Capítulo 19

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Enquanto Chris preparava o almoço tranquilamente, Seungmin o ajudava e fofocava sobre ter flagrado Lino sendo passivo com Jeongin. O mais velho apenas ouvia tudo em silêncio e sorrindo. Estavam quase terminando de ajeitar tudo quando a campainha tocou.

— Eu atendo! — Jisung correu.

Já tinha mais de dois meses que Felix e Hyunjin não davam notícias, então qualquer pessoa que tocava a campainha eles esperavam ansiosos que fossem eles.

Chris e Seungmin continuaram ajeitando os talheres sobre a mesa e quando finalmente terminaram foram chamá-los, mas nenhum deles subiu. Eles foram ver quem foi que chamou a atenção de todos eles. Chris ficou surpreso ao ver quem era.

Era o rapaz que Lino quase atropelou na primeira vez que eles vieram ao bairro. E ele ficou mais surpreso ainda ao ver o modo como a gangue o tratava.

— Eu vou matar ele. — Jeongin tentava avançar para bater no menino, mas Lino o segurava.

— Você não vai matar um menor de idade. — Lino quase não conseguia contê-lo.

— Menor de idade? — Jisung riu. — Ele é da idade do Chris.

— O quê?! Com essa carinha de criança? — Changbin ficou impressionado.

— Mas o que foi que ele fez? — Chris perguntou se juntando aos demais no estúdio.

— Eu não fiz nada! — o rapaz gritou.

— Você tem muita coragem de vir aqui e dizer isso. — Seungmin o encarava puto. — Ele é o vigilante, é ele quem fiscaliza quem entra e quem sai daqui. E era o espião do banqueiro.

— Vocês não sabem o que dizem, ele nunca faria mal a ninguém. Ele só queria-

Antes que ele pudesse prosseguir, alguém entrou no estúdio os interrompendo. Era Hyunjin e Felix, eles pareciam tranquilos até verem a cena.

— Olha... Eu esperava chegar em casa e descansar. — o mais alto disse colocando a mala no chão. — Mas ser obrigado a olhar para você não estava nos meus planos.

— A-ah! Você voltou! — o rapaz se encolhia com medo, mas não tinha para onde se esconder.

— Se fodeu, otário. — Jeongin sorriu.

Hyunjin se aproximou do vigilante, o pressionou contra a parede e puxou uma faca grande.

— Opa, não era essa. — ele a guardou e depois puxou um canivete. — Agora sim. Eu disse que eu ia te furar inteiro.

— Não, espera! O banqueiro me forçou a isso, eu fui forçado.

— É mesmo? — Felix se aproximou com um olhar sereno.

— O-que você está fazendo aqui? — o rapaz paralisou. — O que vocês fizeram com o banqueiro?

— Ah, você bem que gostaria de descobrir. — Hyunjin parou e pensou. — Nossa, já sei o que fazer com você.

Hyunjin o arrastou até a sala de tatuagem e trancou a porta. Lá ele o furou por inteiro, um furo para cada pessoa estranha não convidada que entrou no bairro. Foram muitos furos e muitos gritos.

O mais alto saiu de lá renovado, esticou as costas e pegou o celular.

Bonjour! J'ai besoin de vos services, s'il vous plaît! — o cabeludo disse sorrindo.

O caminhão preto veio rápido e levou o rapaz que berrava. Os homens que falavam francês cumprimentaram a gangue e depois partiram.

— Ele vai gostar muito de ficar com as serpentes... — Felix disse.

O Olho da RaposaOnde histórias criam vida. Descubra agora