5- CONVITE

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Phellipe

Susy - Ela fez isso tudo? - pergunta me entregando o celular.

- Sim... Ela pediu pra não falar com o Rafael, mas sei lá... Tô com um pressentimento ruim. - digo olhando as mensagens novamente.

Susy - Aí, amigo, melhor não se meter nessa história mais não. Ele era um babaca com ela, então tudo o que ela fizer pra ele é pouco. - diz e eu apenas concordo com a cabeça.

Ficamos falando sobre outros assuntos, como o namoro da Susy e do Luccas, sobre o Breno e essas coisas... Até que o Rafael se aproxima de nós. Esse garoto tá ficando muito comunicativo. Não que eu queira que volte a ser o babaca do nono ano, mas essa aproximação repentina é no mínimo estranha.

Rafael - Iae? Vocês vão? - pergunta e eu lembro da festa.

Susy - Pra onde? - pergunta confusa.

Rafael - Como assim? O Phellipe não te falou nada? - pergunta me olhando enquanto a Susy negava com a cabeça.

- Foi mal, eu acabei dormindo e não lembrei de avisar. - digo.

Rafael - Bom, vai ter uma festa na minha casa hoje e se vocês quiserem ir é só aparecer. - diz sorrindo.

Susy - Eu posso levar o Luccas? - pergunta e o Rafael só concorda.

- Você poderia se a gente fosse, mas a gente não vai. - digo a olhando.

Rafael - Qual é?

Susy - A gente vai sim! - diz me olhando feio. - A gente vai, Rafael. Valeu por convidar. - diz sorrindo e ele retribui.

Rafael - De boa. - diz saindo de costas. - Vejo você lá, senhor dos cachos. - diz sorrindo e finalmente se vira pra ir embora.

Susy - O que foi isso? - pergunta me olhando estranho.

- Eu que pergunto! O que foi isso de aceitar ir em uma festa do Rafael, Susy? - pergunto totalmente confuso e irritado.

Susy - Aí, amigo. Deixa de ser chato. Pensa, é uma festa, tem bebidas, tem gente bonita e você pode até levar o Breno se quiser. E outra, o Rafael tá tentando ser legal, a gente pode dar uma chance. - diz e eu bufo sabendo que tudo é verdade. - Agora vem cá, o que é isso de "senhor dos cachos", em? - pergunta sorrindo com maldade.

- E eu vou lá saber... Esse garoto é todo estranho. - digo olhando pra ele que tava conversando com os outros garotos.

Susy - Eu sinto o cheiro de coro de longe, viu senhor dos cachos. - diz rindo.

- Não me chama assim tá. - digo rindo também. - E eca. Eu e o Rafael somos impossíveis.

Susy - A-ta. - diz e a professora chega na sala.

Após as aulas fomos pro refeitório. Eu estou morto de fome e a Susy também. O almoço hoje é até que bom. Pegamos e fomos pra a árvore, mas o Rafael estava lá, estranhamente, sozinho. Eu e a Susy nos sentamos em uma das raízes.

Susy - Tá fazendo o que aqui sozinho? - pergunta fazendo ele olhar pra a gente.

Rafael - Só respirando. - diz e solta uma respiração forte.

Susy - Tendi... - diz e continua comendo.

- Sobre a festa... - ele me olha. - Eu posso levar uma pessoa? - pergunto sem olhar pra ele.

Rafael - Tu tá namorando, Phellipe? - pergunta me fazendo engasgar enquanto ele e a Susy riam.

- Não?! Eu não tô namorando. Só estamos se conhecendo. - digo e me arrependo de imediato. - Não que isso importe.

Rafael - Tá bom então. Pode levar seu namorado. - diz me olhando sorrindo.

- Eu não tô namorando, tá? E eu não vou mais levar ninguém. - digo sem muita paciência.

Rafael - Você que sabe. - diz levantando. - Tchau pra vocês. - diz e vai embora.

Terminamos de almoçar e do nada dou de cara com a Alice na sala. Ela me olha surpresa e aparentemente com vergonha. Mas seu rosto se torna um sorriso quando seus olhos vão para alguém atrás de mim. Me viro e vejo o Rafael.

Alice - Rafa! - diz ela o puxando pela mão. - Oiih, eu sou novata e tá todo mundo falando dessa sua festa, será que eu posso ir, fofinho? - diz quase se jogando em cima dele.

Susy - "Meu Deus, ela é uma tremenda prostituta!" - brinca no meu ouvido me fazendo rir.

Rafael - Ah... Claro, aparece lá. - diz meio sem jeito, mas claramente animado por todo esse toque.

Alice - Muito obrigada, seu lindo! - diz dando um beijo na bochecha dele e depois tirando algo de dentro do sutiã. - Aqui. - ela entrega um papel. - Me manda seu endereço depois, tá? - diz e sai vindo em minha direção.

Ela passa por mim logo após me mandar uma piscadela. Eu olho pra Susy e ela se esconde atrás de mim prendendo a risada. Olho de novo pro Rafael que me olhava sem nenhuma reação. Ele vem até a gente.

Rafael - Quem é esse anjo? - pergunta olhando pra fora da sala. - Como eu nunca falei com ela antes?

Susy - Vai ver é por que ela nunca tinha ouvido falar na festa. - diz rindo.

- Deixa isso pra lá, vem. - digo puxando a Susy pra nossas cadeiras.

O resto do dia foi normal. Voltei pra casa com a Susy. Ela vai dormir aqui hoje já que a casa do Rafael é mais perto da minha do que da dela. Eu não vou levar o Breno. Sei lá. Eu posso sair com ele amanhã. E eu não quero que pensem que eu tô namorando.
Tomamos banho e jantamos. Enquanto nós nos arrumamos, ouvíamos "pretty when i cry" da Camila Cabello. A Susy disse que é uma boa música pra entrar no clima de festa. E é uma música legal. Após a Susy terminar de se arrumar, o que parecia que não teria fim, nós saímos e ficamos esperando o Uber na frente da minha casa.

Susy - Amigo.

- Hm.

Susy - Você ficaria com o Rafael?

- O que? Não! Pelo amor de Deus, Susy! - digo incrédulo com essa pergunta. - Ele é o moleque que praticou bullying comigo durante todos esses anos.

Susy - Eu sei! Mas eu não tô falando sobre personalidade, Phê. - diz me fazendo olhá-la com cara de preguiça. - Tô falando sobre beleza física.

- Não. - digo olhando o celular.

Susy - Mentiroso! - diz me dando um saquinho no braço enquanto ri me fazendo rir também. - Até eu pegaria o Rafael se eu não namorasse.

- Ele é bonito e tem um corpo sarado, mas não tem nada dentro daquela cabeça, além de merda e idiotice. - digo e ela ri concordando.

O Uber chega e nós entramos. O caminho foi rápido, já que a casa do Rafael é coisa rápida da minha casa. Pagamos e descemos do carro. A casa estava cheia e o som alto. Olho pra frente e vejo o Luccas acenando pra gente e do lado dele o... Breno?

- O que ele tá fazendo aqui? - pergunto pra Susy assim que o vejo.

Susy - Não faço a mínima ideia... - diz me olhando enquanto eles vêm até a gente.

Continua...

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