?
— sim Tai... Dean não me deixa em paz. Ele começou o assunto com um "oi, você tá com um peitão, né? "
— realmente, eles cresceram.
— sua tarada. Quando tô para menstruar eles crescem, fico até triste quando desincha. Ou então. Deus, só percebeu agora que esqueceu de me dar peitos e tá revertendo a situação.
— idiota. A faculdade tá te fazendo surtar, acho que a gente devia ir para uma festa se divertir. Só nós duas, deixa a Hanna de fora.
Tainá não suporta a Hanna. Não tem exatamente um motivo válido, a morena só decidiu que não gosta. O que é bem estranho para mim, já que são as minhas melhores amigas.
— não sei. Não tô muito bem do estômago, acho que o sushi tava meio estragado. Acho melhor não pedir mais daquele lugar.
— ou talvez seu estômago não esteja bem, porque você comeu sushi com milkshake.- ela faz careta.
— eu gosto de experimentar...
— imunda. Que tal um cinema em casa? A gente assiste um filme de romance que nos cause depressão e nos entupimos de pipoca.
— claro, quero chorar um pouco.
Tainá faz pipoca enquanto eu escolho o filme que vai destruir nosso psicológico hoje.
Deitamos no sofá juntas no sofá e começamos a assistir "Como eu Era Antes de Você".10 minutos depois senti meu estômago se revirar e uma ânsia de vômito horrível tomar conta de mim. Levantei do sofá e corri para o banheiro pondo tudo que ingeri durante o dia para fora.
Nossa, nunca tinha vomitado tanto. Minha amiga já tá atrás de mim segurando meu cabelo. Tai é uma mãezona, tá sempre cuidado das pessoas que ela ama. Lavo a boca e volto para o sofá.
— amiga? - olho para a morena - não quer ir mesmo no hospital? Você está pálida.
— não. Eu estou bem.
Ela senta no sofá mas fica o tempo todo me encarando o que me deixa nervosa.
— fala de uma vez- bufo já irritada.
— hmm, milkshake com sushi, vômitos, seios maiores, o estresse...
- onde você quer chegar com isso?
— qual as chances de ter um baby dentro dessa sua barriguinha?
— que? - dou risada. Amiga, eu não vejo um pau faz quase três meses.
— é nesse período que a maioria das mulheres começam a sentir os sintomas. De dois para três meses...
— não. Minha última transa foi com o 50 cent lembra? Eu tava meio bêbada, mas vi ele pondo a camisinha.
— nenhum método contraceptivo é 100%. Camisinhas furam.
— não. Eu não tô grávida, muito menos daquele negão.
— se você tem tanta certeza - ela fica de pé - não faz mal fazer um teste.
— onde você vai?
— na farmácia. Quero saber se tem um baby aí.
– Tainá- repreendo.
— se tiver, é melhor você descobrir o mais rápido possível. Vai ser melhor acredite em mim.
Pronto. Fodeu bonito agora.
[...]
Fiz xixi para cinco testes diferentes. Tainá é meio obsessiva, comprou um de cada para ter certeza. Em momento algum eu cogitei uma possível gravidez, mas a Tainá conseguiu me deixar preocupada.
Um bebê? Do 50 Cent? Como vou manter um bebê?
— Catherine, relaxa. Independente do resultado, você tem a mim e eu vou te apoiar sempre - abraço ela.
— eu menstruei mês passado amiga.
— talvez não tenha sido menstruação e sim um pequeno sangramento. Algumas mulheres confundem. Foi um fluxo bem menor né?
— sim... Não me preocupei, já que a minha menstruação sempre foi desregulada. Ela vem quando quer e do jeito que quer.
— deu o tempo já - resmungo
- olha pra mim? - ela concorda.
Tainá entra no banheiro e sai com os testes na mão. Engulo em seco sentindo o pânico me dominar.
— todos deram o mesmo resultado... Temos um baby a caminho- ela força um sorriso.
Me aproximo roubando os testes da mão dela, todos positivo. Puta que pariu.
— Tainá, meu pai vai me matar... Ele... ai meu Deus.
— calma. Você precisa se acalmar. Surtar não vai adiantar nada.
— eu posso fazer um aborto... Eu posso tirar. Né?
— pode?
— não. Vou me sentir muito culpada.
— olha. Vamos marcar uma ultrassom para ter certeza. Depois a gente pensa no próximo passo.
— o próximo passo vai ser eu pular da ponte antes do meu pai ter a oportunidade de me jogar. A filha de 23 anos grávida, Jacques Sgarzini vai surtar e não vai ser nada bonito.
— Qualquer coisa a gente foge pro Caribe, viramos um casal de lésbicas gostosas e criamos o bebê. — meu Deus... Você tá rindo ou chorando?
– eu não sei Tainá, eu não sei...
Como foi que 30 minutos se transformou nisso? Porra. Nem pra engravidar de alguém com caráter eu presto. Meu dedo é muito podre. Como conto para o meu possível filho que o pai dele me chamou de prostituta? E que ele é um rapper famoso, tadinho da criança, vai precisar de muita terapia.
Eu tenho que contar para aquele animal sobre a criança? Obviamente ele vai ser um péssimo pai. E ele também tem um filho! Tô ferrada.
— olha, sou a madrinha. A sua amiguinha idiota que se foda.
— eu morrendo aqui é você pensando em ser madrinha?
— ué? Você tá grávida. Não tem como voltar no tempo. Então já tô garantindo meu lugar.
Segundo capítulo aí! Só para avisar, a Catherine é a brasileira Letícia Castro.
Espero que gostem ❤️