Segunda Temporada - Capítulo 12

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Jisung, Seungmin e Jeongin chegaram em casa de madrugada. Os dois mais novos tinham chegado primeiro, Jisung chegou quase meia hora depois depois. O resto da gangue os recebeu preocupados.

— O que houve? — Felix perguntou.

— Estamos bem, não estamos feridos nem nada. — Seungmin finalmente retirava o traje reforçado de segurança, ele ficou esperando Jisung chegar. — Houve um contratempo e reviravoltas.

— Cadê o Hyunjin? — Chris perguntou olhando para todo mundo.

— Ele ficou para trás. — Jisung tirava o colete e o resto da roupa. — Fomos cercados por todo lado por seguranças do Chen. Jinnie mandou a gente sair correndo e ele ficou lá.

— E vocês simplesmente obedeceram? — Chris os olhou com raiva. — E se acontecer alguma coisa com ele?

— Calma, ele vai ficar bem. — Seungmin disse. — Daqui a pouco ele aparece.

— Acontece que nem o próprio Chen tem controle sobre os seguranças, ou foi isso que entendi. — Jisung esticou as costas.

— Podemos olhar o rastreador do Jinnie? — Jeongin perguntou um pouco preocupado.

Jisung e Seungmin se entreolharam em silêncio e fizeram caretas.

— O quê? — Chris quis saber.

— Acho que não é uma boa ideia. — Seungmin falou devagar. — Jinnie foi bem claro quando disse para não esperarmos por ele.

— Mas e se ele estiver em perigo?

— Aí ele se vira ou arruma um jeito de nos contatar. Acredite, quando ele estiver em perigo todo mundo vai ficar sabendo. — Jisung disse meio rude. — Nossa maior preocupação agora é ficar longe do radar daqueles seguranças, não sei se eles podem identificar Minnie e Innie, mas não podemos arriscar. Ficaremos em casa até a poeira baixar.

— Pergunta: De que valeu isso tudo? — Changbin perguntou meio tímido.

Jisung ficou em silêncio, ele tinha certa noção do que poderia estar acontecendo e se ele estiver certo, as coisas estão só começando e a situação vai ficar cada vez mais difícil daqui para frente.

— Acho melhor nós irmos descansar. Quando Jinnie voltar a gente conversa melhor sobre isso. — Seungmin disse com a voz firme. — Chris, nós vamos monitorar onde ele está, está bem? Jamais deixaríamos ele desprotegido por aí. Só não te direi nada porque eu sei que você vai acabar indo atrás dele.

— Está bem. — Chris assentiu meio deprimido.

Dois dias se passaram até que Hyunjin desse sinal de vida e voltasse para casa.

Mais cedo ele ligou para Seungmin avisando que ele estava bem e que não estava sozinho. Ele também perguntou se ele poderia levar sua companhia consigo para casa. Seungmin conversou rápido com os outros e eles assentiram. Logo Hyunjin desligou e várias horas depois ele bateu na porta do estúdio de tatuagem.

Chris foi correndo abrir a porta, ele ficou surpreso ao ver seu noivo e a companhia dele e ficou ainda mais surpreso com o estado de ambos. Eles estavam sujos e feridos, seus cabelos e roupas estavam uma zona, seus olhares demonstravam cansaço.

— Oi. — Hyunjin disse ao ver Chris.

— É... Oi, entrem.

Hyunjin esperou Chen dar um passo para dentro do estúdio, este que entrou meio receoso. Além de Chris, estavam em casa somente Jisung, Jeongin e Felix, os outros estavam trabalhando. Os três apareceram no estúdio e correram para abraçar Hyunjin. O último a abraçá-lo foi Jeongin e ele olhou para Chen com raiva. O mais velho não entendeu o olhar furioso do outro para si, mas ele nada disse.

— Me desculpem por demorar a voltar para casa. — Hyunjin disse cansado.

— Você está todo ferido e sujo. — Felix disse preocupado.

— Estou bem, é tudo superficial, nada sério.

Chen tentou se afastar deles ao ver os rostos de seus colegas advogados, mas era impossível por causa das algemas.

— Você me arrastou para cá contra minha vontade. — Chen disse puto olhando para o outro algemado a si.

— Oh, então vamos voltar e nos entregar para os seguranças do seu pai. Eles vão adorar nos receber. — Hyunjin o olhou sendo sarcástico.

— Com licença. — Jisung disse super cortês. — Eu não questiono muito seus planos, na verdade acho até legal que você esteja planejando ao invés de mim. Mas essa é a situação em que você vai fornecer apoio para outro gostoso fora da gangue, certo?

— Hum. — o mais alto assimilou as palavras de seu amigo. — Sim, basicamente.

— E ele é de confiança? — Jisung tornou a perguntar. — Ele pode ser um espião ou pior.

— Bom, se ele for a gente só mata ele aqui. — Hyunjin disse dando de ombros.

— Que porra! — Chen exclamou. — Quer saber de uma coisa? Me mata, acaba logo com isso, se você tem coragem. Você me ameaçou o tempo todo, então só faz isso. — disse o desafiando.

Hyunjin sorriu e olhou para Chen. Ele parou de sorrir e girou o seu próprio braço algemado torcendo o braço do outro. Depois chutou as panturrilhas dele e o derrubou contra o chão pressionando o joelho contra as costas de Chen que gritou de dor e pelo choque. O mais alto levou a mão algemada até os cabelos de Chen e os puxou, com a mão livre sacou uma faca e pôs contra o pescoço dele.

Os outros se afastaram assustados com os movimentos rápidos, mas nada fizeram, não com os olhos de Hyunjin sinalizando perigo.

— Eu acho que você não está entendendo a gravidade da situação. — disse contra o ouvido do outro. — Você não me testa porque para que eu puxe essa faca e seu pescoço sangre até você morrer é rápido.

Chen estava assustado, mas não ousou dizer mais nada.

— Você pode ser um covarde e não se rebelar contra seus pais, mas aqui fora, no mundo real, as pessoas se protegem e eu vou fazer qualquer coisa para manter minha família segura. Inclusive matar você, se for preciso. — Hyunjin disse sério e depois o soltou. — Eu não quero ser seu inimigo, Chen, de verdade. E nesse momento você não tem muitas opções, me deixa te ajudar.

Hyunjin tentou se levantar do jeito que pôde estando algemado e estendeu a mão livre oferecendo-a para Chen. O mais velho o olhou meio envergonhado e meio triste. Ele aceitou a mão e se levantou meio desajeitado porque estava algemado.

— Eu só... — Chen soluçou e começou a chorar nos ombros do outro.

Os outros suspiraram aliviados e em compreensão. Hyunjin apenas dava palmadinhas nos ombros do mais velho.

— Me sinto em um devaju. — disse e olhou para Felix, os dois sorriram.

— Me desculpa. — Chen disse ao ver catarro na manga de Hyunjin.

— Definitivamente é um dejavu. Não se preocupa.

— Ok, vocês já se acertaram? — Jisung perguntou dando um sorriso amarelo.

— Tudo bem, Chen? — o mais alto perguntou sério.

— Acho que sim. — o mais velho fungou um pouco.

— Cadê os outros?

— Trabalhando. — Jisung divagou.

— Entendi. Certo. — Hyunjin tentou estalar as costas, mas não conseguiu porque ainda estava algemado.

— Onde está a chave? — Chen perguntou olhando para as algemas.

— Espera, vou lá buscar. — Jisung subiu as escadas correndo.

Hyunjin impaciente não aguentou esperar, puxou um grampo de seu cabelo e o enfiou no buraco da fechadura das algemas. Mexeu um pouquinho e a algema fez um pequeno clic abrindo. Ele fez a mesma coisa com a parte que prendia Chen e logo os dois estavam livres.

— Pode subir na frente. — indicou a passagem para o mais velho.

— Você está bem mesmo? — Chris se aproximou de seu homem.

— Sim, Channie. — Hyunjin olhou fofo para seu noivo. — Desculpa, eu vou contar tudo o que aconteceu. Só preciso tomar um banho antes.

O Olho da RaposaOnde histórias criam vida. Descubra agora