Capítulo 41

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Não sei quanto tempo Daniel e eu permanecemos abraçados, mas sei que foi tempo o suficiente para que eu percebesse a capacidade que ele tem de silenciar todas as minhas questões, de me fazer perdoar seu jeito mandão e ciumento de conduzir nossa relação/ ligação, ou que quer que seja que tenhamos. Assistimos ao por do sol do lado de fora da garagem. Amo o conforto e sentido de vida que o por do sol oferece, e estando nos braços dele tem um significado especial para mim desde aquele dia no barco, na primeira vez em que estivemos juntos.

Terminada a magia do por do sol, de mãos dadas caminhamos em direção ao local onde estão a maioria das pessoas. Uma noite de céu limpo começa a ganhar forma, a música alta e as pessoas se divertindo passam pelos meus olhos como um cenário, enquanto estou de mãos dados ao homem mais lindo de Londres.

— Está com fome? — indaga ele, enquanto entramos no bar.

— Bastante. — lembro-me que estou apenas com o café da manhã no estomago e comer algo cairia super bem.

—  E o que acha de irmos jantar em algum lugar? Eu conheço um bar com umas tapas* aqui perto. — Daniel serve uma pequena quantidade de vinho e me entrega.

Eu pego o copo, e tomo consciência de que beber com o estômago vazio pode trazer consequências desagradáveis, como o vômito.

— Eu topo.— beberico o vinho e sorrio para ele. — Mas preciso avisar Raul.

— Claro. — aprovou, servindo-se de whisky. — Vamos.

Ao lado do píer, avisto Raul conversando intimamente com Catherine.

Depois de apertar a mão do meu irmão, Daniel dá 2 beijinhos na loira, não antes de ela o esquadrinhar de cima a baixo.

— Stone Cavendish, quanto tempo. — Assisto ela pronunciar um sobrenome diferente junto o que conheço.

— Oi Catherine.

Raul, cruza o círculo , reduzindo a distância entre nós e se aproxima, tocando meu ombro.

— Lys? Procuramos você por um tempão.

— Desculpa Raul, estávamos conversando e depois fomos ver o por do sol. — Gesticulo na direção do meu irmão. — Quase não nos falamos nessa viagem, e é tudo minha culpa.

— Ok. Só fiquei preocupado que estivesse sem companhia. — Ele olha por cima dos ombros a conversa inaudível entre Daniel e Catherine. — A intenção era você se divertir em Londres, e se está fazendo isso, é o que importa.

— Vou jantar com Daniel, tudo bem?

— Claro que sim. Faça o que tiver vontade, e não se preocupe comigo, teremos muito tempo para convivermos e nos conhecermos. — meu irmão solta um piscada para concluir nossa conversa e voltamos a nos concentrar em Daniel e na Barbie loira, voltando a formar um circulo

— Lys, Daniel acaba de me contar que vão jantar.— Catherine beberica algo em sua taça, que deve ser champanhe. — Você precisa me contar o segredo para conseguir um horário na agenda desse homem.

Que descarada. Com um olhar que poderia arrancar a roupa dele, e sem se importar com Raul, ela limpa sensualmente o canto dos lábios.

— Sou muito boa em guardar segredos. — escondo um sorrisinho irônico e vejo Raul abafar o riso por trás de seu copo.

— Raul, Catherine — Daniel aperta as mãos deles — Nos deem licença, boa noite.

                                                  ***

DE TODOS QUE AMEI, VOCÊ FOI DIFERENTEOnde histórias criam vida. Descubra agora