Chris olhou para a entrada do prédio luxuoso através do binóculo, os seguranças com cara de bunda estavam a postos. Mas algo parecia diferente, ele sentia isso. Talvez tivesse havido alguma rachadura na relação de Hyunjin e Max, mas não importava, o que quer que tivesse acontecido, ele iria se aproveitar da situação.
Uma batidinha foi dada na janela do carro do lado do passageiro, era Jisung. Chris destravou as portas e ele entrou no banco de trás. Lino já estava no passageiro.
— E aí? — Jisung os cumprimentou.
— E aí que Minnie tem razão, tem algo diferente e eu quero ver isso de perto. Vamos só esperar ele aparecer. — Chris disse sem rodeios.
Chris continuou olhando pelo binóculo.
— Como o Innie está? — Lino perguntou.
— Hoje ele saiu do quarto e comeu na cozinha.
Lino suspirou aliviado.
— Você poderia ir lá ver ele. — Jisung mencionou.
— É desconfortável ir visitar o homem que me deu um fora.
— Ele não te deu um fora, ele apenas cancelou o noivado.
— Para mim soou mais como um término mesmo.
— Eu concordo. — Chris comentou.
— Olha aí, Chris concordou comigo. — Lino disse.
— Não, eu concordo com o Ji. — Chris guardou o binóculo. — Ele está deprimido e é bem sério, você deveria visitá-lo.
— A cura para a depressão dele não sou eu. — Lino respondeu meio puto.
Chris deu um peteleco na cabeça do mais novo.
— Ai! Seu-
— Não posterga sua visita. Ele precisa do nosso apoio, especialmente do seu. Precisamos apoiar nossos homens mesmo quando eles levam um tiro de um bilionário sociopata ou quando eles entram em depressão. — Chris terminou o sermão e os chamou. — Ele está saindo, vamos lá.
— Ei, espera. Qual é o plano? — Lino perguntou.
— Fazer ele notar nossa existência.
Chris saiu do carro e os dois o acompanharam. Eles entraram no prédio como quem não queria nada, mas é claro que isso chamou a atenção dos seguranças que já estavam cansados de verem as caras deles.
Os seguranças os pararam e os jogaram contra o chão.
— Eu conheço os meus direitos e isso é agressão. — Chris disse meio debochado.
— Vocês estão invadindo, há ordens de restrição contra vocês. — o homem grande que empurrava Chris contra o chão respondeu de forma entediada. — Estão proibidos de se aproximarem do prédio ou do jovem mestre.
— E por qual motivo? — Uma terceira voz falou ao longe do recinto.
— Senhor. — os seguranças e os demais funcionários fizeram reverência, exceto os que seguravam os três homens contra o chão.
— Eu fiz uma pergunta. — a voz soou dura e fria.
Chris levantou o rosto para observar o dono da voz, o amor da sua vida. Coincidentemente o dono da voz também olhava para si. Aquela era a primeira vez em um ano que Chris olhava para o rosto de Hyunjin tão de perto. Era estranho ver o rosto dele sem as expressões que ele estava acostumado.
Mesmo quando Hyunjin agia como doido ou torturava as pessoas, seu rosto tinha expressão, seus olhos indicavam vida. Os olhos de Hyunjin expressavam todas as emoções dele e agora não era diferente, mas Chris via emoções que ele nunca tinha presenciado o mais novo sentir. Havia uma dureza e frieza, uma falta de animosidade, faltava vida naquele olhar. Até mesmo a insanidade que antes ele expressava não estava mais ali.
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O Olho da Raposa
Ficção GeralEsquecer o ex-namorado é difícil, ainda mais quando ele vai embora do nada depois de terminar o relacionamento. Após um dia puxado de trabalho, o advogado Chris saiu com seus amigos para espairecer, mas acabou reencontrando o seu ex-namorado, Hyunji...