Capítulo 36

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Assombrada pela imagem dele, arregalo os olhos. Vejo a expressão de Leon endurecer quando Daniel passa pelas três mulheres e chega até o sofá em que estamos sentados.

— Elysia, vim falar com você.

O habitual tom ríspido de Daniel Stone ecoa pelo apartamento silencioso.

Provocativo, Leon continua a massagear um dos meus pés, e eu deixo.

— Eu não tenho nada para falar com você.

— Mas, eu, quero falar com você.

— Ok, pode falar.

Leon continua com a massagem, os olhos estão fixos no meu, como se esperasse algum comando. Sua expressão é calma e alerta.

— Ela não quer falar com você. — Leon intervém com com serenidade e controle.

— Castillo, fique fora disso!

Laura e as meninas passam por nós em direção aos quartos, e antes de virar o corredor, pergunta em tom casual, ignorando o furacão de 1,80.

— Lys, vamos dividir o quarto. Qual é o seu?

— O primeiro do corredor.— Respondo, ignorando a presença dele

— Elysia, não me provoca. Não vou esperar a noite toda.

Ele era tudo que eu queria. Eu esperei que ele viesse exigir minha atenção, meus beijos e meu corpo durante duas semanas, e mesmo depois de ele sumir do mapa e nem ao menos me escrever para me dispensar, eu desejei encontrar ele nesta cidade, mas ele não veio me reivindicar. E agora que Leon me deu uma das melhores experiências da minha vida e tem sido, acima de tudo, o um ótimo amigo, Daniel aparece, e fala como se fosse meu dono e tivesse direitos.

— Ah, você não quer falar sobre esperar nada Daniel, não mesmo!

Eu me levanto, puxando os pés dos cuidados das mãos de Leon, encarando Daniel nos olhos, procurando qualquer vestígio do Daniel leve e divertido, e ele não está lá para mim.

— Eu não disse quando voltava. Não te dei prazo.

Ele afrouxa a gravata antes de cuspir a ultima frase. Ele sabe que foi longe demais ao dizer essas coisas.

Eu fico chocada com a audácia dele de vir até aqui e me humilhar dessa forma e na frente de outras pessoas. Ele merece meu desprezo, minha indiferença e minha vingança.

— Bom, já que você não tem a noite toda e não me fez nenhuma promessa, se me dá licença, Leon e eu vamos terminar essa massagem num lugar tranquilo.

Estico a mão, e Leon sem hesitar, me segue enquanto eu o puxo para o quarto dele e Raul. Deixando um Daniel assombrado, na sala.

Ouço o tom de voz alto e exigente de Daniel Stone vindo da sala.

— Castillo, não faça isso!

Empurro Leon para dentro e fechando a porta atrás de mim, ouço o silêncio se instalar pela casa. Guio Leon até a poltrona no canto e caminho de um lado para o outro, tentando calcular as consequências daquilo que estou prestes a fazer.

— Não acredito que ele veio aqui me dizer essas coisas, quem ele pensa que é.

Eu sinto meu sangue ferver.

— Você provocou o cara, ele tem fama de homem que não perde.

— Ah, mas eu acabo com essa fama dele bem rápido. Ele pensa que é quem?

Encaro Leon, lindo e gentil. Me aproximo, e montando seu colo, invado sua boca com um beijo inesperado, que ele rapidamente corresponde, agarrando minha cintura. Mãos gentis me apertam, erguendo meu vestido para que minhas pernas o fiquem mais livres. Sua boa explora meu pescoço, se deliciando. Sinto arrepios quando cheira a pele delicada acima do decote, lambendo meu colo e ombros nus. Eu solto um gemido, quando aperta minhas coxas com força necessária para me fazer sentir vontade de me esfregar nele. O vestido justo me impede de fazer movimentos bruscos, mas ele abre o zíper na parte de trás e baixa as mangas. Ouço seu gemido leve e fraco quando seus olhos pousam em meus seios expostos, de mamilos rígidos. Minha respiração é um gemido baixo e ofegante.

DE TODOS QUE AMEI, VOCÊ FOI DIFERENTEOnde histórias criam vida. Descubra agora