17- EUPHORIA (pt. 2)

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Rafael

Thiago - Espera aí, cara! - disse vindo atrás de mim.

- Eu quero ir embora! - digo já fora da festa.

Thiago - Qual é?

- Eu tô falando sério, Thiago! Eu nem queria vir pra essa merda de festa e depois do que eu vi lá dentro... Eu quero ir pra casa, agora! - disse irritado.

Phellipe - O que você viu lá dentro? - apareceu do nada. - Se você acha que eu vou ficar esperando você começar a gostar de mim, você está totalmente enganado, Rafael. - disse chegando mais perto. - Eu preciso viver minha vida! Eu tenho uma vida, sabia?

Thiago - Acho melhor eu ir. - diz entrando na festa novamente.

- Eu não te pedi nada, Phellipe. Só... Por que você tá fazendo isso agora? - pergunto com a voz embargada.

Phellipe - Isso o que? Ficando com outras pessoas? Eu só queria tentar esquecer esse sentimento idiota que eu sinto por alguém que nem de mim gosta. - disse com os olhos marejados.

- Mas eu gosto! - digo alto.

Phellipe - Então me diz! Me prova isso, Rafael! Por que você não consegue me dizer isso?! - ele já chorava e eu também não conseguia segurar minhas lágrimas.

- Por que eu tenho medo! - digo. - Eu quero muito ficar contigo, mas eu tenho medo! Me desculpa, mas eu não quero te machucar, não quero te ferir com esse meu medo. - digo dando alguns passos pra trás.

Phellipe - Porra, entende que eu também tenho todo esse medo! E todo mundo tem esse medo! E todo mundo supera esse medo! Nós vamos superar isso juntos, Rafael! - ele dizia vindo em minha direção.

Parecia que o tempo tinha parado. Uma chuva gelada e forte começou a cair sobre nós dois. Era como uma cena de filme romântico.

Nós nos aproximamos cada vez mais. As lágrimas se misturam com a chuva assim que saem dos nossos olhos.

Cada passo dado era como se meu coração acelerasse a batida cem vezes. Até que chegamos próximos o bastante pra sentir a respiração do outro.

Phellipe

(Ouvir apenas se tiver interesse, mas isso ajuda a entrar na vibe da história)

- Eu te amo tanto, Rafael. - digo logo o que sinto.

Rafael - Eu te amo mais. - diz sorrindo.

Nossas testas se encontram e nós ficamos alí apenas abraçados. Suas mãos repousam em minha cintura e as minhas em seus ombros. Tudo tão mágico.
Meu coração está a mil por segundos. As borboletas estão loucas dentro de meu estômago.

Nossos olhos se abrem em sintonia, igualmente com nossos sorrisos.
Seu olhar se direciona até minha boca e logo após de volta aos meus olhos.

APENAS UM CLICHÊ (Romance Gay)Onde histórias criam vida. Descubra agora