Depois de sua morte

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Quando o céu estava ficando mais claro e as nuvens tingiam-se de um tom rosado, Jennifer foi até a varanda com curativos olhando para Hannah ser levada pela ambulância.

Jack e Charles apareceram ao lado da garota e ambos sorriram fraco para ela e ela retribuiu o sorriso. Lágrimas escorriam lentamente pela bochecha da garota.

– Acabou? – sussurrou a garota ao irmão e ele deu de ombros, mas fez um "Uhum" para ela.

Eles desceram os degraus da varanda. Jack iria levá-los para o hospital para visitar Samuel e Hannah. O delegado Johnson levou-os até o hospital da cidade para realizarem aquilo.

Ao chegarem no hospital, Jennifer, Jack e Charles fizeram o check-in e esperou alguns minutos para o médico chamar a garota para visitar Samuel.

***

– Jennifer Wilson – chamou uma voz feminina na porta do quarto atrás de Jennifer e a garota despertou do sono.

Ela estava sentada num banco ao lado de Jack e sua cabeça estava no ombro do irmão. A enfermeira era bonita e possuía cabelos ruivos. Sorriu para a garota.

– O sr. Houston quer vê-la – disse a enfermeira Anderson. Ela ajeitou o corpo, que antes estivera curvado para ver Jennifer melhor, e tornou a entrar no quarto.

Jennifer se virou para Jack, que sorriu fraco para ela, e então se levantou e foi em direção ao quarto.

Samuel estava lá, deitado numa cama de ferro. Estava com os olhos semicerrados e expressava um sorriso habitual.

– Soube que mataram Harry – disse ele finalmente depois de alguns segundos de silêncio entre os dois. Jennifer assentiu – É. Não imaginava que ele iria ser o que foi há anos atrás.

Tornou a ficar um silêncio entre os dois. Jennifer estava com pena de Samuel, que fora atacado pelo homem que amava e que o mesmo virou um assassino.

– Sinto saudades dele de anos atrás, mas não do atual – começou ele em voz baixa, Acho eu, que não amo mais Harry desde há algumas horas atrás.

Jennifer riu ao ver que Samuel não podia rir por conta da ferida feita e provavelmente iria doer.

– Soube também do garoto Bradley. Ele está no quarto de cima, suponho – afirmou Samuel inocentemente – Sabe, mesmo que venhamos...

– Brad está vivo?

– De anos diferentes... Como? Claro que está, graças à Deus. Pelo o que a enfermeira ruiva me disse, ele estava em situação precária. Por que não vai vê-lo?

– Mas você...

– Vou ficar bem. Sério – acrescentou ao ver a expressão de Jennifer.

– Certo... Já volto...

Jennifer saiu do quarto de Samuel e viu que Jack e Charles não estavam nos bancos, então foi procurar a recepcionista para dizê-la em que quarto estava Brad.

Minutos depois, Jennifer estava no quarto do namorado. Ele estava adormecido e machucado. Jennifer começou a chorar ao ver aquela cena.

Ela deu um beijo na testa do garoto e deitou a cabeça em sua testa levemente. Não havia final melhor. Um assassino morto, Brad, Hannah e Samuel vivos. Michael infelizmente havia morrido no acidente de carro e o jornal iria comentar sobre aquele ocorrido pelos próximos cinco meses inteiros pelo país, um mês inteiro pelo mundo e uma vida inteira na cidade assombrada de casos sinistros, Sunfield.

A Noite MortalOnde histórias criam vida. Descubra agora