O moderno hotel Corinthio é luxuosamente intimidante da entrada ao corredor da suíte de dois ambientes, sendo uma sala aconchegante com confortável sofá e duas poltronas. Um bar, que curiosamente só tem garrafas de whisky, destaca-se pela quantidade de espelhos e luz baixa. As cores branco e cinza destoam de forma elegante da parede preta que abriga uma lareira digna de cinema. Daniel atravessa a divisão para acender as luzes e clarear o ambiente. Serve-se de whisky virando a dose numero um, e servindo a dose numero 2, caminha em direção a poltrona, de frente para o sofá que me sentei, segurando o copo, me observando com alguma curiosidade, eu diria.
Ele me observa, medindo de forma minuciosa, cada parte do meu corpo durantes alguns segundos, penetrando cada fibra do meu ser, antes de afrouxar a gravata e dar um gole no whisky. Em segundos, seus olhos que me prescrutaram, muda de inquisitivos para sinistros, quando ele pergunta.
— Você beijou seu amigo, Castillo?
Ele continua querendo falar sobre mim e Leon. Meu subconsciente emite um alerta dos perigos de mais uma briga antes de resolver todos os outros problemas existentes. Ele me encara, girando o copo na mão. Eu observo a bebida se mover, avaliando a precisão com que o whisky chega até a borda e não cai uma gota se quer. Sua confiança é assombrosa.
— Porque quer tanto saber da minha amizade com ele?
Ele ri de forma sinistra, virando todo o whisky de uma só vez.
— Porque já disse que você é minha. — o tom é calmo, mas firme — Que, quero você e não vou dividir com seu segurança, seu amigo, ou que quer que você o considere. — Ele se recosta na poltrona, abrindo as pernas, numa postura relaxada, antes de murmurar em tom suave — E não venha me dizer que ele é da família, porque ele não é.
— Então fica assim: não falamos mais dele. — Aponto o indicador em riste — Porque aqui a questão é que você invadiu o apartamento, sem ser convidado e fez uma cena digna de óscar.
Encaro seus olhos furiosos, e admiro como ele é atraente, chega a ser indecente o modo como está sentado, com o queixo apontado na minha direção, me encarando. Meu deus, como pode ser tão bonito? O cabelo raspado combina perfeitamente com os olhos levemente puxados e a pele bronzeada, sem contar a tatuagem que tira o foco de qualquer pessoa.
— Você estava na droga de um encontro de casais Elysia. — agora o tom é de raiva. — Fiquei com ciúme, queria ter te arrastado daquele restaurante.
— Daniel, toda essa coisa está ficando complicada a cada vez que entramos nesse assunto. — Cruzo meus braços, na altura dos seios. — Você desapareceu, não falou comigo. Você aparece sem ser convidado e ainda dá um show porque eu estava jantando com meu irmão e amigos. Você nem se quer me olhou. Não foi até lá falar comigo e quando eu voltei do banheiro você tinha ido embora. O quer quer que eu pense?
— Só quero saber se você beijou ele, porque você se trancou no quarto com ele. Na minha frente. — Eu o vejo fechar os olhos e engolir uma bola e saliva.
Arrebatada por sua beleza, demoro minha análise em sua boca. Se fosse crime ser perfeito e obscenamente atraente, nem mesmo seu time de advogados poderosos o livraria da sentença. Ele põe o copo na mesa de centro, antecipando-se antes que eu diga algo.
— Prometi a você que voltava e pensei que fosse o suficiente para te deixar presa a mim.
— Sim, mas você não me deu sinais de nada Daniel. Como eu iria saber?
— Eu estive correndo atrás de você todos os dias desde que te vi naquele bar Elysia. Eu insisti. Nós deixamos Ibiza com uma promessa.
Eu não consigo entender este homem e por milésimos de segundos, me pergunto se Daniel me subestimou a ponto de me achar ingênua o suficiente, que por ter me dado sessões incríveis de sexo me faria ficar tão caída por ele, a ponto de esperá-lo como se não houvesse outro mundo. Me recuso a ser este tipo de garota, e espero que nas últimas 2 horas, tenha ficado claro que eu estou caidinha por ele e que o escolho, mas que não ficarei a sua espera como uma garota dependente e frágil que espera seu príncipe no cavalo branco.
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DE TODOS QUE AMEI, VOCÊ FOI DIFERENTE
RomanceLys Brooks finalmente conquistou os 18 anos e o direito de fazer e ser o que tem vontade. Sem medo de se envolver com o perigo que os homens podem oferecer, ela se entrega aos prazeres carnais, ainda que seu coração a confunda algumas vezes. Uma vi...