Capítulo 14

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A van estacionou em frente a um reformatório antigo. Os homens levaram os desacordados para celas individuais e os prenderam dentro delas, um em cada cela, exceto por Hyunjin.

— Senhor, o que faremos com este?

— Levem-no para a enfermaria e o algemem, o banqueiro vai querer brincar com ele. — Felix observava tudo.

Felix observou os advogados desacordados, deitados nas camas das celas fechadas. As celas eram gradeadas e ficavam uma ao lado das outras. Ele andou pelo espaço livre e analisou cada um.

— Eu disse para vocês não chegarem perto deles.

Depois ele saiu em silêncio. Um segurança ficou do lado de fora guardando a entrada. Felix andou pelos corredores em silêncio. O local estava iluminado e ele andava tranquilamente até chegar ao seu destino.

— Olá. — disse.

— Ora, muito boa noite. — um homem de terno o cumprimentou feliz.

— Como estamos?

— Bem tranquilos, eles não vão acordar tão cedo. — o homem garantiu. — E a gangue?

— Bem longe, foram direto para a armadilha. — Felix puxou o celular e fez uma chamada de vídeo que logo foi atendida. — Dê uma olhada.

O homem pegou o celular e olhou para a tela. Seus seguranças estavam no estúdio e tinham imobilizado os outros três que estavam desacordados.

— Oh, isso é promissor. E o líder?

— Está aqui, amarrado e inconsciente. — Felix sorriu. — Considere um presente.

— Estou tão feliz, Felix. — o homem o puxou para um abraço. — Logo mais irei brincar com ele. Mas me conte o que eles descobriram.

— Descobriram tudo. Eu gravei toda a conversa.

Felix pegou o celular e colocou o áudio para tocar. O homem ouviu toda a conversa que os oito tiveram no apartamento de Chris naquela noite.

— Muito conveniente. — o homem disse meio amargo ao terminar de ouvir. — Advogados e gangsters em prol dos mais pobres, é até poético. Achei convincente sua atuação durante o sequestro, estou impressionado.

— Aquele idiota cedeu de cara. — Felix estava enojado. — Como se um órfão pobre fosse digno de qualquer coisa. Ele acreditou na hora quando eu disse que atrapalhei seus planos e ajudei a gangue.

O homem riu alto.

— Muito bom, Felix. Muito bom. — o homem sorriu. — Ah... Mal posso esperar para o fim, meu banco vai se reerguer e toda essa baboseira vai sumir.

— Não se esqueça do nosso acordo. — Felix o lembrou.

— Oh, é claro. Você vai assumir o controle da promotoria e de todo o sistema judiciário. O poder combina com você. — o banqueiro ponderou. — Devo dizer que eu não esperava que você prendesse seus amigos.

Felix suspirou alto.

— Tentei muito tirá-los do meu caminho, mas eles insistiram naquela história de amigos primeiros. O que eu não teria me importado se eles não tivessem unido forças com aqueles lixos para mudarem o sistema. — Felix ajeitou a postura. — Não quero ninguém no meu caminho. — o mais novo o encarou.

— Eu jamais faria algo, Felix, não tenho nada a ganhar me intrometendo na sua vida. Fico satisfeito que concordou ficar ao meu lado.

Um segurança bateu na porta e entrou.

— Senhor, ele está pronto. — avisou.

— Ótimo. — o banqueiro se afastou de Felix. — Vou brincar com meu presente. — sorriu malicioso.

O Olho da RaposaOnde histórias criam vida. Descubra agora