Daddy

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Estamos a caminho da cidade e confesso que ao decorrer do caminho sinto calafrios e minha cabeça dói bastante e eu não sei o porquê. O pessoal está concentrado em suas conversas, planos e todo o resto que não presto atenção. Estou olhando pela janela e assim que sinto uma pontada na cabeça faço uma careta e fecho os olhos e sinto a mão de Newt apertar minha cintura chamando minha atenção e viro meu rosto rápido disfarçando a careta de dor.
Tá tudo bem? você está quieta e fazendo caretas toda hora — Ele pergunta calmo, mas vejo que está preocupado com algo.
Está sim, só estou tendo muita dor de cabeça, estou bem — Ele pega minha mão enfaixada e vejo a macha de sangue que se formou ali, vai doer de certa forma quando tirar para trocar, o sangue secou grudando na minha mão e no pano.
Como tá a mão? — Sorrio e balanço a cabeça — Por que está sorrindo ? Não foi uma piada como normalmente faço — Concordo com a cabeça ainda sorrindo.
Você anda muito preocupado, primeiro nossos amigos me chamam de criança imprudente porque você mandou eles me olharem como se fossem babas para não ser temperamental agora toda essa preocupação — Ele dá de ombros.
Em minha defesa, sei que você dá conta de muita coisa mas não posso contar com a sorte, e sobre as babas, não vamos nomear assim — Ele fica sério — Só não vamos abusar da sorte — Suspiro me lembrando do sonho.
É novo isso pra mim, só estou estranhando — Ele sorri de canto.
Precisamos mudar isso então, você precisa me contar sobre essas caretas e sonhos que te fazem soar frio também — Não estou pronta e sou salva quando o carro para.
Melhor descermos para não ficar pra trás — Abro a porta e pulo de seu colo o mais rápido possível que consigo e não falo nada sobre os sonhos, não sei como contar isso para ele mesmo que confio nele mas não se conta do nada as coisas que ando sonhando.

Estamos caminhando, é a todo custo tento evitar conversar com o Newt mas, com tantas pessoas empurrando para abrir espaço para seu caminho fica difícil vês ou outra não acabar encostando nele.
Esse lugar virou um verdadeiro inferno — George diz caminhando ao lado de Thomas e acabo olhando para os lados, pois percebi repetidamente olhares demais em nós, e achei isso estranho, ou e apenas paranóia por estar tão perto do território da cruel.
E só a gente ficar junto — Thomas diz.
Hey — Chamo Andrew pois acabou parando e roubando demais para algo, mas uma voz chama nossa atenção e viramos para trás a acompanhando.
Nós somos a voz dos que não tem voz, eles se escondem atrás dos muros pensando que podem ficar com a cura só para eles enquanto assistem o resto de nós mucha e apodrecer, mas, querem saber? existem mais de nós do que deles — Paro de prestar atenção na fala do desconhecido quando um dos caras que estão em seu carro nos olha demais ao passar na nossa frente. Algo não está certo.

Olho para Caçarola ao meu lado e ele me olha na mesma hora.
Você viu isso? — Ele pergunta.
— O cara olhando demais? — Perguntou e ele concordou com a cabeça e olha outra vez para o cara mascarado agora longe — E eu vi — Tem alguma coisa aí. Escuto barulho de hélice e todos nós olhamos para cima e vemos aviões da cruel. Continuamos acompanhando a multidão que queria rebelião e quando avistamos a entrada de aço e muro Thomas diz:
E isso, e nossa entrada — Olho outra vez para o portão e franjo a testa.
Muito fácil — Todos me olham — Tá é óbvio que a entrada é ali, mas como toda certeza tem algo, se não era para todos já terem entrado — Thomas corri não me dando ouvidos e todos o seguem e bufo.

Todos gritam "queremos entrar" e eu só penso o quão horrível seria se entrarem e não fossem úteis para eles e acabo pensando em outra coisa, das vezes que não fui útil .
Thomas não é isso que está procurando, essa gente tá tentando achar uma entrada e você pensa que vai achar o que eles não encontraram? — George continua conversando com Thomas mas uma pessoa tromba em mim chamando minha atenção.
Olha para onde anda — Quando encontro seus olhos me assusto, mas ela não, sua feição mostra que só queria ter certeza de algo. Ela acaba correndo entre a multidão e tento ir atrás dela, mas Brenda me segura.
Onde vai? Não conhecemos nada por aqui — Olho para ela e para onde a garota foi e tento ir atrás, mas penso como eu explico que a vi nos meus sonhos para a Brenda? Então desisti da ideia e voltamos a seguir o Thomas.
Brenda — Caçarola a chama e aparamos para os esperar — Onde viemos parar ? — Ele fala aéreo olhando para os lados e segura no ombro dela para continuar andando juntos e meus dedos são entrelaçados e sei que e Newt. Olho para ele, mas ele apenas continua andando e sou puxada por ele para continuar fazendo o mesmo.

After The Maze | Maze Runner Onde histórias criam vida. Descubra agora