Após o tempo de aulas, Jennifer e Jack foram para a casa de Charles, que estava sendo a casa temporária dos garotos enquanto Harry estava à solta matando pessoas todas as noites.
Eles deixaram suas mochilas na cama de Charles, cujo quarto fora divido com Jennifer e Jack. O garoto cujos cabelos possuíam um corte de cuia já estava na sala de estar com um ar satisfeito ao seu redor.
– Vocês já haviam chego? – perguntou Charles sorrindo alegremente e ele foi em direção à Jennifer e abraçou a garota e depois abraçou o namorado – Que bom que estão aqui. Fui bastante elogiado pelo meu trabalho de matemática que estava fazendo e amanhã eu estarei fazendo os exames.
– Parabéns, Char – disse Jack orgulhoso dando um beijo na testa do de cabelo de cuia – Você vai ser o máximo.
– Obrigado, mas não quero nada apavorante esta noite – pediu Charles e Jennifer e Jack se entreolharam – Preciso dormir bem e ir bem nos exames.
– Bem, sobre isso...
– Estávamos planejando matar Harry hoje – explicou Jennifer num tom um tanto cabisbaixo.
– Mas vocês não podem – protestou Charles com os olhos arregalados – fazer eu não comparecer à aula amanhã. Eu preciso de um futuro e não vai ser Harry Carpenter que vai fazer eu virar um porco como ele virou...
– Não repita isso! – exclamou Jennifer com rispidez e Jack e Charles olharam-na apreensivos. – Bem... Se Samuel ama o Harry antigo, é porque o tio Harry fora um bom rapaz naquele tempo e irei considerar o que você falou como o tio Harry antes de matar os pais.
– Que seja! – bufou Charles enfurecido. Jennifer nunca se sentira daquele jeito, como se tivesse alguma afeição pelo Harry Carpenter das fotos de Samuel.
Charles saiu da sala de estar com uma expressão enraivecida estampado no rosto e então Jack o seguiu. Jennifer respirou fundo e revirou os olhos, tornando a querer continuar o assunto.
– Eu ainda não terminei. De que adianta fazer um simples exame – começou Jennifer exasperada indo em passos fortes em direção à cozinha – sendo que você pode morrer hoje ou amanhã.
– Diferente de você, eu quero um futuro decente. Agora você quer continuar o passado. Seu tio matou seus avós e sua mãe e está pretendendo matar você – falou Charles em voz alta. Agora ele e Jennifer estavam discutindo sério e Jack se afastou deles.
– Eu tenho um plano para acabar com ele e talvez possa funcionar...
– Fala sério, como você vai conseguir arranjar um plano sem sequer ter mentalidade pra isso? Você perdeu o juízo, garota. Sua mãe está morta e você nem sabe o que aconteceu com seu pai.
– NÃO DIGA UMA PALAVRA SOBRE MINHA MÃE!
Jennifer berrou e lascou um tapa no rosto de Charles que um som parecido com o de um chicote penetrou em seus tímpanos quando ela usou todas as suas forças para dar o tapa em Charles.
Charles tampouco revidara. Ficou parado enquanto Jennifer girara os calcanhares e foi em direção à escada que levava ao andar de cima e minutos depois desceu-o com sua mochila e, ao lado, Jack, que parecia enfurecido.
– Jack...
– Não quero lhe ver – disse um Jack decidido que não ousara a virar-se pata Charles. Chocado, o garoto se levantou, mas não foi tão rápido quanto a saída de Jennifer e Jack.
***
Toc, toc, toc.
Três batidinhas na porta da casa dos Houston. Jennifer e Jack já foram até lá para conversar com a sra. Houston, mas agora eles queriam ver Samuel.
E o mesmo tornou à abrir a porta com um sorriso no rosto ao ver os dois Wilson parados ali com os pés defronte a soleira da porta.
Ele os convidou para entrar e ambos assentiram, em seguida entraram na familiar casa. A sra. Houston estava preparando um chá enquanto um prato de bombons jazia sobre a mesa da cozinha. O cheiro de chocolate que pairava no ambiente era delicioso e Jennifer amava ficar ali.
A sra. Houston, ao se virar para trás, viu Jennifer e Jack parados olhando para a mulher. Ela sorriu e vos cumprimentou, convidando-os para sentar na mesa e, com educação, eles se sentaram. Samuel apareceu e se sentou também.
A sra. Houston distribuiu quatro xícaras de chá na mesa e depois colocou um prato de deliciosos pães e uma tigela de patê.
– Foi uma surpresa real quando vi vocês parados no hall – contou a sra. Houston quando finalmente se sentara – Mas ainda bem que estava quase ficando pronto o chá. Todavia, onde está aquele outro menino?
Jennifer e Jack se entreolharam. Samuel os olhou com um olhar assustado, provavelmente pensando que Charles morreu, mas então responderam.
– Nós discutimos e não estamos nos falando, por enquanto – explicou Jennifer em voz baixa e então Samuel respirou fundo e pegou um pão e recheou-o com patê.
– Gostava dele, do menino – disse a sra. Houston cabisbaixa e então ela também tornou a pegar um pão e começou a comer com patê.
O vento que pairou a cozinha varreu Charles da mente deles, que estavam conversando sobre algo mais alegre e coisas de escola e davam gargalhadas sempre que podiam.
Depois de um bom tempo, Jennifer estava sem fome e o pensamento do plano para acabar com Harry com Samuel realmente sumira de sua mente e agora ela estava realmente cansada.
Samuel lhe arrumou um colchão para dormir um pouco e depois ir embora se quisesse. Todos adormeceram depois do café: Jennifer e Jack dormiram no mesmo colchão mas em lados opostos; a sra. Houston em sua cama e Samuel no sofá.
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A Noite Mortal
HorreurO massacre na casa dos Carpenter em 1966... Jenny estava em sua melhor fase no Colégio Sunfield, mas tudo começa a descer por água abaixo quando sua amiga quase foi assassinada por um homem que fugiu do Manicômio de Aliquippa. Infelizmente o a...