2 weeks before I leave Texas.

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-Gustavo Mioto's pov 🏙️🛩️

2 semanas antes de eu deixar o Texas

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2 semanas antes de eu deixar o Texas.

Mais um dia normal aqui em Houston. Já tinha chegado na empresa fazia algumas horas, não tinha nada muito trabalhoso para fazer.

Como eu falei, não tinha, até o Sr. Castela chegar e entrar na minha sala.

—Aconteceu alguma coisa, Rodrigo?— pergunto vendo o mais velho um pouco assustado.

Logo após, Ana Flávia entra na sala procurando o pai.

—Papai, já falei pro senhor que o Gustavo não tem nada haver com essa história. Se quiser falar com alguém, fale com o CEO das empresas Mioto.

A Castela mais nova se refere ao meu pai.

—O que aconteceu?— pergunto novamente ao homem.

Ele coloca as mãos na mesa e me olha de forma assustadora.

—Você sabia que o Marcos ia fazer acordo com os Ferraz?— ele pergunta irritado.

—Não! Meu pai não me conta sobre os contratos desde que eu sai de lá.

Nem sei quem são os Ferraz.

—Mas o que tem? Nunca ouvi falarem sobre esses Ferraz.

Rodrigo suspira e vai até a porta.

—Tenho trabalho a fazer. Obrigado por esclarecer, Gustavo.

Assenti e me voltei a Ana Flávia.

—Vai me responder?

Ela se senta e logo começa falar.

—Há alguns anos, lá no Brasil, existiam 4 famílias dominantes no ramo do agronegócio. As famílias Ferraz e Castela sempre ajudavam as outras duas, Mioto e Carvalho, já que eram as potências. Porém nós sempre ajudamos a Mioto e os Ferraz só ajudavam a Carvalho, elas nunca se misturaram.

—Quando a Carvalho finalmente saiu da crise, o dono da empresa, José Carvalho, fez contrato de parceria com as terras do meu avô, André Castela, lá no Mato Grosso do Sul. O Breno Ferraz ficou muito puto e ameaçou a Castela com vários processos, cujo o motivo não tinha pé nem cabeça. O papai e o vovô nunca deixaram de ganhar um, então eles finalmente aquietaram o rabo.

—E o que meu pai tem haver nessa confusão?

—Parece que o Marcos assinou um contrato com os Ferraz.— ela fala fazendo careta de nojo.
—Papai 'tá zangado porque parece que gerou mais lucro do que o contrato que a gente tem. Nunca vi meu pai com tanta raiva assim no trabalho.

—Não tem nada que eu possa fazer, né?— ela balança a cabeça para os lados, respondendo um não.

—Bom, eu tenho que ir. Só passei aqui pra me certificar que o meu pai não ia matar você.— ela se levanta e vem até mim. Pega em meu queixo e me dá um beijo na bochecha.

—Tchau, te vejo mais tarde?— falo vendo a morena abrir a porta.

—Claro!— ela sorri.— Te amo, até logo.— fala amigável e deixa o cômodo.


Confesso que depois de toda aquela confusão, não consegui parar de pensar em que mundo que meu pai 'tava quando ele aceitou a proposta dos Ferraz. Isso não me cheira bem.

Na verdade, tem outra coisa que não me cheira bem, a minha cozinha.

Me levantei da cama rapidamente e corri até o cômodo, que 'tava esfumaçado e fedido. Só pude ver a Ana segurando uma forma nas mãos.

—Mulher, o que diabos aconteceu aqui?— falo sorrindo da cena.

Me aproximei dela e observei a "lasanha" que a mesma preparava.

—Acho que é melhor pedirmos um lanche.— eu falo em meio a risadas altas.

—Você é muito chato.— ela fala revirando os olhos e jogando a forma toda no lixo.

Ela queimou a forma. Puta que pariu, eu só sabia rir disso.

—Pelo menos eu sei cozinhar. Quer dizer, eu sei contar trinta minutos pra não deixar a lasanha queimar.

A morena me lançou o dedo do meio e saiu pisando forte em direção a sala. Arrumei a bagunça e tentei ao máximo tirar o cheiro de queimado do apartamento.

Quando terminei, me deitei do lado dela, no sofá.

—Sua cabeça é pesada, sabia?— ela fala quando eu apoio a cabeça em sua barriga.

Ignorei o comentário e continuei na mesma posição. Ela bufou e acabou aceitando.

—Não sei onde meu pai 'tava com a cabeça quando assinou o contrato. Vocês já ajudaram tanto a gente, foi como uma faca nas costas do sr. Castela.

Ana suspirou e começou a fazer carinho no meu cabelo.

—Eu nunca fui com a cara da família Ferraz, e nem é por conta dessa disputa, que na minha cabeça, não deveria nem existir.

—Teve uma vez que eu viajei junto com meu pai, lá para Londrina, por conta de um evento importante, que reunia só os maiores empresários do Brasil. Acabei encontrando uma tal de Isa Ferraz. Tentei falar com ela, e mesmo sem saber que eu era uma Castela, me tratou de forma esnobe. Eu odeio gente esnobe, que se acha só porque tem dinheiro.

—Isa Ferraz... ela era bonita?— pergunto para irritar a mais nova.

Ana Flávia me olhou brava e me empurrou do sofá, me fazendo cair no chão. Olhei incrédulo pra ela.

—Bonita, Gustavo, bem bonita. Era linda, uma deusa grega!— fala irônica.—Cabelos claros, olhos azuis e a pele branquinha.— responde irritada.

Ela vai até a porta e pega dois sacos que tinham a logo do Mc Donald's estampada.

—Eu prefiro morenas, do cabelo e olhos pretos, da pele bem branquinha, e que falam com sotaque texano.

Comemos e Ana foi para casa, ainda com raiva de mim, sei que isso é só marra.

Se passaram 10 minutos e a bipolar já batia na minha porta...

notas

Dito isso, o Gustavo é mto lerdo em relação a Isabelle Ferraz 🤡

—Os dois ainda de bem um com o outro 🥹

—Votem e comentem!! Pretendo postar outro ainda hj 🩷

𝐀 𝐁𝐨𝐢𝐚𝐝𝐞𝐢𝐫𝐚 𝐝𝐨 𝐓𝐞𝐱𝐚𝐬 | miotelaOnde histórias criam vida. Descubra agora