Desço as escadas com agilidade. Leon me segue.
Glorioso em uma camisa de linho beje e vestindo calças pretas, Daniel está com cabelo baixo e barba muito bem feita. Sinto sua presença antes mesmo de chegar a sala. Seus olhos semicerrados me encaram, com postura tranquila está sentado no sofá conversando com meu pai.
Os olhos dele vão em direção a Leon, que me segue e passa por mim indo em direção a cozinha, fazendo leve aceno de cabeça. Um frio na barriga me faz suar as mãos, ele tem poderes sobre mim que eu não quero entender, apenas sentir. Não quero assumir que estou apaixonada por ele, mas ele sabe que sim. Eu sei que ele sabe.
- Stone
- Castillo – Daniel diz com os olhos fixos nos meus.
Ignorando a presença de todos no ambiente, ele se levanta quando eu paro a uma distância mínima da poltrona onde está sentado. Ele se levanta e me beija os dois lados do rosto. Suas mãos tocam meu ombro, e por cima do tecido gasto da camiseta posso sentir como são frias.
- Elysia, se esqueceu do nosso compromisso? – ele pergunta com o sorriso do felino de Lewis Caroll estampado no rosto.
Meu pai se levanta antes que eu responda qualquer coisa.
- Stone fique a vontade
- Obrigado doutor Costa.
Meu pai me encara com olhos generosos e toca meu ombro antes de sair, deixando-nos sozinhos.
- O que está fazendo aqui? – eu sussurro.
- Você tem compromisso comigo hoje a noite e está atrasada quarenta e quatro minutos – ele diz checando o relógio do telefone.
O modo como fala, me irrita. Ele escolhe uma sobremesa sem ao menos perguntar minha opinião, diz que vai me encontrar ás sete e faz parecer que tenho a obrigação de estar lá para ele.
- Eu não combinei nada com você.
- Elysia, não provoca. Eu te avisei.
- Sim você avisou e virou as costas antes mesmo que eu pudesse concordar – eu me sento no sofá. – ou discodar - continuo. Fecho a cara na tentativa de parecer indignada.
Irritado ele se aproxima ficando em frente a mim. A visão que tenho dele em pé, me alucina. Lindo, alto e as veias da mão saltadas, são um convite erótico e tentador. Porque ele é tão bonito?
- E porque não atendeu minhas ligações?
- Eu não vi o celular tocando.
Leon passa por nós voltando da cozinha a passos lentos, avisando sobre ombros – estarei na varanda.
Eu o encaro com uma olhar de reprovação.
Seus olhos cruzam com os de um Daniel nitidamente irritado.
- Você não atendeu o telefone porque estava ocupada? Na varanda com seu segurança?
Fico irritada pelo modo como fala, me acusando. Reviro os olhos come bufo de indignação, mas ele continua.
- Me deixou esperando enquanto estava com ele? – diz dando um passo em minha direção.Incomodada por seu modo irritante de me acusar, eu me levanto. Tento sair da sala, ele me segura pelo cotovelo, obrigando-me a encará-lo
- Responde quando eu te pergunto alguma coisa.
- Como vou responder a essas perguntas? Melhor, está me acusando e não perguntando nada Daniel. Você não é meu pai.
- Você não está vestindo sutiã Elysia.
O que? Eu me cubro com as mãos na tentativa de esconder os seios dos olhos que me observam com fervor. Sinto meu rosto queimar. Como pode falar uma coisa assim no meio de uma conversa e com tanta naturalidade?
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DE TODOS QUE AMEI, VOCÊ FOI DIFERENTE
Storie d'amoreLys Brooks finalmente conquistou os 18 anos e o direito de fazer e ser o que tem vontade. Sem medo de se envolver com o perigo que os homens podem oferecer, ela se entrega aos prazeres carnais, ainda que seu coração a confunda algumas vezes. Uma vi...