Último suspiro

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Jennifer e Jack entraram para dentro da casa. O assassino poderia aparecer a qualquer momento pelos fundos, pelas janelas ou até mesmo pela entrada e então eles tinham que preparar alguma coisa.

Quando menos esperavam, Jennifer ficou parada por ter escutado alguma coisa vindo do bem distante da casa. No minuto seguinte, quem tornou a ficar parado fora Jack, provavelmente escutara a coisa. Ambos estavam na sala de estar olhando para as paredes.

– AARRRREEE!

O que ambos os irmãos escutaram fora um grito de alguém do gênero feminino. Um grito pavoroso que estava começando a se aproximar de onde estavam e, pela janela alta, viram uma figura vindo correndo aos berros até a casa e Jennifer arregalou os olhos. Era Hannah, demasiada machucada e com o rosto ensanguentado.

Jennifer e Jack foram correndo em direção a porta de entrada e Jack quase arrancou a porta ao abrir e Jennifer saiu primeiro com Jack atrás; Hannah estava parada ofegante nos degraus da varanda. Jack gemeu:

– Que m...?

– Michael... Morto... Harry... – tentava falar Hannah ofegante e Jennifer e Jack se entreolharam com os olhos arregalados e Jennifer olhou para frente e seus olhos captaram uma outra figura vindo em direção a...

– HANNAH! – gritou Jennifer quando a figura tornara-se mais clara e o rosto e as vestes de Harry já eram visíveis. Hannah olhou por trás do ombro e, vendo Harry passando a correr atrás dela, começou a correr para dentro da casa junto aos garotos.

Ao fecharem a porta com força, Jennifer, Jack e Hannah começaram a colocar móveis defronte a porta que estava sendo tentada de ser arrombada por Harry. Dois minutos depois de tentativa e com um aparador sob duas cadeiras viradas de cabeça para baixo e o peso dos garotos sobre os móveis e um som de machado cortando o ar, uma fissão se abriu no local em que Harry acertara o machado.

– Mas que mer...

Mais machadadas foram acertadas na madeira na porta. Jennifer, Jack e Hannah foram para cômodos diferentes, com Jennifer indo para o andar de cima especificamente no quarto de sua mãe, onde possuía uma varanda na parte de trás da casa. Gritos no andar de baixo anunciara que Harry estava já adentrado ali dentro.

– JENNIFER, FUJA!

Uma voz familiar, que não era nem de Jack, tampouco Hannah, vinha do quarto da garota e ela franziu o cenho. Harry entrou no quarto subitamente e Jennifer deu um berro ao mesmo tempo que uma voz fria ecoava no corredor:

– Olhe para cá, Harry...

Assustado, Harry se virou para trás e Jennifer estranhou um pouco. A voz ainda permanecia familiar. Nem Jack nem Hannah subiram para ajudar.

– Aqui, Harry.

Harry saiu do quarto e, em seu lugar, Charles entrara no quarto e se escondeu atrás da porta.

– Samuel não lhe ama mais, Harry...

O homem virou-se para trás rapidamente e então Jennifer pensou ter compreendido. Charles gritara e estava fazendo a voz assustadora.

– Lembra dele, Harry, de Samuel? Depois que você virou um assassino e enlouqueceu, ele deixou de te amar para sempre. Você é um desgosto.

Harry esquecera de Jennifer quando entrou para dentro do quarto procurando pela voz. Ele foi para o centro do quarto e olhou em volta, mas não achou nada exceto Jennifer, mas ele não estava se importando por ela mais.

– Você não é nada comparado a sua irmã – sussurrou Charles. Jennifer sorriu apavorada. Charles correu de onde estava, já que Harry estava indo em direção à porta.

Ele conseguiu fugir do machado de Charles e então foi para o lado de Jennifer.

– Se você matar Jennifer Wilson, eu irei assombrá-lo para sempre – disse Charles na sua voz habitual e em bom tom. Harry foi em direção a Charles – Você nunca vai ser feliz...

Charles correu para a varanda, abrindo rapidamente as portas duplas de madeira e vidro. Harry atravessou-a. Jack entrou no quarto com uma arma na mão e Jennifer arregalou os olhos ("Te explico mais tarde"). Ele gritou algo chamando atenção de Harry, que estava na varanda com o machado erguido no ar pronto para matar o caído Charles.

Jennifer escutou um tiro vindo o outro, provavelmente acertando o peito do assassino, que soltava uma alta exclamação a cada tiro recebido dele. Jennifer parou ao lado de Jack no mesmo momento em que Harry, em seu último suspiro, rolou para trás e caiu varanda abaixo, batendo no telhado inclinado da varanda e rolando para o lado e batendo com um baque forte na ruela atrás da casa.

Charles estava apavorado com as mãos nos ouvidos, tremendo ofegante, chorava. o machado se achava ensanguentado aos pés do mesmo. Jack foi lentamente até o garoto, agachou-se, e o abraçou da maneira mais romântica e confortante que já vira em toda a sua vida.

– Eu errei com vocês, Jack – sussurrou o garoto de cabelo de cuia e Jack permaneceu calado tentando acalmar Charles. Jennifer engoliu em seco e saiu do quarto calada procurando deixar ambos sozinhos no ar gélido da noite. 

A garota desceu a procura de Hannah e, no mesmo momento em que formulou tal pensamento, Hannah apareceu no sofá com a perna ensanguentada, gemendo e chorando de dor com as mãos no local da machadada. 

Jennifer foi até a melhor amiga e abraçou a mesma mesmo que Hannah não pudesse retribuir. Elas ficaram ali por um tempo até Jennifer se dar conta de conferir o corpo de Harry. Ela disse um "Já volto!" para Hannah e sumiu do campo de visão da loura.

Jennifer foi lentamente para a porta dos fundos. Abriu-a e entrou na varanda: Defronte aos degraus, um corpo imóvel e sem vida e, ao lado disso, havia mais ou menos umas dez pessoas cochichando entre elas enquanto olhavam para o corpo.

Ao verem Jennifer, um rapaz saiu da pequena multidão e agachou-se ao lado do corpo e colocou dois dedos no pescoço de Harry Carpenter, respirou fundo e levantou-se, murmurando "Morto".

Todos gemeram e voltaram a olhar para Jennifer, que se virou para eles de volta e deu um sorriso malicioso para os vizinhos.

– Este aqui é o Harry Carpenter, pessoal, fugitivo do Manicômio de Aliquippa. Alguém se lembra dele? Matou os pais e matou todos que foram assassinados nos últimos quatro dias de registros. Isaac Lawrence, Tiffany Wilson... Bradley...

Uma sirene soou ali perto e todos se viraram para o som que vinha do gramado de frente à casa dos Wilson. No minuto seguinte, pelo menos três policiais entraram na varanda em que a garota estava com armas na mão.

A Noite MortalOnde histórias criam vida. Descubra agora