[𝐃𝐀𝐑𝐊 𝐑𝐎𝐌𝐀𝐍𝐂𝐄]
𝐇𝐀𝐃𝐀𝐒𝐒𝐀 𝐓𝐇𝐎𝐌𝐏𝐒𝐎𝐍 sempre foi especialista em evitar confusões; desde a infância, foi ensinada a se comportar, a manter-se à altura das expectativas da sociedade; ela conhecia bem as regras de etiqueta, os limi...
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013 ☇ CASTIDADE.
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O relógio marca exatamente dezesseis horas e vinte e cinco minutos. Desde que cheguei em casa por volta das quatorze e meia, quase não consegui tirar os olhos do ponteiro. Cada segundo parece se arrastar, e a ansiedade está corroendo meus nervos.
Estou sentada no sofá confortável da sala, meus dedos tamborilando ritmadamente no braço do sofá. O tecido macio e o encosto acolhedor deveriam ser reconfortantes, mas hoje nada parece suficiente para acalmar meu coração acelerado. Meus olhos se alternam entre o relógio e a porta, esperando ansiosamente o momento em que ele vai atravessá-la, lançando-me um de seus sorrisos hipnotizantes.
A casa está viva ao meu redor. Posso ouvir o jardineiro cortando as folhas no jardim, o som rítmico da tesoura criando uma melodia tranquila. A voz da minha irmã ecoa pela casa, orientando alguém a organizar a parte de trás. Até o cheiro de algo delicioso sendo preparado na cozinha chega a mim.
Mordo meus lábios nervosamente, meus olhos fixos nos ponteiros do relógio. Apenas um minuto se passou, mas parece uma eternidade. A qualquer momento, ele estará aqui, e meu coração acelera com a expectativa.
De repente, o som da campainha ecoa pela casa, me levanto de forma imediata, sentindo uma onda de adrenalina percorrer meu corpo. Dou algumas batidas rápidas em meu vestido branco, tentando me recompor. Caminho até a entrada, meus passos rápidos, o som ecoando pelo corredor. Meu coração está agora em minha garganta, cada batida um lembrete de que ele está prestes a chegar.
Quando abro a porta, toda minha expectativa vai embora num instante. Tento forçar um sorriso no rosto quando vejo os Pogues parados à minha frente, todos com sorrisos brilhantes, visivelmente animados.
— Como a senhorita não bebe, resolvemos trazer por conta própria. — JJ diz, levantando uma caixa de bebida barata, o rótulo desgastado e as garrafas tilintando dentro.
Eles não demoraram muito para perceber que não gosto de álcool. Após várias tentativas de me oferecerem bebidas e verem que sempre recusava, finalmente chegaram a essa conclusão.
