Acordo no meio da noite após um pesadelo horrível, depois de perder totalmente o sono, decido patrulhar pela câmara, me certificar de que estamos seguros.
Alguns minutos depois, cada um dos meninos acordam, um por um, suados, assustados e exaustos, há algo de errado neste lugar... Mas o que?- Acho que depois disso não vou conseguir dormir... - Fergus diz levantando e olhando para os lados, como se procurasse algo.
- Teve um pesadelo também? - Victor diz olhando pra mim.
- Sim...
- Achei que fosse morrer de verdade... - Jake.
- Eu também... - Anderson.
- Acho que devemos ir embora, isso está estranho. - Sebastian.
- Desistir? Agora que estamos tão perto? - Anderson.
- Não sei... Algo não bate, está acontecendo alguma coisa aqui, estou com um pressentimento ruim. - Sebastian.
- Qual é, aquele negócio de intuição de novo? - Fergus.
- Todos tiveram pesadelos, não fui só eu, tá na cara que isso é algo incomum. -Sebastian.
- Sei que você está com medo, todos nós estamos assustados, mas só por isso vamos desistir? Você foi o primeiro a querer entrar na passagem, lembra?
- Claro que eu lembro, mas isso foi antes de sonhar com um velho morto tentando me matar! - Sebastian.
- Um velho morto?
- É... Mas como assim? Você também sonhou com ele? - Victor diz, olhando confuso para Sebastian.
- Eu também!Todos nós nos entreolhamos, como se fosse algum tipo de piada idiota feita pelo Jake, já que ele tem essas manias de fazer brincadeiras e truques com todos.
- Se for algum truque seu, espero que diga antes de eu socar a sua cara! - Fergus diz olhando para Jake.
- Como isso pode ser um truque meu? Eu também tive um sonho bizarro! Um velho, bem mal acabado, correu atrás de mim com uma espada, gritando e me mandando sair daqui! Ele quase me matou! - Jake diz assustado.
- Que estranho, o meu foi quase assim, mas ele correu atrás de mim com um machado... - Victor.
- Bengala... - Sebastian.
- Espingarda... - Anderson.
- Katana... - Fergus.
- Ele correu atrás de você com uma katana? Sério? - Sebastian.
- É... Parecia que ele sabia... - Fergus.
- Sabia o que?
- Fergus odeia katanas, eu meio que quase matei ele com uma, uma vez... - Sebastian.
- Você o quê?
- Éramos crianças, meu pai tinha acabado de comprar uma, eu achei que seria engraçado correr atrás dele, para o assustar, já que ele sempre pegava no meu pé, por eu ser alguns segundos mais novo, estávamos no jardim, estava dando certo... Mas aí eu tropecei, a katana voou em direção a ele e eu acabei o machucando, nunca me perdoei por ter feito isso... - Sebastian.
- Fui parar na emergência com 26 pontos do peito até a barriga, ninguém sabe como eu não morri naquele dia. Depois disso, papai deu fim na katana, e eu nunca cheguei perto de uma outra vez. Ninguém além de nossos pais e Sebastian sabiam disso, pedi para eles nunca contarem a ninguém. - Fergus.
- Amanda, sabe? - Jake.
- Qual parte do ninguém além deles, sabia, você não entendeu? - Fergus diz com uma voz ameaçadora.
- Ei! Jasper foi o único que não disse nada sobre o velho! - Victor.
- Isso é verdade, e você era o único acordado antes de começarmos a levantar das barracas. - Fergus diz me encarando.
- Você não teve pesadelos? - Jake.
- Tive. Mas não sonhei com um velho. Sonhei com um grupo de caçadores, estavam me tratando como um deles, disseram que eu deveria encontrar a jóia e sair daqui o mais rápido possível, isso antes de um ser encapuzado decapitar 2 e trucidar os outros...
- Com certeza esse é pior que o meu... - Jake.
- Caçadores? Como no diário? - Anderson.
- Sim... Como no diário.Ficamos em silêncio, até Anderson começar a fazer estratégias para encontrarmos os corpos dos caçadores, ou pelo menos encontrar alguns dos corpos desaparecidos.
- Ficou maluco?! - Jake.
- Por que? - Anderson questiona confuso.
- Não vim aqui procurar pelos corpos dos caçadores trucidados pelo avô de Jasper! - Jake.
- Nenhum de nós veio por isso. Mas se quisermos achar os tesouros, precisamos saber onde estão os corpos, precisamos deles. - Anderson.
- Por que precisaríamos dos corpos das vítimas?
- Olha, aqui no diário diz que se quisermos achar os artefatos colecionados pelo seu avô, precisaremos de algo que está no meio dos corpos. - Anderson me entrega o diário e aponta na parte sobre os artefatos.
- Algo que está no meio dos corpos? O que poderia ser? Ossos? - Sebastian.
- Não sei ainda, mas vou descobrir. - Anderson diz pegando o diário e se sentando perto das barracas.
- Estou morrendo de fome... - Fergus diz após sua barriga fazer um barulho alto.
- Quando não está? - Sebastian.
- Vamos fazer o café da manhã, que horas são?
- 05:43 da manhã... - Jake diz olhando para a tela do celular dele.
- O que? 05:43 da manhã!?
- Comida... Preciso de comida... - Fergus diz caindo dramaticamente no chão e segurando nos pés de Victor que está com as mochilas de suprimentos.
- Calma cara, eu vou fazer, paciência. - Victor diz segurando as bolsas e tentando se soltar.
- Anda logo! - Fergus grita enquanto se levanta do chão.
- Anderson, encontrou alguma coisa sobre os corpos?
- Ah, nada! Isso está me deixando louco. - Anderson diz enquanto fica de pé.
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Meu Privado Mundo - Parte 1
RomanceElizabeth sempre acreditou que tinha o controle de sua vida, até que um romance transformou sua existência de maneiras inimagináveis. Quando se vê perdendo gradativamente suas memórias mais preciosas, ela se vê em meio a um turbilhão de dúvidas e qu...