fuck Ana Flávia.

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Abalo Emocional/Luan Santana
Quando te conheci, pensei
Vou dar o golpe, eu que levei
Tentei roubar o coração de uma ladra
Dona da lei
Eu não queria te amar, te amei
Eu não queria me entregar, me entreguei
Eu não queria me jogar, me joguei

—Gustavo Mioto's pov 🏙️🛩️

MAIS UM DIA esperando a Ana Flávia terminar de se arrumar para irmos pro pub

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MAIS UM DIA esperando a Ana Flávia terminar de se arrumar para irmos pro pub. Ou seja, mais um dia normal em Houston. E eu nem tenho muita escolha, já que o carro é dela.

Acho que vou comprar meu carro.

—Pronta!— aparece na sala depois de 30 minutos.

—Finalmente, mulher!— falo me levantando do sofá da sua casa e juntando as mãos em forma de oração.

—Ai, cala a boca! Por que não vai a pé?— fala sem paciência. Ter o pavio curto é com ela mesma.

Não respondo para não estressa-la, descemos até o carro e ela me coloca pra dirigir. Folgada. Além de ter que esperar horas, ainda tenho que dar uma de motorista pra madame.

—Eu acho que a placa do NOSSO carro tinha que ser Mioto.

—Por que?

—Eu uso ele mais do que você.

—Mas que foi que comprou?

—Seu pai.— digo por vencido.

—E qual é o sobrenome do meu pai, idiota?— eu confesso, fui um pouco burro.

Logo chegamos no bar. Não é muito longe das nossas casas.
Descemos do carro, e pra minha surpresa, Ana Flávia entrelaça nossas mãos. Confesso, não esperava por isso, mas também não reclamei, fiquei fazendo carinho na mão dela até nos aproximarmos de nossos amigos.

A morena rapidamente tira a sua mão da minha e começa andar pro outro lado da mesa, onde as meninas a esperavam.

Murilo logo me fuzila com um olhar de curiosidade e certo desespero. É hoje que eu faço a 'Naflávia confessar que está apaixonada e ganhar esses 150 dólares.

—Você conseguiu?— Murilo pergunta desacreditado.

—Não sei ainda, mas nenhuma mulher resiste aos meus encantos.— falo jogando o cabelo que eu finjo ter.

—Vamos ver, Mioto.

Como sempre, as garotas foram dançar e nós apenas ficamos conversando sobre futebol ou basquete.
Claro, sempre de olho nas nossas garotas.
O Murilo 'tá quase namorando a Gabi.
O Jonathan tem um rolo com a Giana.
O Vetuche fica sério com a Duda.
O Rudi toda hora tem um cara novo de estimação.
A Bruna e o Felipe nem saem mais com a gente, estão quase casados.
O Luan é o mesmo galinha porém encalhado de sempre
E eu? Podemos dizer que eu tenho uma amizade colorida com a Ana, mas que em breve vai ser destruída pela a aposta. Pela bendita aposta.

—No que tanto pensa, Gustavo?— Gabriel chama minha atenção, que estava toda na Ana Flávia, a vendo dançar.

—Nada de importante.— eles voltam a conversar. E eu volto a olha-la. Meu olhar agora estava em um cara aparentemente loiro, de chapéu, bota e uma fivela do tamanho do mundo.

Grande coisa. Só meu tênis deve valer o dobro dessa fivela.

Sinto meu rosto ficar vermelho de tanta raiva quando vejo ele pondo as mãos na cintura dela. Juro que posso sentir meu sangue fervendo.
Desculpa antecipadas a vocês, mas eu não me contive.

Me levantei e fui até lá. Me aproximei da minha morena e chamei sua atenção.

—Vida!— digo olhando feio para o cara que dançava com ela.—Será que podemos conversar?

Ela me encara com tédio e me lança um  "Sério isso?".

Ela parou de dançar contra sua vontade e me seguiu até um canto mais reservado, com menos barulho.

—Porra, Gustavo. Ciúmes de novo?

—Se eu disser que sim, você para de dançar com aquele cara?— falo apontando pro imbecil.

—Que eu saiba, você não é meu pai pra falar o que devo ou não fazer!— ela ia me deixando sozinho quando a puxo pelo braço.

—Quero te perguntar uma coisa.

—Rápido, Mioto.— fala ainda irritada.

—Você sente algo por mim?— ela parece ter visto o fantasminha camarada quando eu falo isso.

—Você sente por mim?— rebate minha pergunta.

Não sei. E agora? Passo a mão pelo meu cabelo. Resolvo me abrir e ser sincero.

—Talvez.— ela me olha como se eu estivesse escondendo algo.
—Tudo bem, eu sinto. Admito que acabei me apaixonando por você, Ana Flávia.

Ela suspira e parece pensar em como me dizer algo.
Primeiros sinais de uma paixão unilateral.

Como eu sou idiota. Sério que eu caí nisso?

—Eu já entendi, Ana Flávia.— falo num tom de voz firme e talvez com um pingo de raiva. Saio do local, mas sinto ela me seguir.

—Não pode ficar com raiva de mim só porque eu não sou apaixonada por você, Gustavo.— segura minha mão.

—Você não é minha mãe pra me dar lição de moral, Castela.— me solto dela e vou em direção a mesa.

Nenhum dos meninos estavam mais ali. Todos deviam estar dançando também. Pego minha carteira e o celular que estavam lá e sai pra fora do estabelecimento.

'Tô sem carona. Merda. Peço um táxi e fui obrigado a pagar 15 dólares por 5 minutos dentro do carro.

Entro em casa e tomo um banho quente. Coloco um pijama -eu sou mimado, claro que durmo de pijama, com minhas iniciais bordadas- e resolvo não comer nada. Antes de dormir, alguém me ligou.

"7 ligações perdidas de Ana Flávia".

Que se foda a Ana Flávia. Eu vou dormir pra ver se esqueço o desastre que foi o dia de hoje.

...

Atualizações do meu dia: acordei era 5:30 da manhã, e ainda sonhei com a Castela.

Resultado: não dormi direito e não esqueci o desastre que foi o dia de ontem.

Recomendações: não tenha um abalo emocional por uma morena dos olhos escuros e pele clara, que se chame Ana Flávia Castela.

notas

maratona: 3/4

ai ai esse Gustavo viu?

—compenso vcs no próximo capítulo 🤪😈

𝐀 𝐁𝐨𝐢𝐚𝐝𝐞𝐢𝐫𝐚 𝐝𝐨 𝐓𝐞𝐱𝐚𝐬 | miotelaOnde histórias criam vida. Descubra agora