Segunda Temporada - Capítulo 21

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1 ano depois~

Jisung ajeitava os novos flashes na parede do estúdio, terminou de pendurá-los e subiu para fazer o almoço. A casa estava silenciosa, ele cozinhou em silêncio e quando deixou tudo pronto preparou uma bandeja farta. Com cuidado, ele foi até a porta de um quarto e bateu de leve. Empurrou a porta com a bunda e entrou.

O cômodo estava escuro e frio, o ar condicionado estava no mínimo. Jisung colocou a bandeja sobre a escrivaninha e se aproximou da cama com delicadeza e se sentou. O outro se aproximou deitando a cabeça do colo de Jisung.

— Bom dia. — Jisung disse suavemente.

Jeongin o olhou e depois fechou os olhos de novo. Jisung começou a fazer carinho nos cabelos do mais novo, notou de imediato as bolsas vermelhas inchadas nos olhos dele.

— Se você quiser, posso dormir com você. — Jisung se ofereceu.

— N-não precisa, está tudo bem.

— Você tem certeza?

— Sim. — Jeongin fungou baixinho. — Cadê o Minnie?

— Ele foi ao escritório.

— Ele deu alguma notícia?

— Não, ainda não.

— Oh, eu posso ficar em casa hoje?

— É claro, bebê. O almoço está pronto, você deveria comer antes que esfrie.

Jeongin se levantou com cuidado e se sentou em frente a escrivaninha, ele encarou a bandeja e começou a chorar baixinho.

— Ei. — Jisung correu até ele.

— Me desculpa por dar trabalho, por favor. — ele soluçava muito, tentou limpar as lágrimas com as mangas do moletom que vestia, mas foi inútil. — Foi minha culpa.

Jisung suspirou e respirou fundo mais uma vez.

— Innie, você é minha família, não é trabalho algum. E não é verdade — Jisung aumentou seu tom de voz —, não foi culpa sua. Nunca diga isso, ninguém culpa você por nada.

Antes que Jeongin pudesse responder alguma coisa, eles ouviram um barulho na sala. Era Seungmin, Felix e Changbin. Jisung agradeceu mentalmente por eles terem chegado.

— Vem, vamos ouvir o que eles têm a dizer.

Eles se encontraram na cozinha, os três que chegaram cumprimentaram Jeongin, que não saía do quarto faz uma semana. Este que levou a bandeja para a mesa da cozinha e comia em silêncio.

— Acho que tivemos um progresso. — Changbin disse.

— Nós nos aproximamos e não fomos enxotados de lá. — Seungmin concordou. — Os seguranças nos olharam com ódio, tenho vontade de atirar em cada um deles. — disse puto. — Mas tem algo estranho, finalmente.

— Mas isso não é um indicativo de mudança muito confiável, vai ver eles só... estavam de bom humor, junto com Hyunjin. — Felix disse.

— De bom humor? Felix, nós estamos observando o Jinnie já tem um ano e ele nunca deu um sorriso ou qualquer expressão que não precisasse franzir o cenho. O que quer que se passe pela cabeça dele, não deve ser algo agradável. O fato dos seguranças não terem nos expulsado hoje é significativo sim. É a primeira vez em um ano que conseguimos chegar na calçada do prédio.

— Eu só não quero criar esperanças. — Felix baixou a cabeça.

— Eu sei. — Seungmin apertou o ombro de Felix gentilmente.

— E quanto ao Chris e... — Jisung olhou de relance para Jeongin. — Você sabe.

— Chris disse que quer tentar uma ofensiva, ele está confiante por conta dessa mudança. — Changbin respondeu. — Ah, ele disse que está te esperando.

— Agora? Para hoje? — Jisung apertou os punhos. — Eu queria tanto abrir esse estúdio.

— Oh, meu amor. — Seungmin o abraçou. — Já tem vários meses que você diz isso, mas sempre tem um imprevisto. Aceite que só será possível abrir quando o dono dele chegar.

— O problema é não saber quando vai ser isso. — Jisung abraçou o marido de volta.

— Paciência. Jinnie e Felix demoraram quatro anos inteiros para colocarem o plano deles em prática. Duvido que tenha sido fácil.

— Não foi mesmo, várias e várias vezes eu quis desistir, mas Hyunjin nunca deixou. Disse que mesmo que eu vacilasse, ele estaria ao meu lado. — Felix disse meio emocionado. — Vamos conseguir sim e sinto que será triunfal digno daquele doido.

— Tá, tá. Vou ir lá atrás do Chris.

— Espera. — Seungmin disse.

— Não, não, não. — Jisung disse baixinho preocupado.

— Está tudo bem. — Seungmin garantiu. — Innie, você quer ir junto?

Jeongin levantou a cabeça finalmente dando atenção para todos eles.

— Não. — ele olhou para o prato que agora estava vazio. — Eu não vou suportar ver que ele não me reconhece.

Jeongin colocou os pratos na pia, lavou as mãos e se trancou no quarto.

Os outros quatro finalmente respiraram.

— Você ainda fica insistindo para ele ir. — Jisung repreendeu o marido.

— É claro, tenho quase certeza de que ele fará alguma diferença nas memórias do Jinnie.

— Só que não podemos forçar ele a sair, né? — Felix olhava para a porta do quarto de Jeongin com preocupação.

— Fiz apenas um pedido. — Seungmin deu de ombros. — Vou planejar alguma situação para juntar eles.

— Ai ai. — Jisung não iria discutir. — Eu vou indo. Fiquem de olho nele para que ele vá tomar banho depois.

Jisung deu um beijo nos lábios de Seungmin, pegou o capacete e as chaves e saiu.

O Olho da RaposaOnde histórias criam vida. Descubra agora