Segunda Temporada - Capítulo 3

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Hyunjin pegou o bisturi dentro da maleta e fez um corte reto do carpo até o final da ulna do braço direito. O homem gritou alto e o sangue dele começou a escorrer. E Hyunjin continuou com calma.

Os outros permaneceram meio distantes em silêncio assistindo. Até que Jisung se aproximou deles.

— Se vocês quiserem, posso levar vocês para casa. — ele falou baixinho.

— Não. — Chris respondeu. — Eu quero ouvir o que ele tem a dizer.

— Também quero. — Lino disse abraçado a Jeongin. — Não só pelo o que ele fez com meu amor, mas também quero saber o que tá rolando.

— Era sempre assim? — Changbin perguntou para Felix.

— Eu ficava mais escondido no meio dos figurões, mas sim. Hyunjin sempre estava nessas situações, geralmente sozinho, uma vez que a gangue não sabia dos planos.

— Isso explica a quantidade de vezes que ele voltava para casa coberto de sangue ou todo machucado. Algumas vezes ele nem voltava. — Jisung disse.

— Bom, isso não acontecerá mais. — Chris disse. — Ele não ficará sozinho.

Hyunjin deu um sorrisinho ouvindo tudo. Ele pegou um martelo e o sacudiu de leve sentindo o peso da ferramenta em sua mão. Depois ele pegou um prego meio estranho cujo formato era meio torto. Ele segurou o prego no meio do tórax do homem e já estava pronto para martelar.

— Espera! Eu digo! — o homem gritou.

Ele estava completamente vermelho e não era somente por conta da pressão do aperto e da dor, mas também por todo o sangue que escorria dos cortes que Hyunjin fez. Hyunjin segurou o martelo e o encarou.

— Vai dizer mesmo? — o cabeludo perguntou em expectativa.

— Sim. — o homem chorava.

— Você estava sorrindo enquanto torturava eles. Você trouxe os dois e se divertiu mexendo com eles, mas agora olha para você na mesma situação. Patético.

Hyunjin martelou o prego no peitoral do homem. Os gritos foram altos e ele se contorceu, mas não podia se mexer muito uma vez que estava amarrado.

— Eu disse que ia contar! — o homem vociferou.

— Me perdoe, mas foi você quem disse para não confiarmos em advogados. — Hyunjin estendeu as mãos em sinal de rendição. — Mea culpa.

O cabeludo pegou um estojo redondo e o abriu, dentro havia algumas agulhas. Ele pegou uma e a segurou, depois olhou para o homem amarrado esperando que ele falasse.

— Seu... — o homem o fuzilou com os olhos. — D-depois que encontraram o corpo do banqueiro no farol, a comunidade de advogados entrou em colapso.

— Diga mais.

— Isso não foi sentido por pessoas isoladas, não. Mas grandes em-empresas como a minha foram afetadas. Especialmente após o colapso do advogado Lee.

Felix o olhou com atenção ao ouvir o sobrenome de seu pai.

— Por quê? — Hyunjin perguntou.

— Ele esperava que o filho assumisse tudo, fosse seu herdeiro e continuasse com os negócios. Um líder como ele era. — o homem tossiu. — O banqueiro tinha prometido isso para ele e prometeu descanso também, uma boa aposentadoria longe de tudo.

— Conveniente. — Hyunjin disse com desprezo.

— Mas não aconteceu, o banqueiro morreu e ele entrou em colapso. Não há líderes e tudo se tornou um caos.

O Olho da RaposaOnde histórias criam vida. Descubra agora