Capítulo 6

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Você pode ter tudo e não sentir nada.
( A biblioteca da meia-noite)
***

Colin e Penelope foram para o restaurante preferido deles. Escolheram uma mesa mais afastada, fizeram os pedidos e aproveitaram o tempo para conversarem um pouco.

- Como foi seu dia? - Ela perguntou

- Estranho. - suspirou - Quando cheguei, notei que minha assistente e Marina conversavam, e me pareceu ter sido uma conversa bastante tensa.

Penelope se remexeu na cadeira, a simples menção ao nome daquela mulher, já era suficiente para despertar sentimentos estranhos.

- E você conversou com as duas sobre? - bebeu um gole de vinho

- Só com Lucy. Perguntei o que tinha acontecido, mais ela não mencionou nada, começou a gaguejar. - suspirou- Não acreditei muito, devo esperar ela se sentir confortável para me contar.

- O que você acha, que Marina pode ter feito? - o analisou, ele parecia longe

- Sinceramente, não sei. Ela nunca se comportou assim, e se o fez, teve seus motivos.

A defendeu sem perceber e Penelope fechou a cara. E para piorar, a figura de Marina apareceu atrás de Colin. Penelope arqueou uma sobrancelha e viu a morena dar um sorriso de canto.

- Colin, querido! - Se fez presente e ele ficou rígido - Que prazer te encontrar aqui. - se curvou e deixou um beijo na bochecha dele, Penelope apenas observava

- Marina? - olhou de relance para a esposa - O que faz aqui?

- Depois que você me apresentou esse restaurante - olhou para Penelope - Nunca mais consegui parar de frequenta-lo.

Penelope bufou, como aquela mulherzinha poderia provocá-la daquela forma?! Além de tudo, era sem educação, porque nem teve a decência de cumprimenta-lá. Colin percebeu a tensão e notou os olhos raivosos da esposa. Qualquer coisa que ele falasse ali, só pioraria a situação, e pensando nisso, foi prático.

- Já conhece minha esposa Marina? - Tentou acalmar o próprio coração

- Ah, não oficialmente. - olhou para ele e colocou a mão em seu ombro - Muito prazer, querida! - Virou novamente para ela e sorriu

Penelope respirou fundo, não cairia naquelas provocações.

- Queria dizer que o prazer é meu, mais como é você, então é um desprazer. - Pegou novamente a taça e bebeu de uma vez o líquido

- Pen.. - Ela lhe lançou um olhar furioso e ele se calou

- Nos vemos amanhã, Colin? - Ignorou a resposta ríspida de Penelope - Precisamos marcar a data do próximo destino. - Laçou um último olhar para Penelope

- Sim, nos vemos! - E mais uma vez, deixou um beijo no rosto dele e virou as costas saindo

Os pratos chegaram, o clima ainda estava tenso. Colin optou por não tocar no assunto e Penelope parecia que iria explodir de raiva a qualquer momento. Ele começou a comer, ela mal tocou na comida, apenas bebia vinho como uma forma de aplacar o turbilhão de sentimentos dentro de si. Ele tocou a mão dela por cima da mesa.

The Storm - PolinOnde histórias criam vida. Descubra agora